Estudo epidemiológico e molecular de Escherichia coli patogênica extraintestinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daga, Ana Paula
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9585
Resumo: Resumo: Escherichia coli é um habitante comensal comum do trato gastrointestinal e um dos patógenos mais importantes em humanos E coli patogênica extraintestinal (ExPEC) é um descritor para os isolados de E coli capazes de causar doença extraintestinal O objetivo deste estudo foi investigar e comparar os determinantes de virulência da ExPEC de diferentes materiais clínicos Este estudo incluiu 183 amostras de E coli, 48 isolados da corrente sanguínea, 42 de líquido e secreções, 44 isolados produtores de ß- Lactamase de Espectro Estendido (ESBL), de urina de pacientes internados com infecção do trato urinário (ITU) e 49 E coli sensíveis a todos os antimicrobianos, de urina de pacientes ambulatoriais com ITU Utilizando a reação da PCR, investigou-se a presença de fatores de virulência (VFs), ilhas de patogenicidade (PAIs), ESBL do tipo cefotaximase (CTX-M) e a classificação filogenética (A, B1, B2, C, D, E e F) A análise da variabilidade genética de E coli de sangue foi realizada pelo Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus (ERIC-PCR) e os dados epidemiológicos e demográficos foram obtidos através da análise de prontuários e exames laboratoriais O gene fimH foi o mais prevalente em todos os materiais clínicosE coli isoladas de sangue e líquido/secreção apresentaram uma prevalência estatisticamente maior para fimH e papC, assim como, para os genes relacionados à resistência sérica (traT, iss e ompT) em comparação com amostras urinárias Ao contrário da cápsula K5, que foi mais prevalente em amostras urinárias Em geral, E coli de urina de pacientes ambulatoriais apresentaram maior prevalência de FVs quando comparados E coli de urina de pacientes internados A prevalência de PAIs nos diferentes materiais clínicos foi semelhante, com exceção do PAI IV536, que foi maior no sangue do que em E coli urinária de pacientes internados O filogrupo B2 foi o mais prevalente, seguido do filgrupo B1 para sangue e urina de pacientes internados, e E para líquidos secreção e urina de pacientes ambulatoriais O filogrupo A foi estatisticamente mais prevalente em amostras de E coli urinárias Os isolados B2 apresentaram a maior prevalência de FVs e PAIs Oito (16,7%) dos isolados de E coli de sangue foram caracterizados como produtores de ESBL do tipo CTX-M, sendo que, CTX-M-15 foi a mais prevalente A análise da variabilidade genética identificou duas linhagens clonais e vários isolados de sangue não relacionados Dos pacientes com infecção da corrente sanguínea por E coli, 5% foram secundárias à infecção do trato urinário e 12,5% foram secundárias a doenças abdominais, sendo que a mortalidade associada à bacteremia por E coli foi de 333% Em conclusão, ExPEC possui uma variedade de determinantes de virulência envolvidos no estabelecimento da infecção, e comumente apresenta resistência a múltiplos fármacos, implicando na gravidade da infecção O conhecimento de fatores determinantes, como a patogenicidade e os dados epidemiológicos do processo infeccioso, são informações importantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e no manejo e tratamento de pacientes com infecção extraintestinal por E coli
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Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e LaboratorialAbstract: Escherichia coli is a common commensal inhabitant of the gastrointestinal tract and one of the most important pathogens in humans Extraintestinal pathogenic E coli (ExPEC) is a descriptor for E coli isolates capable of causing extraintestinal disease The objective of this study was to investigate and compare the virulence determinants of ExPEC from different clinical materials This study included 183 E coli samples, 48 bloodstream isolates, 42 liquid and secretions, 44 ESBL-producing isolates of urine samples from patients hospitalized with urinary tract infection (UTI) and 49 E coli sensitive to all antimicrobials, from outpatient urine with UTI The presence of virulence factors (VFs), islands of pathogenicity (PAIs), ESBL cefotaxime type (CTX-M) and phylogenetic classification (A, B1, B2, C, D, E and F) were investigated by PCR The analysis of the genetic variability of E coli from blood was performed by the Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus (ERIC-PCR) and the epidemiological and demographic data were obtained through the analysis of medical records and laboratory tests The fimH gene was the most prevalent in all clinical materials E coli strains isolated from blood and liquid/secretion showed a statistically higher prevalence for fimH and papC, as well as for serum resistance related genes (traT, iss and ompT) compared to urinary samples Unlike the K5 capsule, it was more prevalent in urinary samples In general, E coli from urine of outpatients carried significantly higher prevalence of VF than E coli strains isolated from urine of inpatients The prevalence of PAIs in the different clinical materials was similar, except for PAI IV536, which was higher in the blood than in E coli from inpatients urine Filogroup B2 was the most prevalent, followed by B1 for blood and inpatients urine, and E for liquid/secretion and outpatients urine Filogroup A was statistically more prevalent in urinary E coli samples The B2 isolates showed the highest prevalence of FVs and PAIs Eight (167%) of the E coli from blood were characterized as producing CTBL-M ESBL, with CTX-M-15 being the most prevalent Genetic variability analysis identified two clonal lineages and several unrelated blood isolates Of the patients with E coli bloodstream infection, 5% were secondary to urinary tract infection and 125% were secondary to abdominal diseases, and the mortality associated with E coli bacteremia was 333% In conclusion, ExPEC has a variety of virulence determinants involved in the establishment of the infection, and commonly presents resistance to multiple drugs, implying the severity of the infection The knowledge of determinant factors, such as pathogenicity and epidemiological data of the infectious process, are important information for the development of prevention strategies and for the management and treatment of patients with extraintestinal E coli infectionVespero, Eliana Carolina [Orientador]Perugini, Marcia Regina EchesKobayashi, Renata Katsuko TakayamaDaga, Ana Paula2024-05-01T12:08:55Z2024-05-01T12:08:55Z2019.0028.02.2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/9585porMestradoFisiopatologia Clínica e LaboratorialCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e LaboratorialLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:04Zoai:repositorio.uel.br:123456789/9585Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:04Repositório Institucional da UEL - 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