A identidade carrapiché no processo de ressignificação de quilombo na Microrregião Bico do Papagaio/Tocantins, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Clímaco, Veríssima Dilma Nunes
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Laroque, Luís Fernando da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Antíteses
Texto Completo: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/46189
Resumo: A população quilombola, após a Lei Áurea no ano de 1888, foi relegada à pobreza, esquecimento, invisibilidade pelas autoridades públicas e sociedade em geral. Sem nenhum aporte que os ajudassem a sair dessa situação, negros e negras ex-escravizados criaram estratégias de sobrevivência, uma delas foi a criação dos quilombos que se tornaram lugar de moradia e reinvenção de sua cultura. No cenário pós abolição, foram renegados socialmente se tornando negros quilombolas. Entretanto, com o passar do tempo e diante da necessidade de sobrevivência, eles foram sendo assimilados como comunidades negras rurais, camponeses. Dentre essa população negra, muitos preservaram a cultura quilombola de seus ancestrais, mesmo sem um território próprio. O objetivo do estudo consiste em verificar como os Carrapichés da microrregião Bico do Papagaio/Tocantins estão ressignificando sua identidade de negros quilombolas na atualidade. Para tanto, realizaram-se saídas de campo, incursões etnográficas produzindo diários de campo e a realização de entrevistas recorrendo à história oral, com moradores da Comunidade Remanescente de Quilombos Carrapiché. Dessa forma, os resultados demonstraram que a identidade de negros quilombolas trouxe melhoria da qualidade de vida e potencializou um melhor reconhecimento da área territorial para os Carrapichés.
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