Nem Florida, nem Boedo: assegura o 'escritor fracassado' de Roberto Arlt
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1657 |
Resumo: | Florida e Boedo são nomes de ruas da cidade de Buenos Aires, com características distintas bem expressivas: Florida era a rua do “ócio distraído”, da boemia da arte gratuita, sem motivações que não fossem estéticas. Boedo era a rua do “tráfego fabril”, situada num bairro onde muitas fábricas estavam instaladas, o que fomentava a agitação das consciências para o levante de uma bandeira subversiva. Das designações topográficas do bairrismo portenho nasceu uma contenda cultural de classes, em que a literatura foi o veio central. A polêmica literária deve ser vista no seu interior, recorrendo-se ao momento histórico em que ocorreu, pois somente com a distância temporal o historiador da literatura pode avaliar o que representou na época e o que significa na contemporaneidade tal controvérsia para a história da literatura argentina. E, ainda assim, manter certa desconfiança, pois o historiador é um pesquisador que muitas vezes recorta acontecimentos e os dota de significado de acordo com suas ideologias; como chama a atenção o historiador da literatura latino-americana Antonio Cornejo Polar (2000). Na conformação dos dois grupos e na localização dos escritores em cada um deles, houve muitas discrepâncias. Castelnuovo, nos diz Adolfo Prieto (2009), declarou que o grupo Boedo não existiu, o que existia era uma literatura de arrabalde. Assim, Prieto mapeia em seu ensaio “Boedo e Florida” algumas esclarecimentos e tentativas de encaixar os escritores em um grupo ou outro. Em uma dessas demonstrações está claro que Roberto Arlt não se localizava em nenhum dos dois grupos. |
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Nem Florida, nem Boedo: assegura o 'escritor fracassado' de Roberto ArltFlorida e Boedo são nomes de ruas da cidade de Buenos Aires, com características distintas bem expressivas: Florida era a rua do “ócio distraído”, da boemia da arte gratuita, sem motivações que não fossem estéticas. Boedo era a rua do “tráfego fabril”, situada num bairro onde muitas fábricas estavam instaladas, o que fomentava a agitação das consciências para o levante de uma bandeira subversiva. Das designações topográficas do bairrismo portenho nasceu uma contenda cultural de classes, em que a literatura foi o veio central. A polêmica literária deve ser vista no seu interior, recorrendo-se ao momento histórico em que ocorreu, pois somente com a distância temporal o historiador da literatura pode avaliar o que representou na época e o que significa na contemporaneidade tal controvérsia para a história da literatura argentina. E, ainda assim, manter certa desconfiança, pois o historiador é um pesquisador que muitas vezes recorta acontecimentos e os dota de significado de acordo com suas ideologias; como chama a atenção o historiador da literatura latino-americana Antonio Cornejo Polar (2000). Na conformação dos dois grupos e na localização dos escritores em cada um deles, houve muitas discrepâncias. Castelnuovo, nos diz Adolfo Prieto (2009), declarou que o grupo Boedo não existiu, o que existia era uma literatura de arrabalde. Assim, Prieto mapeia em seu ensaio “Boedo e Florida” algumas esclarecimentos e tentativas de encaixar os escritores em um grupo ou outro. Em uma dessas demonstrações está claro que Roberto Arlt não se localizava em nenhum dos dois grupos.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2017-06-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/165710.13102/cl.v18i1.1657A Cor das Letras; v. 18 n. 1 (2017): Estudos Literários; 142-1522594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1657/1242Copyright (c) 2017 Universidade Estadual de Feira de Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Adriana de Borges2018-02-19T02:54:58Zoai:ojs3.uefs.br:article/1657Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2018-02-19T02:54:58A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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