A fadiga neuromuscular limita o desempenho em exercício de circuito aberto e fechado de ciclismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: José Luiz Dantas
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000168248
Resumo: Testar os fatores que limitam o desempenho permite contribuir para o direcionamento da pesquisa básica e aplicada na busca de entender os motivos pelos quais humanos param de realizar exercício. O presente estudo comparou a capacidade do sistema neuromuscular em produzir trabalho mecânico durante um exercício máximo imediatamente após o fim de tarefas de alta intensidade e média duração aberta e fechada, sem conhecimento prévio deste exercício até seu momento de realização. Após a primeira etapa de ambos os estudos, onde todos voluntários realizaram teste incremental máximo em ciclossimulador, vinte ciclistas participaram do estudo 1 e dezoito voluntários saudáveis participaram do estudo 2. A segunda etapa do estudo 1 consistiu na realização de dois testes de tomada de tempo de 5 quilômetros (TT5KM) realizados em máximo desempenho possível, com execução de tiro máximo de 10s (TMAX) imediatamente após o final do segundo TT5KM, desconhecido pelos atletas até o momento de sua execução. A segunda etapa do estudo 2 consistiu em quatro sessões de exercício de carga constante (TCONST) na intensidade de 80% da potência máxima obtida no teste incremental máximo da primeira etapa, sendo o primeiro até a exaustão, e as demais sessões foram TCONST submáximos com duração de 25, 50 e 75% do tempo de exaustão obtido no primeiro TCONST, realizados de forma aleatorizada. Imediatamente após a exaustão no primeiro TCONST foi realizado um teste de cadência máxima de 10 segundos (RMAX), desconhecido pelos voluntários até o momento de sua execução. Este mesmo protocolo foi realizado nos demais TCONST submáximos, e as potências médias obtidas dos RMAX serviram para calcular o tempo de exaustão predito por meio de regressão linear. Foram monitoradas durante todos os testes a potência, a cadência, a frequência cardíaca e a percepção subjetiva de esforço. Durante o TCONST até a exaustão e nos TT5KM também foi monitorada a atividade eletromiográfica do quadríceps (QEMG). As médias das variáveis foram calculadas em parciais e total de cada teste. No estudo 1, não houve diferença significante entre a potência média obtida nos 5 segundos finais do segundo TT5KM (PO5s) e a obtida do TMAX, porém a QEMG de TMAX foi significantemente maior em relação à obtida em PO5s. Apesar de ausência de diferença significante na potência média, 11 dos 16 ciclistas que executaram TMAX obtiveram uma potência média igual ou maior que a obtida no PO5s. No estudo 2, a potência média e a QEMG foram significantemente maiores no RMAX em relação à potência média requerida TCONST até a exaustão. Os resultados sugerem que a fadiga neuromuscular parece não ser a principal limitante do desempenho em exercício de ciclismo de alta intensidade e média duração, principalmente de circuito aberto, visto a possibilidade de desempenho neuromuscular superior imediatamente após a exaustão nesta modalidade de exercício.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA fadiga neuromuscular limita o desempenho em exercício de circuito aberto e fechado de ciclismo2011-08-22Fábio Yuzo Nakamura . Gleber Pereira Leandro Ricardo AltimariJosé Luiz DantasUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Educação Física e Esporte. Programa de Pós-Graduação em Educação Física.URLBRTestar os fatores que limitam o desempenho permite contribuir para o direcionamento da pesquisa básica e aplicada na busca de entender os motivos pelos quais humanos param de realizar exercício. O presente estudo comparou a capacidade do sistema neuromuscular em produzir trabalho mecânico durante um exercício máximo imediatamente após o fim de tarefas de alta intensidade e média duração aberta e fechada, sem conhecimento prévio deste exercício até seu momento de realização. Após a primeira etapa de ambos os estudos, onde todos voluntários realizaram teste incremental máximo em ciclossimulador, vinte ciclistas participaram do estudo 1 e dezoito voluntários saudáveis participaram do estudo 2. A segunda etapa do estudo 1 consistiu na realização de dois testes de tomada de tempo de 5 quilômetros (TT5KM) realizados em máximo desempenho possível, com execução de tiro máximo de 10s (TMAX) imediatamente após o final do segundo TT5KM, desconhecido pelos atletas até o momento de sua execução. A segunda etapa do estudo 2 consistiu em quatro sessões de exercício de carga constante (TCONST) na intensidade de 80% da potência máxima obtida no teste incremental máximo da primeira etapa, sendo o primeiro até a exaustão, e as demais sessões foram TCONST submáximos com duração de 25, 50 e 75% do tempo de exaustão obtido no primeiro TCONST, realizados de forma aleatorizada. Imediatamente após a exaustão no primeiro TCONST foi realizado um teste de cadência máxima de 10 segundos (RMAX), desconhecido pelos voluntários até o momento de sua execução. Este mesmo protocolo foi realizado nos demais TCONST submáximos, e as potências médias obtidas dos RMAX serviram para calcular o tempo de exaustão predito por meio de regressão linear. Foram monitoradas durante todos os testes a potência, a cadência, a frequência cardíaca e a percepção subjetiva de esforço. Durante o TCONST até a exaustão e nos TT5KM também foi monitorada a atividade eletromiográfica do quadríceps (QEMG). As médias das variáveis foram calculadas em parciais e total de cada teste. No estudo 1, não houve diferença significante entre a potência média obtida nos 5 segundos finais do segundo TT5KM (PO5s) e a obtida do TMAX, porém a QEMG de TMAX foi significantemente maior em relação à obtida em PO5s. Apesar de ausência de diferença significante na potência média, 11 dos 16 ciclistas que executaram TMAX obtiveram uma potência média igual ou maior que a obtida no PO5s. No estudo 2, a potência média e a QEMG foram significantemente maiores no RMAX em relação à potência média requerida TCONST até a exaustão. Os resultados sugerem que a fadiga neuromuscular parece não ser a principal limitante do desempenho em exercício de ciclismo de alta intensidade e média duração, principalmente de circuito aberto, visto a possibilidade de desempenho neuromuscular superior imediatamente após a exaustão nesta modalidade de exercício.Assess the limiting factors of the performance contributes to improve the basic and applied knowledge in the search of the motives that do humans stop the execution of exercise. This study compared the capacity of neuromuscular system produce power output during maximal exercise immediately after completed of high intensity cycling exercise. After the first part of both studies where all the volunteers performed maximal incremental test in cyclossimulator, twenty cyclists participated of study 1 and eighteen healthy volunteers participated of study 2. The second part of study 1 consisted in the performing of two 5 kilometer time trial (TT5KM) the faster possible with executing an 10 seconds all out sprint (TMAX) immediately after the finish of the 2th TT5KM and unknown by the athletes up to its performing. The second part of study 2 consisted in four constant load sessions (TCONST) at intensity of 80% the maximal power output. The first session was performed up to exhaustion and the other sessions were three randomized TCONST submaximal completed at 25, 50 and 75% of exhaustion time. Immediately after the first TCONST was performed a 10 seconds revolutions maximal test (RMAX) and this test was unknown by the volunteers up to moment of executing after their exhaustion. This same protocol was performed in other TCONST submaximal and the power output mean of RMAX served to calculate the predict exhaustion time obtained by linear regression. During all test were monitored the power output, the cadence, the heart rate and rating perceived effort. During the first TCONST up to exhaustion and both TT5KM was monitored the quadriceps electromyography (QEMG) as well. The means of the variable were calculated in partial and total time of each test. In the study 1 there was not significant difference between the power output obtained of last five seconds of 2th TT5KM (PO5s) and the obtained of the TMAX. However the QEMG of the TMAX was significantly higher in relation the QEMG of the PO5s. In despite that there was not significant difference between mean power output, 11 from 16 cyclist that performed TMAX obtained power output mean equal or higher than power output mean from PO5s. In the study 2 the power output and the QEMG from RMAX were significant higher than the power output and the QEMG from TCONST up to exhaustion. The results suggest that neuromuscular fatigue seems not to be the main limiting of the performance during high intensity cycling, mainly open loop cycling, because is possible higher neuromuscular performance immediately after exhaustion in this exercise modality.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000168248porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:33:14Zoai:uel.br:vtls000168248Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2012-09-10T19:48:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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