Barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em indivíduos de 44 anos ou mais do município de Cambé, Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Graziela Maria Gorla Campiolo dos
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15781
Resumo: Resumo: Introdução: O consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras encontram-se entre os dez principais fatores de risco para a carga global de doenças em todo o mundo Objetivo: Analisar barreiras percebidas para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em uma amostra com 44 anos ou mais do município de Cambé, Paraná Método: Estudo transversal que faz parte de um projeto mais abrangente denominado “Doenças Cardiovasculares no Estado do Paraná: Mortalidade, Perfil de Risco, Terapia Medicamentosa e Complicações” (VIGICARDIO) Em 211 foi realizado um estudo de base populacional no município de Cambé (PR), em que foram entrevistados 118 sujeitos de 4 anos ou mais de idade Em 215, os mesmos sujeitos foram novamente procurados e 884 aceitaram participar novamente do estudo O presente estudo considerou apenas os dados coletados em 215 Após algumas exclusões por falta de informações a respeito das principais variáveis deste estudo, a amostra foi composta por 877 adultos de 44 anos ou mais de idade Os dados foram coletados entre março e outubro de 215 por meio de entrevistas domiciliares As barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foram levantadas em perguntas sobre cinco possíveis barreiras: não gostar do sabor; família não tem o hábito/costume; custo pesa no orçamento da família; necessidade do preparo e falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar estes alimentos frescos Foram também levantadas informações sobre características sociodemográficas e frequência semanal de consumo de frutas, verduras ou legumes Para a análise de associação entre as barreiras percebidas e as variáveis sociais e demográficas foi utilizada a regressão logística binária, com análises brutas e ajustadas Resultados: Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (55,9%), pertenciam à faixa etária de 5 a 59 anos (38,1%), 6,2% se declararam brancos, 44,7% tinham até quatro anos completos de estudo, 64,4% foram classificados no nível econômico C ou inferior e 65,4% referiram ser casados (as) Quanto ao consumo irregular de frutas (menor que cinco dias por semana) a prevalência observada foi de 42,5% sendo superior nos homens, entre os com idade entre 44 e 49 anos, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com 5 a 8 anos de estudo e entre os com menor nível econômico Em relação ao consumo irregular de verduras ou legumes (menor que cinco dias por semana), a prevalência foi de 3,2% e foi superior entre os homens, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com menor escolaridade e entre os indivíduos com menor nível econômico Em relação às barreiras para o consumo de frutas, a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 57,7% A chance de apresentar esta barreira foi significativamente maior entre as mulheres (OR=1,93; IC95%=1,45-2,57) e nos que tinham escolaridade entre e 4 anos (OR=1,57; IC95%=1,7-2,31) A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir frutas" foi citada por 16,4% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com idade entre 5 a 59 anos (OR=2,1; IC95%=1,3-3,1) A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar frutas frescas" foi citada por 8,% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,79; IC95%=1,3-3,12) e entre os que não tinham companheiro (OR=1,92; IC95%=1,14-3,24) A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 7,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos da faixa etária de 44 a 49 anos (OR=2,37; IC95%=1,1-5,12) e 5 a 59 anos (OR=2,35; IC95%=1,22-4,51) A barreira “não gostar do sabor das frutas” foi citada por 6,2% da amostra e não foi associada a nenhuma variável sociodemográfica Quanto às barreiras para o consumo de verduras ou legumes a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 49,9% A chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,63; IC95%=1,23-2,16), indivíduos com até 4 anos de estudo (OR=1,79; IC95%=1,22-2,63) e com nível econômico B e C (OR=2,1; IC95%=1,1-3,99) A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir verduras ou legumes" foi citada por 1,9% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 9,7% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,69; IC95%=1,3-2,76) A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar verduras ou legumes frescos" foi citada por 7,6% da amostra e não foi observada associação com as variáveis sociodemográficas A barreira “não gostar do sabor das verduras ou legumes” foi citada por 6,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com cor da pele parda/preta/indígena (OR=2,43; IC95%=1,38-4,26) Conclusão: Mais de 4% dos indivíduos apresentava consumo irregular de frutas e 3% o de verduras ou legumes A principal barreira percebida para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foi relacionada ao custo destes alimentos, seguida pela falta de hábito da família Estes achados podem ajudar na orientação de políticas públicas que objetivem o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras
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família não tem o hábito/costume; custo pesa no orçamento da família; necessidade do preparo e falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar estes alimentos frescos Foram também levantadas informações sobre características sociodemográficas e frequência semanal de consumo de frutas, verduras ou legumes Para a análise de associação entre as barreiras percebidas e as variáveis sociais e demográficas foi utilizada a regressão logística binária, com análises brutas e ajustadas Resultados: Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (55,9%), pertenciam à faixa etária de 5 a 59 anos (38,1%), 6,2% se declararam brancos, 44,7% tinham até quatro anos completos de estudo, 64,4% foram classificados no nível econômico C ou inferior e 65,4% referiram ser casados (as) Quanto ao consumo irregular de frutas (menor que cinco dias por semana) a prevalência observada foi de 42,5% sendo superior nos homens, entre os com idade entre 44 e 49 anos, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com 5 a 8 anos de estudo e entre os com menor nível econômico Em relação ao consumo irregular de verduras ou legumes (menor que cinco dias por semana), a prevalência foi de 3,2% e foi superior entre os homens, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com menor escolaridade e entre os indivíduos com menor nível econômico Em relação às barreiras para o consumo de frutas, a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 57,7% A chance de apresentar esta barreira foi significativamente maior entre as mulheres (OR=1,93; IC95%=1,45-2,57) e nos que tinham escolaridade entre e 4 anos (OR=1,57; IC95%=1,7-2,31) A barreira a "família não tem hábito/costume de consumir frutas" foi citada por 16,4% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos com idade entre 5 a 59 anos (OR=2,1; IC95%=1,3-3,1) A barreira "falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar frutas frescas" foi citada por 8,% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,79; IC95%=1,3-3,12) e entre os que não tinham companheiro (OR=1,92; IC95%=1,14-3,24) A barreira "necessidade de preparo" foi citada por 7,6% da amostra e a chance de apresentar esta barreira foi maior entre os indivíduos da faixa etária de 44 a 49 anos (OR=2,37; IC95%=1,1-5,12) e 5 a 59 anos (OR=2,35; IC95%=1,22-4,51) A barreira “não gostar do sabor das frutas” foi citada por 6,2% da amostra e não foi associada a nenhuma variável sociodemográfica Quanto às barreiras para o consumo de verduras ou legumes a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 49,9% A chance de apresentar esta barreira foi maior entre as mulheres (OR=1,63; 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family does not have the habit / custom; cost burdens the family budget; need preparation and lack of time to go to market / fair often to buy these fresh foods They were also raised about sociodemographic characteristics and weekly frequency of consumption of fruits or vegetables To analyze the association between perceived barriers to social and demographic variables was used binary logistic regression, with crude and adjusted analyzes Results: Of the respondents, most were female (559%) belonged to the age group 5-59 years (381%), 62% reported they were white, 447% had up to four years complete study, 644% were classified at the economic level C or lower, 654% reported being married (as) As for the irregular consumption of fruits (less than five days per week) the observed prevalence was 425% being higher in men between ages 44 and 49, among those who reported non-white skin, with 5 8 years of study and among those with lower economic level Regarding the irregular consumption of vegetables (less than five days a week), the prevalence was 32% and was higher among men, among those who reported non-white skin color, less educated and between individuals with lower economic level Regarding barriers to consumption of fruits, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 577% The chance of having this barrier was significantly higher among women (OR = 193, 95% CI 145 to 257) and those with educational level between and 4 years (OR = 157, 95% CI 17 to 231) The barrier "family has no habit / custom of consuming fruit" was cited by 164% of the sample and the chance to present this barrier was higher among those aged 5-59 years (OR = 21; 95% CI 13 to 31)The barrier "lack of time to go to market/fair often to buy fresh fruit" was cited by 8% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 179; 95% CI = 13 to 312) and among those who had no partner (OR = 192, 95% CI 114 to 324) The barrier "need to prepare" was cited by 76% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals aged 44-49 years (OR = 237, 95% CI 11 to 512) and 5-59 years (OR = 235, 95% CI 122 to 451) The barrier "not like the taste of fruits" was cited by 62% of the sample and was not associated with any socio-demographic variable As the barriers to the consumption of vegetables or legumes, the most mentioned was the "cost weighs on the family budget", with a prevalence of 499% The chance of having this barrier was higher among women (OR = 163, 95% CI 123 to 216) and those who had education up to 4 years of schooling (OR = 179; 95% CI 122 to 263) and economic level B and C (OR = 21, 95% CI 11 to 399) The barrier "family has no habit/custom of consuming vegetables" was cited by 19% of the sample and there were no associations with sociodemographic variables The barrier "need to prepare" was cited by 97% of the sample and the chance to present this barrier was higher among women (OR = 169, 95% CI 13 to 276) the barrier "lack of time to go to market / fair often to buy vegetables or fresh vegetables" was cited by 76 % and there were no associations with sociodemographic variables The barrier "not like the taste of vegetables" was cited for 66% of the sample and the chance to present this barrier was higher among individuals with non-white skin color (OR = 243; 95% CI = 138 to 426) Conclusion: Over 4% of subjects had irregular consumption of fruit and 3% of vegetables The main barrier perceived to consumption of fruits and vegetables was related to the cost of feed, followed by lack of family habit These findings may help guide public policies that aim to increase consumption of fruits and vegetablesSilva, Ana Maria Rigo [Orientador]Rech, Cassiano RicardoCarvalho, Wladithe Organ deLoch, Mathias Roberto [Coorientador]Santos, Graziela Maria Gorla Campiolo dos2024-05-01T14:57:36Z2024-05-01T14:57:36Z2016.0029.07.2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15781porMestradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:39Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15781Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:39Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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description Resumo: Introdução: O consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras encontram-se entre os dez principais fatores de risco para a carga global de doenças em todo o mundo Objetivo: Analisar barreiras percebidas para o consumo de frutas e de verduras ou legumes em uma amostra com 44 anos ou mais do município de Cambé, Paraná Método: Estudo transversal que faz parte de um projeto mais abrangente denominado “Doenças Cardiovasculares no Estado do Paraná: Mortalidade, Perfil de Risco, Terapia Medicamentosa e Complicações” (VIGICARDIO) Em 211 foi realizado um estudo de base populacional no município de Cambé (PR), em que foram entrevistados 118 sujeitos de 4 anos ou mais de idade Em 215, os mesmos sujeitos foram novamente procurados e 884 aceitaram participar novamente do estudo O presente estudo considerou apenas os dados coletados em 215 Após algumas exclusões por falta de informações a respeito das principais variáveis deste estudo, a amostra foi composta por 877 adultos de 44 anos ou mais de idade Os dados foram coletados entre março e outubro de 215 por meio de entrevistas domiciliares As barreiras para o consumo de frutas e de verduras ou legumes foram levantadas em perguntas sobre cinco possíveis barreiras: não gostar do sabor; família não tem o hábito/costume; custo pesa no orçamento da família; necessidade do preparo e falta de tempo para ir ao mercado/feira com frequência para comprar estes alimentos frescos Foram também levantadas informações sobre características sociodemográficas e frequência semanal de consumo de frutas, verduras ou legumes Para a análise de associação entre as barreiras percebidas e as variáveis sociais e demográficas foi utilizada a regressão logística binária, com análises brutas e ajustadas Resultados: Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (55,9%), pertenciam à faixa etária de 5 a 59 anos (38,1%), 6,2% se declararam brancos, 44,7% tinham até quatro anos completos de estudo, 64,4% foram classificados no nível econômico C ou inferior e 65,4% referiram ser casados (as) Quanto ao consumo irregular de frutas (menor que cinco dias por semana) a prevalência observada foi de 42,5% sendo superior nos homens, entre os com idade entre 44 e 49 anos, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com 5 a 8 anos de estudo e entre os com menor nível econômico Em relação ao consumo irregular de verduras ou legumes (menor que cinco dias por semana), a prevalência foi de 3,2% e foi superior entre os homens, entre os que referiram cor da pele parda/preta/indígena, com menor escolaridade e entre os indivíduos com menor nível econômico Em relação às barreiras para o consumo de frutas, a mais mencionada foi o “custo pesa no orçamento da família", com prevalência de 57,7% A chance de apresentar esta barreira foi significativamente maior entre as mulheres (OR=1,93; 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