Maria, Estina e Quina : personagens de “A Sibila”, de Agustina Bessa-Luís, e suas relações com a realidade feminina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Nair Fernandes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/780
Resumo: A figura feminina é tema contumaz na obra de Agustina Bessa-Luís. Embora as personagens agustinianas possuam caráter universal, a autora traça perfis diferentes que permitem levantar questionamentos acerca das figurações da mulher na sociedade contemporânea. A Sibila, 1953, livro vencedor dos prêmios Delfim Guimarães e Eça de Queirós, é considerado pela crítica um divisor de águas na literatura portuguesa. Ademais, é este que consagra Bessa-Luís uma das maiores romancistas, não só de literatura portuguesa, mas da literatura de modo geral. Dentre suas contribuições literárias, a de maior destaque, a nosso ver, foi abrir espaço para a nova ficção contemporânea portuguesa de autoria feminina. Ao aludir à figura das sibilas clássicas, Bessa-Luís explora a aura mística feminina, aspecto recorrente em suas obras, e pela linguagem, estrutura e análise de pormenores, instiga o leitor a reflexões. É nesse sentido que este trabalho propõe investigar a construção das personagens Maria, Estina e, principalmente, Quina e sua relação com as raízes culturais e ideológicas que influenciaram os juízos de valor sobre a realidade feminina no romance supramencionado. Ao tratar das configurações do feminino na obra, Bessa-Luís proporciona uma discussão importante acerca de alguns estereótipos misóginos, favorecendo sua desconstrução. Deste modo, pretendemos dar ênfase à contribuição de Bessa-Luís para a literatura portuguesa, tecer discussões acerca da ruptura de estereótipos misóginos através da associação do feminino ao místico na obra e, além disto, discutir sobre o legado das mulheres fortes. Maria, Estina e Quina, três figurações femininas distintas que compõem o Clã da família Teixeira. Por fim, pretende-se analisar as três personagens do romance, estabelecendo relações entre a representação feminina feita por Bessa-Luís e a condição da mulher na sociedade patriarcal. Para tanto, embasamo-nos em Araújo e Fonseca (2015), Beauvoir (2009), Bloch (1995), Butler (2017), Coelho (1999), Fonseca (2017), Kury (2009), Machado (1979), Magalhães (1989), Moisés (2001 e 2013), entre outros.
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Ao aludir à figura das sibilas clássicas, Bessa-Luís explora a aura mística feminina, aspecto recorrente em suas obras, e pela linguagem, estrutura e análise de pormenores, instiga o leitor a reflexões. É nesse sentido que este trabalho propõe investigar a construção das personagens Maria, Estina e, principalmente, Quina e sua relação com as raízes culturais e ideológicas que influenciaram os juízos de valor sobre a realidade feminina no romance supramencionado. Ao tratar das configurações do feminino na obra, Bessa-Luís proporciona uma discussão importante acerca de alguns estereótipos misóginos, favorecendo sua desconstrução. Deste modo, pretendemos dar ênfase à contribuição de Bessa-Luís para a literatura portuguesa, tecer discussões acerca da ruptura de estereótipos misóginos através da associação do feminino ao místico na obra e, além disto, discutir sobre o legado das mulheres fortes. Maria, Estina e Quina, três figurações femininas distintas que compõem o Clã da família Teixeira. Por fim, pretende-se analisar as três personagens do romance, estabelecendo relações entre a representação feminina feita por Bessa-Luís e a condição da mulher na sociedade patriarcal. Para tanto, embasamo-nos em Araújo e Fonseca (2015), Beauvoir (2009), Bloch (1995), Butler (2017), Coelho (1999), Fonseca (2017), Kury (2009), Machado (1979), Magalhães (1989), Moisés (2001 e 2013), entre outros.The female figure is a common theme in the work of Agustina Bessa-Luís. Although her characters be universal, the author draws different profiles that allow us to raise questions about the figurations of women in contemporary society. A Sibila, 1953, winner of the Delfim Guimarães and Eça de Queirós Awards, is considered by critics a historical landmark in Portuguese literature. For it is this who consecrates BessaLuís one of the greatest novelists, not only of Portuguese literature, but of universal literature. Among her literary contributions, the most prominent, in our view, was to make room for the new Portuguese contemporary fiction of female authorship. Referring to the figure of classical sibyls, Bessa-Luís explores the feminine mystical aura, a recurring aspect in her works, and by language, structure and analysis of details, urges the reader to reflections. It is in this sense that this work proposes to investigate the construction of the characters Maria, Estina and, especially, Quina and their relationship with the cultural and ideological roots that influenced the value judgments about the female reality in the above mentioned novel. In dealing with the configurations of the feminine in the work, Bessa-Luís provides an important discussion about some misogynist stereotypes, favoring their deconstruction. In this way, we intend to emphasize the immeasurable contribution of Bessa-Luís to the Portuguese literature, to make discussions about the rupture of misogynist stereotypes through the association of the feminine with the mystic in the work in question and furthermore, to discuss about the legacy of the Strong Women. Maria, Estina and Quina, three distinct female figurations that make up the Teixeira’s family Clan. Finally, we intend to analyze the three characters of the novel, establishing relationships between the female representation in their construction and the condition of women in patriarchal society. For this, we are based on Araújo and Fonseca (2015), Beauvoir (2009), Bloch (1995), Butler (2017), Coelho (1999), Fonseca (2017), Kury (2009), Machado (1979), Magalhães (1989), Moisés (2001 and 2013) and others.Universidade Estadual de GoiásUEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e InterculturalidadeBrasilUEGPrograma de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)Araújo, Márcia Maria de Melohttp://lattes.cnpq.br/4274917871675439Araújo, Márcia Maria de Melohttp://lattes.cnpq.br/4274917871675439Cortez, Clarice Zamonarohttp://lattes.cnpq.br/6132825833404982David, Nismária Alveshttp://lattes.cnpq.br/6682621513643586Pereira, Nair Fernandes2021-08-19T06:45:09Z2020-01-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPEREIRA, Nair Fernandes. Maria, Estina e Quina: personagens de “A Sibila”, de Agustina Bessa-Luís, e suas relações com a realidade feminina. 2020. 94 f. 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