Segregação socioespacial na Cidade de Goiás : uma leitura a partir do Residencial Tempo Novo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG |
Texto Completo: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1309 |
Resumo: | Em um contexto em que a maioria da população mundial vive em cidades, a temática urbana tem grande relevância dentro da Geografia, e na circunstância atual, o espaço urbano tem sido objeto de estudo dos mais variados campos do saber. Essas considerações nos remetem a refletir que a segregação urbana é intrínseca a constituição do espaço das cidades, a segregação socioespacial visa, portanto, a reprodução das forças de trabalho, sendo esses processos interligados com a estrutura social, tornando a cidade uma expressão materializada da atuação da sociedade no espaço geográfico, por meio de um ambiente e uma paisagem construídos e reconstruídos constantemente. As pesquisas sobre segregação socioespacial em pequenas cidades vêm avançando mediante a importância que elas ocupam no conjunto da totalidade de cidades brasileiras. Nesta pesquisa é feito um convite a problematizar questões de escalas pouco visitadas, haja vista que as cidades metropolitanas acabam por tomar considerável espaço nas análises do urbano e pouco se estuda acerca de estruturas de cidades pequenas. Para isso tornase essencial a premissa de que parte da solução dos problemas de grandes cidades está na resolução de problemas das pequenas. É imperativo pensar num modelo de gestão e aplicação desse modelo de uma nova política urbana, que vise à promoção social do indivíduo, à garantia de suas necessidades básicas e de seu acesso a serviços que dignifiquem sua vida, para que assim ele possa permanecer em sua cidade e não se desconectar dela, forçado pela insegurança econômica em direção às grandes cidades. Essa pesquisa foi desenvolvida na lógica de comprovação da existência de um fenômeno em curso, a segregação socioespacial na cidade de Goiás, entendendo que, a resolução de problemas urbanos está na reflexão e no conhecimento desses problemas. Para essa discussão o recorte espacial é o Residencial Tempo Novo na cidade de Goiás, que serviu de enfoque para análise da lógica segregacionista que permeia a fundação desse conjunto habitacional em, 2003 até o momento, embasado na localização fragmentada do referido setor em relação ao núcleo urbano remanescente. Esta pesquisa busca uma reflexão geográfica para compreensão de um fenômeno da realidade urbana. Para a análise do processo de segregação socioespacial na cidade de Goiás, usamos como pontos norteadores a presença e/ou ausência de meios de consumo coletivo e privado, órgãos e instituições que fornecem educação, segurança e assistência à saúde. O objeto desse trabalho recaiu sobre a compreensão da dinâmica de segregação socioespacial sobre as considerações sobre sua conceituação na Geografia e ciências afins. Aventada a hipótese da existência de segregação socioespacial intraurbana, o estudo identificou os agentes responsáveis pela produção do espaço urbano, mostrando que as desigualdades socioespaciais derivam não apenas das diferenças socioeconômicas, mas também do lugar nos quais as pessoas habitam. A formação de espaços segregados é um sintoma da desigualdade social e chama atenção o fato de que apesar da aparente proposta de solução do déficit habitacional, está um conjunto de ações agressivas das forças de poder que produzem o espaço urbano, criando uma dinâmica socioespacial segregacionista. |
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Segregação socioespacial na Cidade de Goiás : uma leitura a partir do Residencial Tempo NovoSociospatial segregation in the City of Goiás : a reading from the Residential Tempo NovoSegregação socioespacialProdução do espaço urbanoCidades pequenasResidencial Tempo Novo – Goiás/GOSociospatial segregationProduction of urban spaceSmall townsCIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIAEm um contexto em que a maioria da população mundial vive em cidades, a temática urbana tem grande relevância dentro da Geografia, e na circunstância atual, o espaço urbano tem sido objeto de estudo dos mais variados campos do saber. Essas considerações nos remetem a refletir que a segregação urbana é intrínseca a constituição do espaço das cidades, a segregação socioespacial visa, portanto, a reprodução das forças de trabalho, sendo esses processos interligados com a estrutura social, tornando a cidade uma expressão materializada da atuação da sociedade no espaço geográfico, por meio de um ambiente e uma paisagem construídos e reconstruídos constantemente. As pesquisas sobre segregação socioespacial em pequenas cidades vêm avançando mediante a importância que elas ocupam no conjunto da totalidade de cidades brasileiras. Nesta pesquisa é feito um convite a problematizar questões de escalas pouco visitadas, haja vista que as cidades metropolitanas acabam por tomar considerável espaço nas análises do urbano e pouco se estuda acerca de estruturas de cidades pequenas. Para isso tornase essencial a premissa de que parte da solução dos problemas de grandes cidades está na resolução de problemas das pequenas. É imperativo pensar num modelo de gestão e aplicação desse modelo de uma nova política urbana, que vise à promoção social do indivíduo, à garantia de suas necessidades básicas e de seu acesso a serviços que dignifiquem sua vida, para que assim ele possa permanecer em sua cidade e não se desconectar dela, forçado pela insegurança econômica em direção às grandes cidades. Essa pesquisa foi desenvolvida na lógica de comprovação da existência de um fenômeno em curso, a segregação socioespacial na cidade de Goiás, entendendo que, a resolução de problemas urbanos está na reflexão e no conhecimento desses problemas. Para essa discussão o recorte espacial é o Residencial Tempo Novo na cidade de Goiás, que serviu de enfoque para análise da lógica segregacionista que permeia a fundação desse conjunto habitacional em, 2003 até o momento, embasado na localização fragmentada do referido setor em relação ao núcleo urbano remanescente. Esta pesquisa busca uma reflexão geográfica para compreensão de um fenômeno da realidade urbana. Para a análise do processo de segregação socioespacial na cidade de Goiás, usamos como pontos norteadores a presença e/ou ausência de meios de consumo coletivo e privado, órgãos e instituições que fornecem educação, segurança e assistência à saúde. O objeto desse trabalho recaiu sobre a compreensão da dinâmica de segregação socioespacial sobre as considerações sobre sua conceituação na Geografia e ciências afins. Aventada a hipótese da existência de segregação socioespacial intraurbana, o estudo identificou os agentes responsáveis pela produção do espaço urbano, mostrando que as desigualdades socioespaciais derivam não apenas das diferenças socioeconômicas, mas também do lugar nos quais as pessoas habitam. A formação de espaços segregados é um sintoma da desigualdade social e chama atenção o fato de que apesar da aparente proposta de solução do déficit habitacional, está um conjunto de ações agressivas das forças de poder que produzem o espaço urbano, criando uma dinâmica socioespacial segregacionista.In a context in which most of the world population lives in cities, the urban theme has great relevance within Geography, and in the current circumstances, urban space has been the object of study in the most varied fields of knowledge. These considerations lead us to reflect that urban segregation is intrinsic to the constitution of the space of cities, socio-spatial segregation aims and at the reproduction of labor forces. All these processes are interconnected with the social structure, making the city a materialized expression of action of society in geographic space, through an environment and landscape that are constantly built and reconstructed. Research on Socio-Spatial Segregation in small cities has been advancing due to the importance that they occupy in the set of all Brazilian cities. In this research, an invitation is done to problematize issues of little visited scales, given that metropolitan cities end up taking considerable space in urban analyzes and little is studied about the structures of small towns. For this, the premise that part of the solution to the problems of big cities is in solving problems in small ones becomes essential. It is imperative to think of a management and application model of a new urban policy, which aims at the social promotion of individuals, guaranteeing their basic needs and access to services that dignify their lives, so that they can remain in their city and not disconnect from it, forced by economic insecurity towards the big cities. Based on the logic of proving the existence of an ongoing phenomenon, the socio-spatial segregation in the City of Goiás, this research was developed, the resolution of urban problems is in the reflection and knowledge of them. For this discussion, the sector of the city of Goiás, Residencial Tempo Novo, served as a focus for the analysis of the segregationist logic that permeates the foundation of this housing complex in 2003 to date, based on the fragmented location of the housing complex in reference to the remaining urban nucleus. This research seeks a geographical reflection to understand a phenomenon of urban reality. For the analysis of the process of socio-spatial segregation in the city of Goiás, we used as guiding points the presence and/or absence of collective and private consumption means, bodies and institutions that provide health care, education, and security. The object of this work is the understanding of the socio-spatial segregation dynamics and considerations about its conceptualization in Geography and related sciences. Considering the hypothesis of the existence of intra-urban socio-spatial segregation, the study identified the agents responsible to produce urban space, showing that socio-spatial inequalities derive not only from socioeconomic differences, but also from the place where people live. The formation of segregated spaces is a symptom of social inequality and, despite the apparent proposal for a solution to the housing deficit, there is a set of aggressive actions by the forces of power that produce the urban space, creating a segregationist socio-spatial dynamic.Universidade Estadual de GoiásUEG ::Coordenação de Mestrado em GeografiaBrasilUEGPrograma de Pós-graduação Stricto sensu em GeografiaDruciaki, Vinícius Polzinhttp://lattes.cnpq.br/3294139366513966Druciaki, Vinícius Polzinhttp://lattes.cnpq.br/3294139366513966Santos, Jean Carloshttps://orcid.org/0000-0002-5746-1217http://lattes.cnpq.br/7542926208646393Castilho, Denishttps://orcid.org/0000-0002-2467-1189http://lattes.cnpq.br/4271473426990028Silva, Alexsander Batista ehttp://lattes.cnpq.br/5332136325258589Araújo, Gleidiane Rodrigues Rocha2023-09-29T23:38:24Z2022-08-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfARAÚJO, Gleidiane R. R. Segregação socioespacial na Cidade de Goiás: uma leitura a partir do Residencial Tempo Novo. 2022. 99 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2022.http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1309porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEGinstname:Universidade Estadual de Goiás (UEG)instacron:UEG2023-09-29T23:38:24Zoai:tede2:tede/1309Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.bdtd.ueg.br/PUBhttps://www.bdtd.ueg.br/oai/requestbibliotecaunucet@ueg.br||opendoar:2023-09-29T23:38:24Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG - Universidade Estadual de Goiás (UEG)false |
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