Estudo químico da casca do fruto da Pithecoctenium crucigerum (L.) A.H. Gentry (Bignoniaceae)

• Autor(a) principal: Picro, Kelvin Gomes
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/711
• topic: Pithecoctenium crucigerum; Bignoniaceae; Metabólitos secundários; GNPS; CLAE; Pithecoctenium crucigerum; Bignoniaceae; Secondary metabolites; HPLC; GNPS; CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA

Estudos com espécies da família Bignoniaceae possibilitaram o isolamento de diversos compostos com potencial terapêutico. Pithecoctenium crucigerum (L.) A.H.Gentry, também conhecida popularmente como “pente-de-macaco”, é uma trepadeira lenhosa, cujo fruto possui uma casca seca e espinhos grossos. As sementes dessa espécie são utilizadas, em alguns grupos étnicos, no tratamento de algumas enfermidades como dores de cabeça e neuragia. Neste trabalho foi desenvolvido um estudo químico com a casca do fruto da P. crucigerum para investigação e isolamento de possíveis moléculas bioativas. O material foi coletado na Chácara Taquaral com as coordenadas 16o12’41” S e 49o27’31” W. Foi obtido extratos por maceração da casca: extrato hexânico (E.H), extrato diclorometânico (E.D), extrato acetato (E.A) e extrato hidroalcóolico(E.OH). O estudo fitoquímico empregou técnicas cromatográficas para traçar um perfil químico, identificar, isolar e purificar compostos bioativos dos extratos. A triagem fitoquímica realizada nos extratos (E.H, E.D, E.A e E.OH) indicou a presença de taninos, flavonoides, naftoquinonas, terpenos, esteroides, saponinas e alcaloides. Nos extratos E.H e E.D foi possível a identificação de ácidos graxos e terpenos, nos E.A e E.OH e a fração metanólica do E.D, com auxílio da plataforma GNPS identificou-se flavonoides, triterpenos, iridoides, saponina, isocumarina e neolignana. De uma fração proveniente do E.A resultou-se no isolamento e elucidação estrutural de uma flavona, a diosmetina e de dois alcaloides indólicos, o indol-3-carboxaldeido e o indol-3-ácido carboxílico. Da fração do E.OH foi possível isolar e elucidar, o martinosideo, um fenilpropanoide glicolisado. Esse estudo contribuiu para o conhecimento de novas substâncias presentes nessa espécie.