Valoração de dano ambiental e serviços ecossistêmicos : benefícios associados às funções das áreas ripárias do Cerrado

• Autor(a) principal: Santos, Agenilda Aparecida
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1461
• topic: Valoração ambiental; Áreas ripárias; Cerrado; Environmental valuation; Riparian areas; Cerrado; CIENCIAS BIOLOGICAS; OUTROS

Valorar um dano ambiental envolve atribuir um determinado valor a um dano, a partir de uma área determinada, fazendo-se o levantamento de todos os ativos e passivos existentes. A valoração ambiental tem sido amplamente aplicada para valorar diferentes tipos de danos no meio ambiente, em várias áreas. O incremento na utilização da valoração ambiental ocorreu em resposta aos danos persistentes que têm afetado a biodiversidade em geral. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão bibliométrica sobre valoração ambiental, descrever a região do Cerrado, as áreas ripárias e os serviços ecossistêmicos, assim como avaliar dois locais onde ocorreu degradação, utilizando o Método Custo Reposição – MCR e o Método de Custos Ambientais Totais Esperados – CATE. A pesquisa foi dividida em quatro artigos. No primeiro artigo foram obtidos dados a partir de uma análise bibliométrica, utilizando informações extraídas das bases Web of Science e Scopus, empregando o termo “environmental valuation”, entre os anos de 1987 a 2022. Verificou-se que as publicações sobre o tema iniciaram em 1987, sendo Nick Hanley o autor mais prolífico. Os métodos mais aplicados foram a Valoração Contingente na WoS e os Experimentos de Escolha na Scopus. Na WoS o país com maior número de publicações foram os EUA e na Scopus o Reino Unido. A palavra-chave mais frequente em ambas as plataformas foi “environmental valuation” e as redes de colaboração entre países são diversificadas. O segundo artigo descreveu a importância dos serviços ecossistêmicos, as funções e danos às áreas ripárias, devido ao desmatamento, impedimento de regeneração natural, a construção de infraestruturas, uso indiscriminado do fogo e atividades agropecuárias, além de dados sobre o Cerrado e seu alto índice de desmatamento. O terceiro artigo enfatizou o Rio Araguaia, que é um importante curso d’água que percorre parte do território brasileiro, desempenhando um papel crucial na vida de diversas comunidades ribeirinhas e na conservação de animais silvestres que dependem dele para garantir sua sobrevivência. Além disso, foi aplicado o Método Custo Reposição – MCR nas em duas áreas ripárias deste curso hídrico, sendo que uma apresenta danos decorrentes de desmatamento e construções, enquanto a outra sofreu danos devido à atividade pecuária. No quarto artigo foi utilizado o Método de Custos Ambientais Totais Esperados – CATE I nas respectivas áreas. Aplicando o MCR obteve-se um valor de R$ 58.785,60 para a área 1 e R$ 243.755,76 para a área 2. Na aplicação do CATE I chegou-se a um valor de R$ 346.937,35 para a área 1 e R$ 4.213.395,18 para a área 2.