A Metaficção historiográfica em o Irmão Alemão, de Chico Buarque de Hollanda

• Autor(a) principal: Mineiro, Maria Aparecida
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/920
• topic: Chico Buarque; Metaficção historiográfica; Ilusão referencial; Chico Buarque; Historiographic Metafiction; Referential illusion; LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA

Este estudo propõe modos de pensar sobre as diferentes dimensões que o fato histórico adquire no âmbito da ficção em O Irmão Alemão, obra de Chico Buarque de Hollanda, lançada em 2014. Essa narrativa é mais uma etapa do estilo literário buarqueano que mescla aspectos não só de sua vida, como também fatos históricos com elementos ficcionais. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é o de refletir sobre as relações paradoxais entre literatura e história, na obra citada, de forma a identificar como esses itens são inseridos na narrativa do escritor, a ponto de se libertar da imposição da história e a afirmação da narrativa como criação literária autônoma. A metodologia aplicada tem como base o pesquisador participante como ator da pesquisa. Nessa perspectiva, justifica-se como pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, posto que atende à interpretação dos fenômenos e à atribuição dos significados básicos desse processo de pesquisa qualitativa. Pauta-se, portanto, em investigações de caráter bibliográfico, com ênfase na discussão sobre o leitor e as relações entre literatura e realidade. Por este caminho, analisamos o romance de Chico Buarque que reflete não só sobre o próprio processo de elaboração artística e, ao mesmo tempo, utiliza a história para contestar sua veracidade. Para a realização da pesquisa, a metodologia consiste na análise comparativa de obras literárias e historiográficas, artigos, revistas e outros materiais que versam a respeito do tema. Observa-se, portanto, a metaficção historiográfica à luz dos estudos de Linda Hutcheon (1991) e de estudiosas como Zênia de Faria (2012) e Maria Tereza de Freitas (1986). Além disso, tratamos da ficcionalização da história por meio de Hayden White. Para estudarmos os documentos utilizados como “ilusão referencial” no romance de Chico Buarque, valemo- nos fundamentalmente de Antoine Compagnon (2010).