Fenologia reprodutiva em áreas de restauração ativa e passiva de floresta estacional semidecidual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Toscan, Maria Angélica Gonçalves
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16523
Resumo: Resumo: A fenologia da floração e da frutificação pode informar sobre a reprodução das espécies vegetais e a disponibilidade de recursos para a fauna em ambientes naturais ou em restauração, permitindo inferir aspectos da dinâmica e da sustentabilidade desses ecossistemas O presente trabalho teve como objetivo (I) comparar a fenologia reprodutiva (floração e frutificação) de espécies arbóreas em áreas de restauração passiva de Floresta Estacional Semidecidual de Mata Atlântica (duas florestas secundárias; estágio avançado (FS1) e intermediário (FS2) de sucessão) e áreas de restauração ativa (reflorestamentos de duas idades, inicial 13 anos (SR1) e avançado 37 anos (SR2)), usando como referência um fragmento de floresta madura (FM), localizado no oeste do estado do Paraná, Brasil; e (II) comparar a disponibilidade de espécies e indivíduos em frutificação de espécies arbóreas zoocóricas para a comunidade frugívora entre as mesmas áreas A fenologia da floração (botão e antese) e da frutificação (frutos imaturos e maduros) de 124 espécies (8 zoocóricas) foi analisada mensalmente por 24 meses, quanto à similaridade florística das espécies com a floresta de referência, à riqueza de espécies em cada fenofase, à sazonalidade das fenofases, às relações da floração e da frutificação com as variáveis meteorológicas e à disponibilidade de espécies zoocóricas em frutificação para a fauna associada As espécies amostradas na restauração passiva apresentaram maior similaridade florística com a floresta de referência que a restauração ativa A riqueza de espécies encontradas nas áreas de restauração em cada fenofase e ao longo do ano foi inferior em relação à área de referência, esta com a maior riqueza, seguida de FS1 e SR2, de FS2 e de SR1 A floração foi sazonal, com maior concentração na primavera (setembro a dezembro) A sazonalidade na frutificação foi ausente, pois esta tende a ser mais distribuída ao longo do ano O comprimento do dia foi a variável que mais influenciou a floração e a frutificação As áreas com maior disponibilidade de espécies zoocóricas e distribuídos de forma mais constante ao longo do ano foram FM, FS1 e SR2, onde não houve sazonalidade na frutificação das espécies zoocóricas Em SR2, foram amostradas espécies não nativas, o que gerou alteração na fenologia reprodutiva, sendo que com todas as espécies amostradas, SR2 não apresentou sazonalidade para todas as zoocóricas, porém passou a ser sazonal com o expurgo das exóticas FS2 e SR1, apresentaram sazonalidade na frutificação das zoocóricas, destas FS2 apresentou grande porcentagem de suas espécies florescendo e frutificando, e SR1 apresentou os menores valores e a menor disponibilidade de recursos florais e de frutos Apesar das diferenças entre as áreas estudadas, todos os sítios de restauração são importantes fontes de recursos em uma matriz composta por atividades agropecuárias
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and (II) compare the availability of species and individuals in fruiting of zoocoric tree species for frugivorous animals among the same areas We observed the phenology of flowering (bud and anthesis) and fruiting (unripe and ripe fruits) for 24 months in 124 species (8 zoochorics), regarding the floristic similarity of the species with the reference forest, to species richness in each phenophase, to seasonality of the phenophases, to relationships of flowering and fruiting with the meteorological variables and to availability of zoocoric species in fruiting for the associated fauna The species sampled in the passive restoration sites presented greater floristic similarity with the reference forest than the active ones The species richness found in the restoration sites within each phenophase along the year was lower than the reference site, having this one the highest production of both flowers and fruits, followed by FS1, SR2, FS2 and SR1 Flowering was seasonal, with higher concentrations in the spring (September to December) Fruiting seasonality was absent, as fruiting tended to be more distributed over the year The day length was the variable that most influenced flowering and fruiting The sites with higher availability of zoochoric species and more consistently distributed throughout the year were FM, FS1 and SR2, where there are no seasonality in the fruiting of the zoocoric species In SR2, non-native species were sampled, which generated alterations in reproductive phenology With all the species sampled, SR2 did not present seasonality for zoocorics, but became seasonal after removal of non-native species Both FS2 and SR1 presented seasonality in fruiting of zoochoric species, FS2 presented a high percentage of its species flowering and fruiting, and SR1 presented the lowest values and the lowest availability of floral and fruit resources Despite the differences between the studied sites, both passive and active restorations are important sources of resources in a matrix composed of agricultural and livestock activitiesTorezan, José Marcelo Domingues [Orientador]Milani, Jaçanan Eloisa de FreitasGarcia, Leticia CoutoBianchini, EdmilsonRibeiro, José Eduardo Lahoz da SilvaTemponi, Lívia Godinho [Coorientadora]Toscan, Maria Angélica Gonçalves2024-05-01T15:10:23Z2024-05-01T15:10:23Z2017.0030.10.2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/16523porDoutoradoCiências BiológicasCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências BiológicasLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:49Zoai:repositorio.uel.br:123456789/16523Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:49Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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