Autogestão em empreendimentos econômicos solidários : um estudo compararativo de casos em cooperativas de reciclagem de lixo de Maringá-PR

• Autor(a) principal: Mazzei, Bianca Burdini
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10738
• topic: Administração; Participação dos empregados; Cooperativismo; Economia solidária; Management - Employee participation; Recycling (Waste, etc.); Cooperation

Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo principal identificar os eventos históricos que contribuíram para a formação das principais diferenças na autogestão em dois empreendimentos econômicos solidários, relacionados à coleta seletiva do lixo, na cidade de Maringá - PR: CooperMaringá e Cocarema Para isso realiza um levantamento teórico-empírico de autores que abordam a autogestão desde as idéias iniciais de Proudhon até os mais recentes conceitos utilizados pela economia solidária Ainda no referencial teórico são abordados temas como o cooperativismo e sua origem, a história da economia solidária e seus empreendimentos econômicos solidários A pesquisa se apresenta como descritiva e possui uma análise predominantemente qualitativa Para a coleta de dados foram utilizados as técnicas de observação direta, questionário e entrevista de história oral, realizados com os cooperados das duas cooperativas, e com alguns técnicos da Unitrabalho/UEM que participaram do processo de constituição dessas cooperativas em função da primeira tentativa de desocupação do lixão Na primeira parte da coleta foram levantadas as características autogestionárias dos dois empreendimentos, conforme um modelo de indicadores de autogestão proposto pela Anteag (25), e ali foram identificados as principais diferenças em suas formas de gestão Em seguida, utilizando o método de história oral, a pesquisa levanta os aspectos históricos que mais influenciaram a constituição dessas diferenças Ficou caracterizado que essas diferenças podem ser explicadas a partir das características de cada liderança, e também em função da formação dos cooperados Outro aspecto interessante que apareceu durante a pesquisa foi a questão de gênero na liderança, pois uma cooperativa tem uma liderança predominantemente feminina, e a outra tem um liderança sempre masculina, por isso deu-se alguma importância ao assunto apesar de não ter sido aprofundado, por não fazer parte do objeto central desse estudo Assim nas conclusões ficam as lições de que as cooperativas possuem fortes características autogestionárias, e que ambas possuem histórias semelhantes de constituição inicial Portanto as diferenças que aparecem se devem aos indivíduos envolvidos em cada cooperativa, que com suas vivências e características de personalidade, foram construindo a identidade de cada um dos empreendimentos estudados