Educação, democracia e formação : os direitos humanos em questão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Paulo Henrique da Costa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1188
Resumo: A questão dos direitos humanos envolve diferentes compreensões, interpretações e representações ao longo tempo. Nesta dissertação, compreende-se direitos humanos como ideia, concepção, ação e orientação da vida humana. Busca-se uma aproximação conceitual, de modo a pôr em questão a perspectiva da universalidade para além da ideia de uniformidade e padronização, isto é, pensar a universalidade dos direitos requer um olhar crítico sobre a complexidade e as contradições da realidade, as particularidades, o diverso e as necessidades humanas. Essa busca é precedida por uma breve retomada histórica com vistas a compreender a temática como movimento constante de lutas, reivindicações e de transformação, uma vez que não é algo estático, cristalizado e dado como pronto e acabado. Não se trata de um estudo historiográfico, mas de reflexão filosófica sobre uma questão que deve ser debatida, compreendida, reconhecida e vislumbrada como responsabilidade de todos os humanos. A escolha de obras da área da educação e da filosofia foi fundamental para a aproximação de um tema amplo e complexo, que não se esgota nas questões apresentadas neste texto, ou seja, é busca constante do não visto, do não dito, o que ainda pode ser discutido. A pesquisa é bibliográfica, de caráter teórico, e fundamenta-se em vários autores, dentre eles Adorno (1995), Chauí (1996, 2000a, 2000b, 2008, 2012, 2020, 2021, 2022), Dallari (1984), Hunt (2012), Coêlho (2004, 2008, 2009, 2013a, 2013b, 2016, 2020). A modernidade, consubstanciada pela instrumentalidade e pelo enfraquecimento das relações humanas, exprime a necessidade de que os direitos sejam constantemente reivindicados e reconhecidos, sendo imprescindível pensá-los para além do prescrito, do dito em determinado contexto. Por mais que declarações históricas como a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão/DDHC (1789) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) fomentem discussões importantes sobre os direitos universais, elas não são suficientes na medida em que o real escancara as desigualdades, a incessante violação dos direitos. Esses documentos não podem ser vistos de forma ingênua, devem ser considerados, em certas proporções, a sua relevância, por outro lado, é crucial ter em vista que os direitos não devem ser entendidos como petrificados, pois dependem de busca interminável. Daí, é imprescindível pensar as questões da educação, da democracia, dos direitos humanos, da formação humana, de modo a compreendê-las como realidades distintas, mas indissociáveis no que concerne o trabalho de reconhecimento e confirmação da humanidade do homem. Um dos achados do estudo é que os direitos humanos não são permanentes e universais na prática, na sua realização. A todo instante são revisitados por interesses específicos. É um constante movimento do que se conquista e do que se escapa, do que se aproxima e do que se distancia.
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Essa busca é precedida por uma breve retomada histórica com vistas a compreender a temática como movimento constante de lutas, reivindicações e de transformação, uma vez que não é algo estático, cristalizado e dado como pronto e acabado. Não se trata de um estudo historiográfico, mas de reflexão filosófica sobre uma questão que deve ser debatida, compreendida, reconhecida e vislumbrada como responsabilidade de todos os humanos. A escolha de obras da área da educação e da filosofia foi fundamental para a aproximação de um tema amplo e complexo, que não se esgota nas questões apresentadas neste texto, ou seja, é busca constante do não visto, do não dito, o que ainda pode ser discutido. A pesquisa é bibliográfica, de caráter teórico, e fundamenta-se em vários autores, dentre eles Adorno (1995), Chauí (1996, 2000a, 2000b, 2008, 2012, 2020, 2021, 2022), Dallari (1984), Hunt (2012), Coêlho (2004, 2008, 2009, 2013a, 2013b, 2016, 2020). A modernidade, consubstanciada pela instrumentalidade e pelo enfraquecimento das relações humanas, exprime a necessidade de que os direitos sejam constantemente reivindicados e reconhecidos, sendo imprescindível pensá-los para além do prescrito, do dito em determinado contexto. Por mais que declarações históricas como a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão/DDHC (1789) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) fomentem discussões importantes sobre os direitos universais, elas não são suficientes na medida em que o real escancara as desigualdades, a incessante violação dos direitos. Esses documentos não podem ser vistos de forma ingênua, devem ser considerados, em certas proporções, a sua relevância, por outro lado, é crucial ter em vista que os direitos não devem ser entendidos como petrificados, pois dependem de busca interminável. Daí, é imprescindível pensar as questões da educação, da democracia, dos direitos humanos, da formação humana, de modo a compreendê-las como realidades distintas, mas indissociáveis no que concerne o trabalho de reconhecimento e confirmação da humanidade do homem. Um dos achados do estudo é que os direitos humanos não são permanentes e universais na prática, na sua realização. A todo instante são revisitados por interesses específicos. É um constante movimento do que se conquista e do que se escapa, do que se aproxima e do que se distancia.The issue of human rights involves different comprehensions, interpretations and representations throughout time. In this dissertation, human rights are understood as precept, conception and action. It seeks a conceptual approach, in a way to put in question the perspective of universality beyond the idea of uniformity and standardization, that is, to think the universality of rights requires a critical look about the complexity and the contradictions of reality, the particularities, the diversity and human necessities. Such seek is preceded by a brief historical resumption in means to comprehend the theme as a constant movement of fights, claims and of transformation, since it is not something static, crystallized and given as ready and done. It is not a historiographical study, but a philosophical reflection on a matter that should be debated, comprehended, known and glimpsed as mankind's responsibility. The choosing of written works from education and philosophical areas was fundamental to an approximation of a broad and complex theme, that does not end with the matters presented in this text, that is, the search is constant of the unseen, the unspoken, the yet to be discussed. The research is bibliographical, of theoretical character, and is based in various authors, such as Adorno (1995), Chauí (1996, 2000a, 2000b, 2008, 2012, 2020, 2021, 2022), Dallari (1984), Hunt (2012), Coêlho (2004, 2008, 2009, 2013a, 2013b, 2016, 2020). The modern age, embodied by instrumentality and by the weakening of human relations, expresses the necessity of human rights to be constantly claimed and recognized, as it is essential to think of it beyond the prescribed, of the spoken in given context. Even though historical declarations, such as the Declaration of the Rights of Man and of the Citizen (1789) and the Universal Declaration of Human Rights (1948), foster important discussions about universal rights, they are not enough as the reality exposes the inequalities, the incessant violation of rights. These documents can not be seen in a naive way, but should be considered by its relevance; on the other hand, it is crucial to understand that such rights should not be understood as petrified, once they rely on unfinished research. Hence, it is essential to think about the matters of education, democracy, human rights and human formation in a way to comprehend them as distinct realities, but inseparable, with regard to the work of recognizing and confirming the humanity of man. One of the study’s findings is that human rights are not permanent and universal in its practice, in its accomplishment; they are constantly revisited for specific interests. It is a constant movement of what is achieved and of what is lost, of what is nearing and of what is distancing.Fundação de Apoio à pesquisa do Estado de Goiás - FAPEGUniversidade Estadual de GoiásUEG ::Coordenação de Mestrado em EducaçãoBrasilUEGUEG ::Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em EducaçãoBarcelos, Simone de Magalhães Vieirahttp://lattes.cnpq.br/5660019869571102Barcelos, Simone de Magalhães VieiraAlmeida, Liliane Barros deRotondano, Ricardo OliveiraViana, Cláudio PiresMorais, Paulo Henrique da Costa2023-04-25T17:16:49Z2023-03-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMORAIS, Paulo Henrique da Costa. Educação, democracia e formação : os direitos humanos em questão. 2023. 103 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Unidade Universitária de Inhumas, Universidade Estadual de Goiás, Inhumas, GO.http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1188porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEGinstname:Universidade Estadual de Goiás (UEG)instacron:UEG2024-06-04T00:41:26Zoai:tede2:tede/1188Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.bdtd.ueg.br/PUBhttps://www.bdtd.ueg.br/oai/requestbibliotecaunucet@ueg.br||opendoar:2024-06-04T00:41:26Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG - Universidade Estadual de Goiás (UEG)false
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