VIOLÊNCIA, FOME E SONHO: AS ESTÉTICAS DO SUBDESENVOLVIMENTO NO DISCURSO DE GLAUBER ROCHA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1504 |
Resumo: | Recuperando o texto Cinema Novo e Cinema Mundial, matriz do célebre Uma estética da fome, analisamos a perspectiva anticolonial de Glauber Rocha na tese que defendeu na cidade de Gênova, em 1965, e que ficou conhecida na Europa como A estética da violência. Com uma fala cortante e provocadora, Glauber Rocha denunciava, de um lado, o desejo de primitivismo do observador europeu e, do outro, o comodismo do público brasileiro, vendo em ambos a perpetuação de uma mentalidade tipicamente colonial. Ao superar o tradicional complexo de inferioridade do intelectual brasileiro frente à arte e ao pensamento europeus, o cineasta via na estética da violên-cia a possibilidade de uma revolução cultural do terceiro mundo. Receptor das escritas de Friedrich Nietzsche, Frantz Fanon e Josué de Castro, propunha um novo ponto de vista a partir do qual interpretar as criações artísticas do subdesenvolvimento, dissociando-o das suas habituais conotações melodra-máticas para revelar a sua condição trágica. |
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VIOLÊNCIA, FOME E SONHO: AS ESTÉTICAS DO SUBDESENVOLVIMENTO NO DISCURSO DE GLAUBER ROCHARecuperando o texto Cinema Novo e Cinema Mundial, matriz do célebre Uma estética da fome, analisamos a perspectiva anticolonial de Glauber Rocha na tese que defendeu na cidade de Gênova, em 1965, e que ficou conhecida na Europa como A estética da violência. Com uma fala cortante e provocadora, Glauber Rocha denunciava, de um lado, o desejo de primitivismo do observador europeu e, do outro, o comodismo do público brasileiro, vendo em ambos a perpetuação de uma mentalidade tipicamente colonial. Ao superar o tradicional complexo de inferioridade do intelectual brasileiro frente à arte e ao pensamento europeus, o cineasta via na estética da violên-cia a possibilidade de uma revolução cultural do terceiro mundo. Receptor das escritas de Friedrich Nietzsche, Frantz Fanon e Josué de Castro, propunha um novo ponto de vista a partir do qual interpretar as criações artísticas do subdesenvolvimento, dissociando-o das suas habituais conotações melodra-máticas para revelar a sua condição trágica.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2017-02-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/150410.13102/cl.v11i1.1504A Cor das Letras; v. 11 n. 1 (2010): Literatura e cinema; 83-1002594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1504/pdfCopyright (c) 2017 Universidade Estadual de Feira de Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessSiega, Paula Regina2018-02-19T02:52:36Zoai:ojs3.uefs.br:article/1504Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2018-02-19T02:52:36A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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