Análise da distância, velocidade e carga interna de atletas de basquetebol em cadeira de rodas

• Autor(a) principal: Carvalho, Emanuel Messias Oliveira de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11321
• topic: Basquetebol em cadeira de rodas; Desempenho físico; Wheelchair basketball

Resumo: O basquetebol em cadeira de rodas (BCR), modalidade esportiva caracterizada como intermitente, é uma das modalidades paralímpicas mais praticadas no mundo O maior nível de conhecimento dos fatores associados ao desempenho da modalidade tem contribuído para o aumento do nível competitivo observado Entretanto, algumas lacunas ainda se apresentam, especialmente referentes ao estresse fisiológico (carga interna - CI) e às demandas de deslocamento (carga externa - CE) da modalidade em jogos oficias Portanto, este trabalho tem o objetivo de descrever e associar diferentes métodos de carga interna e externa de jogadores de BCR em partidas oficias Participaram do estudo nove atletas (idade 35,22± 6,7 anos) de BCR que integram três equipes da primeira divisão nacional As medidas de CI foram acessadas pelos métodos de percepção subjetiva de esforço (PSE) e Edwards Foi realizada a filmagem (3Hz) e rastreamento manual de três partidas de BCR válidas pelo Campeonato Paulista de Basquetebol em Cadeira de Rodas A partir dos dados de rastreamento foram mensuradas variáveis de CE relacionadas à distância e velocidade durante o jogo Os resultados indicam que os jogadores percorrem em média 1894,5±63,6m (1º tempo) e 1847,38 ±136,1m (2º tempo) Aproximadamente 8% da distância percorrida é realizada com o relógio correndo A maior parte do tempo (~81%) é despendido nas faixas de velocidade de muito baixa (= 2% Vmax) e baixa intensidade (21-5% Vmax) Os valores de velocidade máxima e tempo despendido na faixa 1 se correlacionaram com a CF de maneira forte (r=911; p<,5) e moderada (rho=692; p<,5), respectivamente Os métodos de CI (Edwards e PSE) apresentaram forte correlação (r=734, R2= 53, p < ,5) entre si Ambos os métodos de CI apresentaram forte correlação com as medidas de distância total (PSE, r= 89, R2= 79, p < ,5; Edwards, r= 72, R2= 51, p<,5) e distância percorrida com o relógio correndo (PSE, r= 924, R2= 85, p<,5; Edwards, r= 763, R2= 54, p < ,5) Para as medidas de velocidade, a CI_PSE apresentou correlação com o tempo despendido nas faixa de velocidade 2 (r= 872, R2= 76, p < ,5),3 (r= 785, R2= 61, p < ,5) e 5 (r= 874, R2= 76, p < ,5) e CI_Edwards com as faixa de velocidade 2 (r= 797, R2= 63, p < ,5) e 3 (r= 691, R2= 47, p < ,5) Os resultados apresentados fornecem novas informações relacionadas às demandas de jogos de BCR e podem auxiliar na elaboração de treinos mais específicos Os resultados das associações entre os diferentes métodos de estimativa da CI sugerem a equivalência entre os métodos objetivos (Edwards) e subjetivos (PSE) para quantificar as demandas de jogos de BCR e a possibilidade de utilizar ambos os métodos de CI para estimar o volume e as atividades de baixa e moderada intensidade em jogos de BCR