Diversidade genética da abelha Eufriesea violacea (Hymenoptera, Apidae, Euglossini)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freiria, Gabriele Antico
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12837
Resumo: Resumo: Neste estudo seis ‘populações’ de Eufriesea violacea tiveram sua diversidade e estrutura genéticas estimadas, por meio de marcadores microssatélites e mitocondriais obtidos por PCR-RFLP As coletas dos machos destas abelhas foram realizadas em remanescentes de Mata Atlântica localizados nos estados do Paraná (PR1, PR2 e PR3), São Paulo (SP1), Santa Catarina (SC1) e Rio Grande do Sul (RS1) As análises de microssatélites envolveram a amplificação de seis locos, que revelaram uma heterozigozidade média total esperada de ,735, indicando uma alta diversidade genética para as amostras analisadas A análise da variância molecular (AMOVA) revelou uma baixa diferenciação genética entre as áreas (FST = ,4465), assim como a análise de estruturação genética via estatística bayesiana De modo diverso, as estimativas de DEST indicaram diferenciação genética entre algumas localidades: PR1-SP1 (DEST = ,168); PR2-PR3 (DEST = ,227); PR3-SP1 (DEST = ,315) A frequência de machos diplóides encontrada foi de 3,8% Os marcadores mitocondriais foram obtidos com base na amplificação de um segmento, de 4 pb, da região 16S do DNAmt e restrição com duas endonucleases (DraI e AseI) Foram encontrados quatro haplótipos compostos distintos (AB, BA, BC e AD) No remanescente PR1 foi observada a presença de dois haplótipos, ambos em frequências elevadas e não muito distintas (BC: 57,5%; AD: 42,5%) Nos fragmentos PR2 e SC1 houve a dominância dos haplótipos, AB (97,5%) e BC (2,5%), respectivamente Os haplótipos BA (2,5%) e AD (2,5%) foram encontrados em menor frequência nos fragmentos PR2 e SC1, respectivamente Nos remanescentes PR3, SP1 e RS1 apenas um haplótipo foi encontrado, respectivamente, AB, AB e BA A análise da variância molecular (AMOVA) indicou forte diferenciação genética (FST = ,82112) entre as amostras dos remanescentes estudados A análise, com base nestes marcadores mitocondriais, entre os pares de amostras dos seis fragmentos florestais sugere a existência de três grupos, assim constituídos: um agrupamento formado por abelhas dos fragmentos PR2, PR3 e SP1, outro agrupamento reunindo as amostras das áreas PR1 e SC1 e, o fragmento SC1 aparecendo isoladamente O mesmo agrupamento foi evidenciado pela análise bayesiana A discordância entre as análises reforça a ideia que as diferentes taxas evolutivas do genoma mitocondrial e locos de microssatélites, podem fornecer informações diferentes, as quais devem ser consideradas e analisadas com cuidado na tentativa de conhecer melhor a estruturação genética das populações
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PR2-PR3 (DEST = ,227); PR3-SP1 (DEST = ,315) A frequência de machos diplóides encontrada foi de 3,8% Os marcadores mitocondriais foram obtidos com base na amplificação de um segmento, de 4 pb, da região 16S do DNAmt e restrição com duas endonucleases (DraI e AseI) Foram encontrados quatro haplótipos compostos distintos (AB, BA, BC e AD) No remanescente PR1 foi observada a presença de dois haplótipos, ambos em frequências elevadas e não muito distintas (BC: 57,5%; AD: 42,5%) Nos fragmentos PR2 e SC1 houve a dominância dos haplótipos, AB (97,5%) e BC (2,5%), respectivamente Os haplótipos BA (2,5%) e AD (2,5%) foram encontrados em menor frequência nos fragmentos PR2 e SC1, respectivamente Nos remanescentes PR3, SP1 e RS1 apenas um haplótipo foi encontrado, respectivamente, AB, AB e BA A análise da variância molecular (AMOVA) indicou forte diferenciação genética (FST = ,82112) entre as amostras dos remanescentes estudados A análise, com base nestes marcadores mitocondriais, entre os pares de amostras dos seis fragmentos florestais sugere a existência de três grupos, assim constituídos: um agrupamento formado por abelhas dos fragmentos PR2, PR3 e SP1, outro agrupamento reunindo as amostras das áreas PR1 e SC1 e, o fragmento SC1 aparecendo isoladamente O mesmo agrupamento foi evidenciado pela análise bayesiana A discordância entre as análises reforça a ideia que as diferentes taxas evolutivas do genoma mitocondrial e locos de microssatélites, podem fornecer informações diferentes, as quais devem ser consideradas e analisadas com cuidado na tentativa de conhecer melhor a estruturação genética das populaçõesDissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularAbstract: In this study six 'populations' of Eufriesea violacea had their genetic structure and diversity estimated using microsatellite markers and mitochondrial obtained by PCR-RFLP The samplings of male bees were carried out in Atlantic Forest remnants located in the states of Paraná (PR1, PR2, and PR3), São Paulo (SP1), Santa Catarina (SC1) and Rio Grande do Sul (RS1) The microsatellite markers involved amplification of six loci, which showed an average total expected heterozygosity of 735, indicating a high genetic diversity for the samples Analysis of molecular variance (AMOVA) revealed a low genetic differentiation between areas (FST = 4465), as well as analysis of genetic structure via bayesian statistics Otherwise, the estimates of DEST indicated genetic differentiation between some localities: PR1-SP1 (DEST = 168); PR2 to PR3 (DEST = 227), PR3-SP1 (DEST = 315) The frequency of diploid males found was 38% Mitochondrial markers were obtained through the amplification and restriction (with DraI and AseI) on a 16S-mtDNA gene segment of 4-bp size Four distinct compounds haplotypes (AB, BA, BC and AD) were found In the remnant PR1 was observed the presence of two haplotypes, both found in high and not very different frequencies (BC: 575%, AD: 425%) In the fragments PR2 and SC1 was the dominance of haplotypes, AB (975%) and BC (25%), respectively Haplotypes BA (25%) and AD (25%) were found less frequently in fragments PR2 and SC1, respectively In the remaining PR3, SP1 and RS1 only one haplotype per area was found, as follows: AB, AB and BA, respectively Analysis of molecular variance (AMOVA) indicated high genetic differentiation (FST = 82112) between samples from six forest fragments The analysis, based on these mitochondrial markers, between pairs of samples these fragments suggests the existence of three groups of bees, as follows: a group formed by individuals from fragments PR2, PR3 and SP1; another group clustering bees from PR1 and SC1 areas and, a sample from SC1 area appearing separately This same group was evidenced by Bayesian analysis The disagreement between the analysis between nuclear and mtDNA reinforces that the idea of different evolutionary rates of mitochondrial genome and microsatellite loci may provide different information, which should be carefully considered and analyzed in an attempt to better understand the genetic structure of populationsSofia, Silvia Helena [Orientador]Arias, Maria CristinaSouza, Rogério Fernandes deFreiria, Gabriele Antico2024-05-01T14:03:00Z2024-05-01T14:03:00Z2011.0018.02.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/12837porMestradoGenética e Biologia MolecularCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularEMBRAPALondrinareponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-04T01:35:00Zoai:repositorio.uel.br:123456789/12837Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-04T01:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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