Comportamento ingestivo de bovinos nelore em confinamento e alimentados com dietas contendo diferentes híbridos de milho
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Semina. Ciências Agrárias (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/view/16666 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento ingestivo de bovinos da raça Nelore terminados em confinamento e alimentados com dietas contendo diferentes híbridos de milho. Foram utilizados 27 bovinos com peso vivo médio inicial de 350 ± 24 kg e idade média de 24 meses, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em três tratamentos (T), sendo, T1-DTMDU: Dieta total contendo milho duro, T2- DTMSDU: Dieta total contendo milho semiduro e T3-DTMSDE: Dieta total contendo milho semidentado, com nove repetições por tratamento. As dietas foram isoenergéticas e isoprotéicas, com relação de volumoso: concentrado de 30:70, utilizando-se o bagaço de cana como volumoso e ração concentrada composta de farelo de soja (8%), milho grão moído (88%), suplemento mineral e vitamínico (3%) e uréia (1%). Essas dietas foram fornecidas aos bovinos duas vezes ao dia (8 h e 16 h). Os animais foram confinados por um período de 95 dias, compreendendo 14 dias de adaptação e três períodos experimentais de 27 dias. Os bovinos foram pesados em jejum de sólidos de 16 horas no início do experimento e ao final de cada período de 27 dias. A avaliação do comportamento ingestivo ocorreu no último dia de cada período experimental por meio de observação visual dos animais a cada cinco minutos, por períodos integrais de 24 horas. Foram realizadas observações em quatro turnos: manhã (06:00 às 12:00), tarde (12:00 às 18:00), noite (18:00 às 00:00) e madrugada (00:00 às 06:00) para determinar o número de bolos ruminais, tempo de mastigação, tempo de alimentação, tempo de ruminação em pé, tempo de ruminação deitado, tempo de ócio em pé e tempo de ócio deitado. No período noturno o ambiente recebeu iluminação artificial, sendo que três dias anteriores à coleta de dados, os animais foram adaptados a essa luminosidade noturna. Houve diferença entre os tratamentos para o tempo de mastigação e para o número de bolos ruminais. Animais alimentados com a dieta contendo milho semidentado apresentaram maior tempo de mastigação e maior número de bolos ruminais, do que aqueles alimentados com dieta contendo milho duro, entretanto não diferiram daqueles que receberam milho semiduro na ração. Os tempos de mastigação e os números de bolos ruminais variaram com os períodos de observação (manhã, tarde, noite e madrugada), sendo maior no período da manhã e decrescente no período da tarde, noite e madrugada. Quanto às médias de tempo despendido para alimentação, ruminação e ócio, verificou-se que animais alimentados com ração contendo milho duro apresentaram maior tempo de alimentação do que aqueles recebendo ração com milho semiduro ou semidentado. Entre as demais variáveis (ruminação em pé, ruminação deitado, ócio em pé e ócio deitado) não houve diferença significativa entre os animais recebendo diferentes dietas. Pode-se concluir que animais alimentados com dietas contendo milho semidentado apresentam maior tempo de mastigação e maior número de bolos ruminais do que aqueles alimentados com milho duro. Animais alimentados com dietas contendo milho duro na ração concentrada apresentam maior tempo de alimentação do que aqueles recebendo dietas com milho semiduro ou semidentado. O tempo de mastigação e o número de bolos ruminais são maiores no período da manhã e decrescem no período da tarde, noite e madrugada. |
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Comportamento ingestivo de bovinos nelore em confinamento e alimentados com dietas contendo diferentes híbridos de milhoIngestive behavior of Nellore steers in feedlot fed with diets containing different corn hybridsAlimentaçãoConcentradoÓcioRuminação.Produção animalConcentrateFeedingIdleRumination.O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento ingestivo de bovinos da raça Nelore terminados em confinamento e alimentados com dietas contendo diferentes híbridos de milho. Foram utilizados 27 bovinos com peso vivo médio inicial de 350 ± 24 kg e idade média de 24 meses, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em três tratamentos (T), sendo, T1-DTMDU: Dieta total contendo milho duro, T2- DTMSDU: Dieta total contendo milho semiduro e T3-DTMSDE: Dieta total contendo milho semidentado, com nove repetições por tratamento. As dietas foram isoenergéticas e isoprotéicas, com relação de volumoso: concentrado de 30:70, utilizando-se o bagaço de cana como volumoso e ração concentrada composta de farelo de soja (8%), milho grão moído (88%), suplemento mineral e vitamínico (3%) e uréia (1%). Essas dietas foram fornecidas aos bovinos duas vezes ao dia (8 h e 16 h). Os animais foram confinados por um período de 95 dias, compreendendo 14 dias de adaptação e três períodos experimentais de 27 dias. Os bovinos foram pesados em jejum de sólidos de 16 horas no início do experimento e ao final de cada período de 27 dias. A avaliação do comportamento ingestivo ocorreu no último dia de cada período experimental por meio de observação visual dos animais a cada cinco minutos, por períodos integrais de 24 horas. Foram realizadas observações em quatro turnos: manhã (06:00 às 12:00), tarde (12:00 às 18:00), noite (18:00 às 00:00) e madrugada (00:00 às 06:00) para determinar o número de bolos ruminais, tempo de mastigação, tempo de alimentação, tempo de ruminação em pé, tempo de ruminação deitado, tempo de ócio em pé e tempo de ócio deitado. No período noturno o ambiente recebeu iluminação artificial, sendo que três dias anteriores à coleta de dados, os animais foram adaptados a essa luminosidade noturna. Houve diferença entre os tratamentos para o tempo de mastigação e para o número de bolos ruminais. Animais alimentados com a dieta contendo milho semidentado apresentaram maior tempo de mastigação e maior número de bolos ruminais, do que aqueles alimentados com dieta contendo milho duro, entretanto não diferiram daqueles que receberam milho semiduro na ração. Os tempos de mastigação e os números de bolos ruminais variaram com os períodos de observação (manhã, tarde, noite e madrugada), sendo maior no período da manhã e decrescente no período da tarde, noite e madrugada. Quanto às médias de tempo despendido para alimentação, ruminação e ócio, verificou-se que animais alimentados com ração contendo milho duro apresentaram maior tempo de alimentação do que aqueles recebendo ração com milho semiduro ou semidentado. Entre as demais variáveis (ruminação em pé, ruminação deitado, ócio em pé e ócio deitado) não houve diferença significativa entre os animais recebendo diferentes dietas. Pode-se concluir que animais alimentados com dietas contendo milho semidentado apresentam maior tempo de mastigação e maior número de bolos ruminais do que aqueles alimentados com milho duro. Animais alimentados com dietas contendo milho duro na ração concentrada apresentam maior tempo de alimentação do que aqueles recebendo dietas com milho semiduro ou semidentado. O tempo de mastigação e o número de bolos ruminais são maiores no período da manhã e decrescem no período da tarde, noite e madrugada.The objective of this work was to study the feeding behavior of Nellore beef cattle in feedlot fed with diets containing different corn hybrids. Twenty-seven animals averaging 350 ± 24 kg of body weight and 24 months of age, were used. The animals were distributed in a completely randomized design with three treatments (T), where, T1-TDFC: total diet containing flint corn, T2-TDSFC: total diet containing semi-flint corn and T3-TDSDC: total diet containing semi-dent corn, with 9 replicates per treatment. The animals were fed ad libitum twice a day (at 8:00am and 4:00pm) with a isocaloric and isonitrogenous diet, with 30% of sugar cane bagasse and 70% concentrate (88% maize, 8% soybean meal, 3% mineral and vitamin supplement and 1% urea) for 95 days (14 days of adaptation and 3 experimental periods of 27 days each). The animals were weighed at the beginning of the experiment and after each period of 27 days, always in a fasting period of 16 hours. The evaluation of animals feeding behavior occurred at the last day of each period by visual observation every five minutes for full periods of 24 hours. Observations were made in four shifts: morning (06:00 to 12:00), afternoon (12:00 to 18:00), evening (18:00 to 00:00) and early morning (00:00 06:00) to determine the number of ruminal bolus, chewing time, total feeding time, total ruminating standing time, total ruminating lying time, total standing idle time and total lying idle time. During the night’s observations, the stalls received artificial illumination to facilitate the data collection and the animals were adapted with light at night for three days before observations. Animals fed with diets containing semi-dent corn had longer chew time and more ruminal bolus than those fed with flint corn, but did not differ from those that received semi-flint corn in the diet. The chewing time and number of ruminal bolus varied with the observation periods, being higher in the morning and decreasing in the afternoon, night and early morning. To the time spent feeding, ruminating and idle it was found that animals fed with diets containing flint corn had higher feeding time than those fed with diets containing semi-flint corn and semi-dent corn. Among the other variables there was no significant difference between treatments. It can be concluded that animals fed diets containing semident corn spent more time chewing food had more ruminal bolus than those fed flint corn in the diet. Animals fed diets containing flint corn spent more time feeding than those fed diets with semi-flint or semi-dent corn. The chewing time and number of ruminal bolus is biggest in the morning and decrease in the afternoon, night and early morning.UEL2013-12-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisaapplication/pdfhttps://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/view/1666610.5433/1679-0359.2013v34n6Supl2p4203Semina: Ciências Agrárias; Vol. 34 No. 6Supl2 (2013); 4203-4212Semina: Ciências Agrárias; v. 34 n. 6Supl2 (2013); 4203-42121679-03591676-546Xreponame:Semina. Ciências Agrárias (Online)instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELenghttps://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/view/16666/pdf_204Mizubuti, Ivone YurikaSestari, Bruna BoniniRibeiro, Edson Luis AzambujaPereira, Elzânia SalesFreitas Barbosa, Marco Aurélio AlvesPrado, Odimári Pricila Pires doCunha, Gianne EvansGomes, Rodrigo da CostaCosta, Camila Bortolieroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-11-19T18:36:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/16666Revistahttp://www.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrariasPUBhttps://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/oaisemina.agrarias@uel.br1679-03591676-546Xopendoar:2015-11-19T18:36:09Semina. Ciências Agrárias (Online) - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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