Síndrome de Burnout e qualidade de vida entre estudantes de pós-graduação stricto sensu em enfermagem

• Autor(a) principal: Galdino, Maria José Quina
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15393
• topic: Burnout (Psicologia); Qualidade de vida; Enfermagem; Pós-graduação; Estudantes de enfermagem; Burn out (Psychology); Quality of life; Nursing; Graduate work

Resumo: Objetivou-se avaliar a ocorrência da síndrome de Burnout e sua relação com a qualidade de vida entre mestrandos e doutorandos de Programas de Pós-Graduação em Enfermagem Trata-se de um estudo transversal analítico-descritivo realizado com 129 pós-graduandos de três universidades públicas do estado do Paraná Os instrumentos de pesquisa foram: um questionário semiestruturado para caracterização sociodemográfica, acadêmica, ocupacional e de hábitos de vida, o Maslach Burnout InventoryTM - Student Survey para avaliar a síndrome de Burnout e o World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument - Bref para avaliar a qualidade de vida Para a coleta de dados, criou-se um sítio na internet para abrigar o instrumento de pesquisa, que ficou disponível para preenchimento no período de novembro de 214 a fevereiro de 215 Os mestrandos e doutorandos foram convidados a participar por e-mail, no qual constavam esclarecimentos sobre a pesquisa e o link que direcionava ao questionário on-line Após a coleta, os dados foram analisados no Statistical Package for a Social Science, versão 2, por estatística descritiva, inferencial e análise multivariada, além da avaliação da consistência interna dos instrumentos Para todas as análises, considerou-se estatisticamente significativo p<,5 A amostra compôs-se de 61,2% de mestrandos e 38,8% de doutorandos A maioria pertencia ao sexo feminino (89,9%), possuía relacionamento conjugal estável (58,9%) e sem filhos (62,8%), com idade mediana de 31 anos Observou-se que 35,7% recebiam bolsa de estudos e apresentavam dedicação exclusiva ao curso, e 64,3% conciliavam estudo e trabalho Obtiveram-se valores satisfatórios para a consistência interna das duas escalas utilizadas 11,6% dos pesquisados possuíam indicativo para síndrome de Burnout e 14,7% estavam predispostos a ela, por apresentarem alteração em duas dimensões As variáveis relacionadas à percepção do ambiente acadêmico constituíram-se nos principais preditores das dimensões da síndrome de Burnout Identificou-se que 51,9% dos mestrandos e 54% dos doutorandos apresentaram baixa percepção de qualidade de vida, principalmente aqueles que conciliavam estudo e trabalho Os fatores que influenciaram a qualidade de vida foram os hábitos de vida e a percepção sobre o ambiente acadêmico Houve correlação significativa entre síndrome de Burnout e qualidade de vida na amostra pesquisada Constatou-se que o aumento dos níveis da síndrome relacionou-se a uma menor qualidade de vida, e diversos itens da qualidade de vida foram preditores da síndrome de Burnout Concluiu-se que houve indicativo para a síndrome de Burnout, e a percepção dos mestrandos e doutorandos sobre o ambiente acadêmico teve papel relevante em seu desenvolvimento Houve indícios de que a formação stricto sensu impactou negativamente a qualidade de vida, pois a percepção sobre o ambiente acadêmico predominou entre os fatores que influenciaram desfavoravelmente a qualidade de vida Síndrome de Burnout e qualidade de vida foram fenômenos inversamente relacionados entre os participantes Este estudo contribuiu para conhecer a vivência acadêmica dos estudantes de pós-graduação stricto sensu em enfermagem e como esse cotidiano se relaciona com sua saúde mental e qualidade de vida Além disso, indica a necessidade de implantar estratégias em nível institucional para a promoção de saúde e bem-estar desses estudantes