Florística e fenologia reprodutiva da flora vascular e plasticidade fenotípica de Miconia chamissois Naudin em mata de galeria com transição para campo sujo úmido
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG |
Texto Completo: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/548 |
Resumo: | As matas de galeria são comunidades florestais que formam galerias sobre o curso d’água de córregos e rios de pequeno porte. Já os campos úmidos, são formações herbáceo-subarbustivas que ocorrem em terrenos periodicamente ou permanentemente encharcados, em locais com afloramento de lençol freático, ou em depressões fechadas, que acumulam água durante a estação chuvosa. Os campos úmidos são encontrados em estreitas faixas de transição entre o cerrado (lato sensu) e as matas de galeria, ao longo de cursos d’água permanentes ou temporários, ocupando amplas planícies ou associados a áreas de nascentes. Os trabalhos de levantamentos florísticos, fenologia e plasticidade fenotípica nessas áreas são incipientes e os que existem estão concentrados na região do Distrito Federal. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi realizar o levantamento das espécies e da fenologia reprodutiva da flora vascular e avaliar a variação nos traços foliares de Miconia chamissois Naudin em uma mata de galeria com transição para campo sujo úmido em Quirinópolis, GO. A área de estudo está localizada na Cabeceira do Córrego Formiga e faz parte do perímetro urbano. A dissertação é composta por dois capítulos: Capítulo I – Florística e fenologia reprodutiva da flora vascular de mata de galeria com transição para campo sujo úmido, e o Capítulo II – Plasticidade fenotípica de Miconia chamissois Naudin (Melastomataceae) em mata de galeria e campo sujo úmido. Para a realização da florística e fenologia foram demarcadas 20 trilhas distribuídas perpendiculares ao curso d’água. A coleta de dados ocorreu de abril de 2017 a janeiro de 2019. Foram registradas 219 espécies, distribuídas em 170 gêneros e 69 famílias. Os índices de similaridade do presente estudo com os demais foram baixos ou inexistentes. Foram amostrados 18 novos registros de espécies para o estado de Goiás. Cerca de 58% das espécies tiveram floração e frutificação durante todo o período avaliado. Esses resultados corroboram a existência de uma alta diversidade florística, a qual propicia importantes recursos para a fauna. Para a análise da plasticidade fenotípica a espécie Miconia chamissois Naudin foi selecionada devido à abundância na mata de galeria e no campo sujo úmido. A coleta de dados foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Foram coletadas dez folhas de cada indivíduo, sendo 30 indivíduos na mata de galeria e 30 no campo sujo, resultando em 600 folhas. Em seguida, mediu-se a largura e o comprimento do limbo e o comprimento do pecíolo. Foram medidas a arquitetura arbustiva de Miconia chamissois (altura total e comprimento, largura e área da copa) e realizadas as coletas das variáveis ambientais para todos os indivíduos na borda da mata de galeria e no campo sujo úmido. Para as variáveis ambientais mensurou-se os dados de umidade, temperatura do solo e declividade do terreno. Foi utilizado o teste de correlação e o NMDS no programa R, para testar os eixos que melhor explicam as variáveis respostas em função das variáveis explicativas. A arquitetura arbustiva dos indivíduos de Miconia chamissois foi maior na mata de galeria do que no campo sujo. As variáveis ambientais e as medidas foliares também foram maiores para a mata de galeria. Os resultados para os traços foliares se sobrepõem na mata de galeria e no campo sujo úmido, porém, é observado que quanto maior a declividade menores são os valores de estrutura foliar e quanto mais alto o valor da temperatura do solo maiores são as métricas foliares. Assim, concluímos que as variáveis ambientais exercem influência sobre as características morfológicas das espécies, podendo influenciar tanto nas estruturas das folhas quanto na arquitetura da espécie. |
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Florística e fenologia reprodutiva da flora vascular e plasticidade fenotípica de Miconia chamissois Naudin em mata de galeria com transição para campo sujo úmidoCerradoÁreas úmidasDiversidadeFrutificaçãoCerradoWetlandsDiversityFruitingCIENCIAS BIOLOGICASAs matas de galeria são comunidades florestais que formam galerias sobre o curso d’água de córregos e rios de pequeno porte. Já os campos úmidos, são formações herbáceo-subarbustivas que ocorrem em terrenos periodicamente ou permanentemente encharcados, em locais com afloramento de lençol freático, ou em depressões fechadas, que acumulam água durante a estação chuvosa. Os campos úmidos são encontrados em estreitas faixas de transição entre o cerrado (lato sensu) e as matas de galeria, ao longo de cursos d’água permanentes ou temporários, ocupando amplas planícies ou associados a áreas de nascentes. Os trabalhos de levantamentos florísticos, fenologia e plasticidade fenotípica nessas áreas são incipientes e os que existem estão concentrados na região do Distrito Federal. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi realizar o levantamento das espécies e da fenologia reprodutiva da flora vascular e avaliar a variação nos traços foliares de Miconia chamissois Naudin em uma mata de galeria com transição para campo sujo úmido em Quirinópolis, GO. A área de estudo está localizada na Cabeceira do Córrego Formiga e faz parte do perímetro urbano. A dissertação é composta por dois capítulos: Capítulo I – Florística e fenologia reprodutiva da flora vascular de mata de galeria com transição para campo sujo úmido, e o Capítulo II – Plasticidade fenotípica de Miconia chamissois Naudin (Melastomataceae) em mata de galeria e campo sujo úmido. Para a realização da florística e fenologia foram demarcadas 20 trilhas distribuídas perpendiculares ao curso d’água. A coleta de dados ocorreu de abril de 2017 a janeiro de 2019. Foram registradas 219 espécies, distribuídas em 170 gêneros e 69 famílias. Os índices de similaridade do presente estudo com os demais foram baixos ou inexistentes. Foram amostrados 18 novos registros de espécies para o estado de Goiás. Cerca de 58% das espécies tiveram floração e frutificação durante todo o período avaliado. Esses resultados corroboram a existência de uma alta diversidade florística, a qual propicia importantes recursos para a fauna. Para a análise da plasticidade fenotípica a espécie Miconia chamissois Naudin foi selecionada devido à abundância na mata de galeria e no campo sujo úmido. A coleta de dados foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Foram coletadas dez folhas de cada indivíduo, sendo 30 indivíduos na mata de galeria e 30 no campo sujo, resultando em 600 folhas. Em seguida, mediu-se a largura e o comprimento do limbo e o comprimento do pecíolo. Foram medidas a arquitetura arbustiva de Miconia chamissois (altura total e comprimento, largura e área da copa) e realizadas as coletas das variáveis ambientais para todos os indivíduos na borda da mata de galeria e no campo sujo úmido. Para as variáveis ambientais mensurou-se os dados de umidade, temperatura do solo e declividade do terreno. Foi utilizado o teste de correlação e o NMDS no programa R, para testar os eixos que melhor explicam as variáveis respostas em função das variáveis explicativas. A arquitetura arbustiva dos indivíduos de Miconia chamissois foi maior na mata de galeria do que no campo sujo. As variáveis ambientais e as medidas foliares também foram maiores para a mata de galeria. Os resultados para os traços foliares se sobrepõem na mata de galeria e no campo sujo úmido, porém, é observado que quanto maior a declividade menores são os valores de estrutura foliar e quanto mais alto o valor da temperatura do solo maiores são as métricas foliares. Assim, concluímos que as variáveis ambientais exercem influência sobre as características morfológicas das espécies, podendo influenciar tanto nas estruturas das folhas quanto na arquitetura da espécie.The gallery forests are forest communities that form galleries on the watercourse of streams and small rivers. Wetlands, on the other hand, are herbaceous-shallow formations occurring on land that is periodically or permanently soaked, in areas with upwelling, or in closed depressions, which accumulate water during the rainy season. The wetlands are found in narrow transition strips between the cerrado (lato sensu) and the gallery forests, along permanent or temporary water courses, occupying wide plains or associated with areas of springs. The work of floristic surveys, phenology and phenotypic plasticity in these areas are incipient and those that exist are concentrated in the region of the Federal District. In this context, the objective of the present study was to survey the species and reproductive phenology of the vascular flora and to evaluate the variation in the leaf traits of Miconia chamissois Naudin in a gallery forest with a transition to wetland in Quirinópolis, GO. The study area is located in the headland of Córrego Formiga and is part of the urban perimeter. The dissertation is composed of two chapters: Chapter I - Floristics and reproductive phenology of the vascular flora of gallery forest with transition to wetland, and Chapter II - Phenotypic plasticity of Miconia chamissois Naudin (Melastomataceae) in gallery forest and dirty field humid For the accomplishment of floristics and phenology 20 trails distributed perpendicular to the watercourse were demarcated. Data collection took place from April 2017 to January 2019. A total of 219 species were recorded, distributed in 170 genera and 69 families. The similarity indices of the present study with the others were low or nonexistent. A total of 18 new species records were sampled for the state of Goiás. About 58% of the species had flowering and fruiting throughout the period evaluated. These results corroborate the existence of a high floristic diversity, which provides important resources for the fauna. For the analysis of phenotypic plasticity the species Miconia chamissois Naudin was selected because of the abundance in the gallery forest and in the humid dirty field. Data collection was performed in November and December 2018 and January 2019. Ten leaves of each individual were collected, 30 individuals in the gallery forest and 30 in the dirty field, resulting in 600 leaves. Then, the width and length of the limbus and the length of the petiole were measured. The shrub architecture of Miconia chamissois (total height and length, width and crown area) was measured and the environmental variables were collected for all individuals at the edge of the gallery forest and in the wet dirty field. For the environmental variables the data of humidity, soil temperature and terrain slope were measured. The correlation test and the NMDS were used in the R program to test the axes that best explain the response variables as a function of the explanatory variables. The shrub architecture of the individuals of Miconia chamissois was higher in the gallery forest than in the dirty field. The environmental variables and the foliar measurements were also higher for the gallery forest. The results for the leaf traits overlap in the gallery forest and in the humid dirty field, however, it is observed that the larger the declivity the lower the values of leaf structure and the higher the value of the soil temperature the greater the leaf metrics. Thus, we conclude that the environmental variables exert influence on the morphological characteristics of the species, being able to influence both the leaf structures and the architecture of the species.Fundação de Apoio à pesquisa do Estado de Goiás - FAPEGUniversidade Estadual de GoiásUEG ::Coordenação de Mestrado em Ambiente e SociedadeBrasilUEGPrograma de Pós Graduação Stricto Sensu em Ambiente e SociedadeResende, Isa Lucia de Moraishttp://lattes.cnpq.br/6372928256741767Santos, Aline Bezerra da Silva2021-04-26T11:28:05Z2019-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, A. B. S. Florística e fenologia reprodutiva da flora vascular e plasticidade fenotípica de Miconia chamissois Naudin em mata de galeria com transição para campo sujo úmido. 2019. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ambiente e Sociedade) - Câmpus Sudeste - Sede: Morrinhos, Universidade Estadual de Goiás, Morrinhos-GO.http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/548porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEGinstname:Universidade Estadual de Goiás (UEG)instacron:UEG2021-04-26T11:28:05Zoai:tede2:tede/548Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.bdtd.ueg.br/PUBhttps://www.bdtd.ueg.br/oai/requestbibliotecaunucet@ueg.br||opendoar:2021-04-26T11:28:05Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG - Universidade Estadual de Goiás (UEG)false |
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