Fatores associados ao uso de medicamentos para controle da dor por idosos : estudo SABE

• Autor(a) principal: Audi, Eduardo Godoi
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16569
• topic: Dor na velhice; Medicamentos; Utilização; Enfermagem geriátrica; Pain in old age; Utilization; Geriatric nursing; Drugs

Resumo: Objetivo: analisar os fatores associados ao uso de medicamentos para controle da dor por idosos do município de São Paulo Método: Estudo transversal com utilização de dados do Estudo SABE – Saúde, Bem estar e Envelhecimento do ano coorte 21 As variáveis analisadas foram: características socioeconômicas e demográficas, estado de saúde, uso e acesso aos serviços de saúde, medicamentos indicados no controle da dor e características da dor crônica que mais incomoda Para a análise de associação utilizou-se o teste de Rao Scott para estimativa do Odds Ratio para amostras complexas para inclusão de efeito de desenho amostral Resultado: Analisou-se dados de 978 idosos e destes 33 idosos relataram dor crônica caracterizando uma prevalência de 3,98% Quanto ao uso dos medicamentos indicados para o controle da dor crônica, os relatados pelos idosos foram os analgésicos e antipiréticos 26,7%, antiácidos 22,3%, pscoanalépticos 12%, antiinflamatórios e antirreumáticos não esteróides 1,8%, psicolépticos 9,4% A associação entre dor e medicamentos mostrou que os idosos com dor crônica possuem 58,7% maior chance de uso de antiácidos comparados com os sem dor, e 125,9% maior chance de uso de relaxantes musculares; e 62,4% maior uso de analgésicos Sobre o uso de analgésicos, o acesso dos idosos com dor crônica à consulta médica convênio/particular caracterizou uma chance 45% menor de uso de analgésico comparado aos usuários do SUS O grupo que não tem plano de saúde teve como resultado 51% menor chance de realizar o uso de antidepressivos Os idosos com dor crônica que responderam a percepção de saúde como regular tiveram como resultado 12% maior chance de realizar o uso de antiácidos, medicamentos para tratamento de úlcera péptica e da flatulência E o grupo de idosos com dor crônica que referiu dor todos os dias teve como resultado 124% maior chance de realizar o uso de antiácidos, medicamentos para tratamento de úlcera péptica e da flatulência A prescrição dos analgésicos, anti-reumáticos e anti-inflamatórios e relaxantes musculares nos idosos com dor crônica, não foi influenciada pelas características de uso e acesso aos serviços de saúde, percepção de saúde e características da dor Conclusão: a dor é um fator que afeta diretamente a vida do idoso Muitas vezes o idoso busca alivio do seu sofrimento por meio dos medicamentos Os profissionais de saúde, cuidadores e familiares devem considerar o idoso na sua singularidade de forma que seja realizado o tratamento medicamentoso ou não medicamentoso mais adequado para sua dor crônica