Os santos e a peste no Brasil colonial (1685-1754)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Edson Tadeu
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de História da UEG
Texto Completo: https://www.revista.ueg.br/index.php/revistahistoria/article/view/9655
Resumo: Resumo: Em 1685, uma doença caracterizada como “peste” atinge Pernambuco, alastrando-se depois para outras capitanias. A alta letalidade estimulou os clérigos a escreverem sobre a doença, o que reforçou a presença dos saberes religiosos nas providências tomadas contra a ela. A devoção aos santos tornou-se central porque se coadunou às situações da epidemia. Nos sermões, livros de devoção e hagiografias as santidades surgem como os intercessores da causa dos homens junto a Deus e, por isso, os colonos deveriam escolher um ou outro padroeiro para proteger a cidade ou vila. Nestes documentos, os religiosos recomendavam a prática de procissões, orações e novenas dedicadas aos santos tidos “advogados contra a peste”.  Com a intensificação da epidemia, as pessoas fugiam tanto da peste quanto dos apestados, com exceção dos clérigos. Eles socorreram os enfermos porque buscavam um ideal de vida pia a exemplo dos santos, que desprezaram o mundo e viveram e morreram pelos outros, razão de arriscar a saúde junto aos doentes. Diante deste quadro, este artigo pretende, em linhas gerais, investigar a moral sobre a peste no Brasil entre 1685 e 1764, período marcado por surtos pestilenciais importantes, interrogando sobre o lugar da fé para a saúde e as doenças dos colonos. Palavras-chave: Peste. Devoção. Clero. Santos. Moral. Procissões.
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