A história como heterologia : do conceito de história em Michel de Certeau

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ohara, João Rodolfo Munhoz
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13705
Resumo: Resumo: Desde a publicação de L’écriture de l’Histoire (1975) Michel de Certeau marcou o debate de seu tempo e aqueles que se seguiram em torno da prática do historiador Particularmente seu texto “A Operação Historiográfica” constitui parte do corpo de referências quase obrigatório em cursos de teoria e metodologia nas graduações e pós-graduações em história no Brasil atualmente Com uma bibliografia relativamente grande de comentários à sua obra ter surgido após sua morte em 1986, pode-se observar uma das consequências mais imediatas da dificuldade de situá-lo em um ponto específico do campo historiográfico: comentadores diferentes construíram vários “Certeaus” diferentes ao longo desses últimos 26 anos Mesmo que este trabalho não escape a essa sina, meu objetivo nesta Dissertação é bastante específico: o que Certeau entende quando diz que a história é uma heterologia? Ou, em outras palavras, o que significa e quais as consequências de se tratar o conhecimento do passado como um conhecimento em relação ao Outro? A leitura de L’écriture de l’histoire, de 1975, e Histoire et Psychanalyse: entre science et fiction, de 1986 (em reedição aumentada e revisada em 22), apoiada na de outros de seus livros e artigos, permite afirmar com alguma segurança que um dos caminhos possíveis de análise de tal perspectiva “heterológica” seria a percepção das tensões construídas na historiografia entre ciência e ficção; assim, tem-se que para Certeau a historiografia se coloca sempre como a tentativa regrada de um presente tornar inteligível aquilo que cortou de si e definiu como o Outro (o passado, ou também o Outro presente – o marginalizado, as mulheres, etc) Assim, este trabalho se pretende um relato de viagem, para usar um termo do próprio Certeau: uma narrativa de um leitor que caminhou pelas linhas escritas e, a partir de suas fissuras, apropriou-se de alguns sentidos potenciais da obra analisada
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