Desempenho de cultivares de milho pipoca no estado de Goiás

• Autor(a) principal: Campos, Thiago Souza
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/586
• topic: Zea mays L. var. Everta; Produtividade; Fotossíntese; Manejo Cultural; Enfezamento; Productivity; Photosynthesis; Corn management; Corn Stunt; Zea mays L. var. Everta; CIENCIAS AGRARIAS

O estado de Goiás se destaca como o terceiro maior produtor nacional de milho, entretanto, a produção de milho pipoca ainda é muito incipiente e, a maior parte das áreas agrícolas do estado, são destinadas a produção de milho comum. Entretanto, os poucos produtores que buscam inserir em suas áreas a produção de milho pipoca, têm como entrave a escassez de informações sobre cultivares disponíveis no mercado, o manejo adequado da cultura e as recomendações técnicas. Portanto, os objetivos do presente estudo foram avaliar o desempenho agronômico de três cultivares de milho pipoca, no Nordeste goiano, na época da seca e sob sistema de irrigação; e avaliar os desempenhos agronômicos e fisiológicos de três cultivares de milho pipoca no Sudeste de Goiás, na safra das águas. Foram conduzidos e avaliados, dois experimentos. O experimento I foi conduzido na fazenda II da Universidade Estadual de Goiás - UEG, Campus Nordeste, na unidade Posse, sob sistema de irrigação por aspersão, durante a época das secas (abril – julho). Durante a condução deste experimento, foram observadas variáveis relacionadas ao crescimento e desenvolvimento das plantas e a porcentagem de plantas que apresentavam sintomas de enfezamento vermelho e pálido, de modo a avaliar o desempenho agronômico das cultivares. Já o experimento II foi conduzido na área experimental da Universidade Estadual de Goiás, Campus Sudeste, Unidade Ipameri, sem sistema de irrigação, na safra das águas (nov. – março). Avaliaram-se as variáveis relacionadas aos estádios vegetativos e reprodutivos das plantas, a porcentagem de plantas apresentando sintomas de enfezamento vermelho e pálido, e as variáveis fisiológicas relacionadas ao desempenho da maquinaria fotossintética das plantas. Em ambos os experimentos foram estimados os componentes de variância (CVg, IV, h2 ) e a diversidade genética. Os experimentos foram conduzidos em campo, utilizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados (DBC), com três cultivares (‘Americana’, ‘UENF-14’, variedade Formosa) e quatro repetições. Cada parcela experimental foi constituída por quatro linhas, com 4 m de comprimento, com espaçamento de 0,90 m entre linhas e 0,25 m entre plantas. Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância individual com os respectivos desdobramentos e teste de médias. No experimento I, houve diferença significativa para estande final, altura final da planta, altura de inserção da espiga, produtividade e porcentagem de plantas com sintomas de enfezamento vermelho. A cultivar UENF-14 apresentou as menores porcentagem de sintoma do enfezamento vermelho e a maior produtividade, enquanto, a variedade Formosa foi mais suscetível ao enfezamento vermelho, apresentou o menor estande final de plantas e baixa produtividade. A cultivar ‘UENF-14’, foi a que apresentou a maior produtividade total (2325,83 t ha-1 ) diferindo-se das demais. No experimento II, as cultivares apresentaram diferenciadas significativas (p 83,73%). A produtividade media das cultivares foi de 1305,37 kg ha-1. As variáveis que contribuíram para a divergência genética entre as cultivares, quando estas foram cultivadas em Posse-GO, foram número de espigas por parcela (66,32 %) e Produtividade (33,68%), ambas contribuíram com 100% da divergência existente. Já em Ipamerí – GO, as variáveis que mais contribuíram para a divergência entre as três cultivares foram altura de inserção da espiga (48,58%), produtividade (31,72%) e número de espigas por parcela (14,79%), ambas contribuíram com 95,05% da divergência existente. Os resultados permitem inferir que provavelmente a variedade Formosa seja oriunda de sucessivos salvamentos de sementes da cultivar Americana e que há divergência genética entre a UENF 14. Em sumo, conclui-se que a cultivar UENF 14 apresentou o melhor desempenho agronômico e fisiológico, quando cultivada no Nordeste e também no Sudeste de Goiás, podendo ser recomendada para ambas as regiões.