Estudo da resposta inflamatória em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCI) : sua relação com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15397 |
Resumo: | Resumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo As vias fisiológicas do metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVCI em estudos realizados em diferentes populações mundiais O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os marcadores demográficos, epidemiológicos, inflamatórios e metabólicos com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica em pacientes com AVCI agudo da população brasileira O estudo incluiu 121 pacientes com atendidos no Pronto Socorro do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, e 96 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) provenientes da mesma região geográfica Foram coletados dados demográficos, antropométricos, clínicos e fatores de risco associados ao AVCI O subtipo de AVCI foi classificado segundo os critérios de TOAST em aterosclerose de grandes artérias (large artery atherosclerosis stroke, LAAS), infarto cardioembólico (cardioembolic infarct, CEI), infarto lacunar (lacunar infarct, LAC), AVCI de outra etiologia determinada (other determined etiology, ODE) e AVCI de etiologia indeterminada (undetermined etiology, UDE) A capacidade funcional dos pacientes foi avaliada no momento da admissão pela Escala de Rankin Modificada (mRS) e após três meses de evolução Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVCI para a determinação da contagem de leucócitos periféricos e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina e homocisteína, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e da metaloproteinase de matrix 9 (MMP-9) Foram analisados também níveis séricos de ferro, colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteína de alta densidade do colesterol (HDL-C), lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL-C) e níveis plasmáticos de glicose e insulina A resistência à insulina foi avaliada pelo Modelo de Avaliação da Homesostase para Resistência à Insulina (Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance, HOMA-IR) Entre os pacientes, 68 (56,2%) eram homens e os riscos modificáveis mais frequentes para AVCI foram hipertensão (87/712%), sedentarismo (68/ 56,2%), dislipidemia (45/37,2%), diabetes (45/37,2%) e tabagismo (26/21,5%) Segundo os subtipos do AVCI, 35 (28,9%) pacientes apresentaram LAAS, 21 (17,3%) CEI, 39 (32,2%) LAC, 8 (6,6%) ODE e 18 (14,9%) UDE Quando os subtipos foram comparados aos controles, a frequência de homens foi maior entre os que tiveram LAAS, LAC e CEI (p<,1, p=,16 e p=,16, respectivamente); os não Caucasianos foram mais frequentes entre os que apresentaram LAAS (p=,39); hipertensão foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p=,95, p=,44 e p=,234, respectivamente); diabetes foi mais frequente entre os pacientes com LAAS (p=216); sedentarismo foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); tabagismo foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,7 e p=,4, respectivamente); uso de antihipertensivos foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,21 e p=,218, respectivamente); e o uso de anti-paquetários foi mais frequentes entre os que tiveram LAC (p=,62) Ainda comparados aos controles, os leucócitos periféricos e os níveis de usPCR, IL-6, MMP-9 e glicemia foram mais elevados nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,5) e os níveis de HDL-C e ferro foram menores nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); insulina, HOMA-IR e homocisteína foram mais elevados nos que tiveram LAC (p<,1) e CT foi menor nos pacientes com LAAS e CEI (p<,1 e p<,1, respectivamente) O déficit neurológico foi mais elevado nos pacientes com LAAS vs LAC [6, (4,-5,) vs 4, (3,-4,), respectivamente, p<,1]; Caucasianos foram mais frequentes entre os pacientes com LAC (p=,45) e a taxa de mortalidade foi mais elevada entre os pacientes com LAAS que naqueles com LAC (45,7% vs 2,5%, p=,391, OR 3,263 (95%CI: 1,173-9,78) Os marcadores inflamatórios avaliados não diferiram entre os subtipos de AVCI (p>,5); a insulina foi mais elevada nos pacientes com LAAS vs LAC (p<,5) e nos pacientes com LAC vs CEI (p<,5) e os níveis de CT foram menores nos pacientes com LAC vs CEI (p< ,5) O estudo demonstrou, também, que a VHS foi mais elevada nos pacientes com déficit neurológico moderado/grave (p<,5) e nos com déficit neurológicico leve (p<,5) comparados aos controles Níveis de usPCR e IL-6 foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 comparados aos controles (p<,1, p<,5 e p<,1, respectivamente) e comparados aos pacientes com mRS < 3 (p<,5) Os níveis de ferritina foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 que nos controles (p<,1); no entanto, não diferiram entre os pacientes com AVCI Verificou-se uma correlação positiva entre o déficit neurológico na admissão com leucócitos periféricos (r=2588, p=61), VHS (r=3832, p=2), usPCR (r=3777, p<1) e IL-6 (r=3332, p=11) VHS, usPCR e IL-6 também apresentaram correlação positiva com a diferença entre os escores do mRS obtidos na admissão e após três meses de seguimento (r=2758, p=3298; 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Estudo da resposta inflamatória em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCI) : sua relação com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínicaAcidentes vasculares cerebraisIsquemia cerebralFator de necrose de tumorInflamaçãoCerebrovascular diseaseCerebral ischemicTumor necrosis factorInflammationResumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo As vias fisiológicas do metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVCI em estudos realizados em diferentes populações mundiais O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os marcadores demográficos, epidemiológicos, inflamatórios e metabólicos com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica em pacientes com AVCI agudo da população brasileira O estudo incluiu 121 pacientes com atendidos no Pronto Socorro do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, e 96 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) provenientes da mesma região geográfica Foram coletados dados demográficos, antropométricos, clínicos e fatores de risco associados ao AVCI O subtipo de AVCI foi classificado segundo os critérios de TOAST em aterosclerose de grandes artérias (large artery atherosclerosis stroke, LAAS), infarto cardioembólico (cardioembolic infarct, CEI), infarto lacunar (lacunar infarct, LAC), AVCI de outra etiologia determinada (other determined etiology, ODE) e AVCI de etiologia indeterminada (undetermined etiology, UDE) A capacidade funcional dos pacientes foi avaliada no momento da admissão pela Escala de Rankin Modificada (mRS) e após três meses de evolução Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVCI para a determinação da contagem de leucócitos periféricos e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina e homocisteína, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e da metaloproteinase de matrix 9 (MMP-9) Foram analisados também níveis séricos de ferro, colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteína de alta densidade do colesterol (HDL-C), lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL-C) e níveis plasmáticos de glicose e insulina A resistência à insulina foi avaliada pelo Modelo de Avaliação da Homesostase para Resistência à Insulina (Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance, HOMA-IR) Entre os pacientes, 68 (56,2%) eram homens e os riscos modificáveis mais frequentes para AVCI foram hipertensão (87/712%), sedentarismo (68/ 56,2%), dislipidemia (45/37,2%), diabetes (45/37,2%) e tabagismo (26/21,5%) Segundo os subtipos do AVCI, 35 (28,9%) pacientes apresentaram LAAS, 21 (17,3%) CEI, 39 (32,2%) LAC, 8 (6,6%) ODE e 18 (14,9%) UDE Quando os subtipos foram comparados aos controles, a frequência de homens foi maior entre os que tiveram LAAS, LAC e CEI (p<,1, p=,16 e p=,16, respectivamente); os não Caucasianos foram mais frequentes entre os que apresentaram LAAS (p=,39); hipertensão foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p=,95, p=,44 e p=,234, respectivamente); diabetes foi mais frequente entre os pacientes com LAAS (p=216); sedentarismo foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); tabagismo foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,7 e p=,4, respectivamente); uso de antihipertensivos foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,21 e p=,218, respectivamente); e o uso de anti-paquetários foi mais frequentes entre os que tiveram LAC (p=,62) Ainda comparados aos controles, os leucócitos periféricos e os níveis de usPCR, IL-6, MMP-9 e glicemia foram mais elevados nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,5) e os níveis de HDL-C e ferro foram menores nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); insulina, HOMA-IR e homocisteína foram mais elevados nos que tiveram LAC (p<,1) e CT foi menor nos pacientes com LAAS e CEI (p<,1 e p<,1, respectivamente) O déficit neurológico foi mais elevado nos pacientes com LAAS vs LAC [6, (4,-5,) vs 4, (3,-4,), respectivamente, p<,1]; Caucasianos foram mais frequentes entre os pacientes com LAC (p=,45) e a taxa de mortalidade foi mais elevada entre os pacientes com LAAS que naqueles com LAC (45,7% vs 2,5%, p=,391, OR 3,263 (95%CI: 1,173-9,78) Os marcadores inflamatórios avaliados não diferiram entre os subtipos de AVCI (p>,5); a insulina foi mais elevada nos pacientes com LAAS vs LAC (p<,5) e nos pacientes com LAC vs CEI (p<,5) e os níveis de CT foram menores nos pacientes com LAC vs CEI (p< ,5) O estudo demonstrou, também, que a VHS foi mais elevada nos pacientes com déficit neurológico moderado/grave (p<,5) e nos com déficit neurológicico leve (p<,5) comparados aos controles Níveis de usPCR e IL-6 foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 comparados aos controles (p<,1, p<,5 e p<,1, respectivamente) e comparados aos pacientes com mRS < 3 (p<,5) Os níveis de ferritina foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 que nos controles (p<,1); no entanto, não diferiram entre os pacientes com AVCI Verificou-se uma correlação positiva entre o déficit neurológico na admissão com leucócitos periféricos (r=2588, p=61), VHS (r=3832, p=2), usPCR (r=3777, p<1) e IL-6 (r=3332, p=11) VHS, usPCR e IL-6 também apresentaram correlação positiva com a diferença entre os escores do mRS obtidos na admissão e após três meses de seguimento (r=2758, p=3298; 2491, p=27 e r=3549, p=7, respectivamente) O deficit neurológico, leucóticos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9 obtidos na admissão dos pacientes apresentaram significativa associação com o desfecho após três meses do AVCI (p<,1, p,117, p=,74, p<,1 e p=,435, respectivamente), sendo mais elevados nos pacientes que não sobreviveram comparados aos que sobreviveram Em conclusão, hipertensão, sedentarismo, aumento de leucócitos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9, assim como hiperglicemia e baixos níveis de HDL-C e ferro foram associados com os subtipos LAAS, LAC e CEI de AVCI O deficit neurológico e o aumento dos niveis séricos deste marcadores inflamatórios foram associados com a mortalidade dos pacientes com AVCI Os resultados confirmam a extensa resposta inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVCI Estas moléculas exercem importante papel na patogênese e evolução clínica do AVCI e podem ser consideradas como marcadores do perfil inflamatório e metabólico que contribuem para o desenvolvimento e evolução clínica do AVCI Podem, também, serem utilizadas na avaliação dos pacientes na sua admissão hospitalar e, assim, identificar os que podem se beneficar com estratégias terapêuticas anti-inflamatórias que levem em consideração a magnitude destas alterações após o evento isquêmicoTese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeAbstract: Ischemic stroke is a major cause of death and long-term adult disability worldwide Physiological pathways of lipid metabolism, chronic inflammatory response, systemic coagulation, blood pressure regulation, and cell adhesion have been implicated in the pathophysiology of stroke and these biomarkers have been evaluated in different population worldwide The aim of this study was to evaluate the relationship between demographical, epidemiological, inflammatory, and metabolic markers and the ischemic stroke subtypes, neurological deficit, and outcome of 121 patients with acute ischemic stroke attented at the Emergency Room of the University Hospital of Londrina Ninety-six healthy individuals age, sex, ethnicity, and body mass index (BMI) controlled were included The subtype of ischemic stroke was classified according to TOAST criteria, such as large artery atherosclerosis (LAAS), lacunar infarct (LAC), cardioembolic infarct (CEI), stroke of other determined etiology (ODE), and stroke of undetermined etiology (UDE) The baseline neurological deficit of patients up to eight hours of the stroke and after three-month follow-up were evaluated using the modified Rankin Scale (mRS) Blood samples were obtained up to 24 hours of stroke to evaluate peripheral leukocyte and platelet counts, erythrocyte sedimentation rate (ESR), interleukin 6 (IL-6), tumor necrosis factor alpha (TNF-a), serum high sensitivity C-reactive protein (hsCRP), ferritin, homocystein, matrix metalloproteinase 9 (MMP-9), total cholesterol (TC), triglycerides (TG), low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C), high-density lipoprotein cholesterol (HDL-C), iron, glucose, and insulin The Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR) was also evavluated The stroke patients comprised of 68 (562%) men and the most common modifiable risk factors for stroke were hypertension (87/712%), sedentarism (68/ 562%), dyslipidemia (45/ 372%), diabetes (45/ 372%), and smoking (26/ 215%) Thirty-five 35 (289%) patients were classified as LAAS, 21 (173%) as CEI, 39 (322%) as LAC, 8 (66%) as ODE, and 18 (149%) as UDE subtypes When the stroke subtypes were compared with controls, the frequency of men was higher among those with LAAS, LAC, and CEI (p<1, p<16, and p<16, respectively); the Non Caucasians were more frequent among those with LAAS (p=39); hypertension was more frequent among those with LAAS, LAC, and CEI (p=95, p=44, and p=234, respectively); sedentarism was also more frequent among those with LAAS, LAC, and CEI (p<1); smoking was more frequent among those with LAAS and LAC (p=7 and p=4, respectively); diabetes was more frequent among those with LAAS (p=216); the use of antihypertensive drugs before the stroke was more frequent among those with LAAS and LAC (p=21 and p=218, respectively), and the use of antiplatelets drugs before the stroke was more frequent among those with LAC (p=62) Comparing to controls, peripheral leukocytes, hsCRP, IL-6, MMP-9, and glucose were higher among those with LAAS, LAC, and CEI (p<5), and HDL-C levels and iron were lower among those with LAAS, LAC, and CEI (p<1); insulin, HOMA-IR, and homocystein were higher among those with LAC (p<1), and TC was lower among those with LAAS and CEI (p<1 and p<1, respectively) When the different stroke subtypes were compared, Caucasians were more frequent among those with LAC vs LAAS (p=45); neurological deficit was higher among those with LAAS vs LAC [6 (4-5 vs 4 (3-4), respectively, p<1]; and higher rate of mortality was obtained among those with LAAS vs LAC (457% vs 25%, p=391, OR: 3263, 95% CI: 1173-978); insulin was higher in LAAS vs LAC (p<5) and in LAC vs CEI (p<5); TC was lower in LAAS vs LAC (p<5) Compared with controls, patients with mild disability showed higher peripheral leukocytes (p<1), IL-6 (p<5), and MMP-9 (p<5); and those with moderate/severe disability presented higher peripheral leukocytes, hsCRP, ferritin, MMP-9 (p<1), ESR and IL-6 (p<5) When the patients were compared according to their neurological deficit, those with moderate/severe disability were predominantly male (p<1), presented higher values of ESR, hsCRP, and IL-6 (p<5) than those with mild disability Positive correlation was obtained between ESR, hsCRP, IL-6, and MMP-9 with the difference of the mRS on admission and after three-month follow-up (r=2758, p=3298; r= 2491, p=27; r=3549, p=7; r=2554, p=342, respectively) An association was observed between the neurological deficit, peripheral leukocytes, hsCRP, IL-6, and MMP-9 on admission of the patients with the rate of mortality after three-month follow-up, with higher levels of these inflammatory markers among the non survivors than survivers (p<1, p=117, p=74, p<1, and p=435, respectively) In conclusion, hypertension, sedentarism, increased peripheral leukocytes, usCRP, IL-6, MMP-9, as well as hyperglycemia, and low levels of HDL-C and iron were associated with LASS, LAC, and CEI stroke subtypes Moderate/severe neurological deficit and increased levels of these inflammatory markers were associated with mortality of the stroke patients Taken together, the results underscored the extent inflammatory response and metabolic changes associated with acute ischemic stroke These molecules may exert an important role in the pathogenesis and outcome of acute ischemic stroke and might be considered as markers of development and outcome of stroke Moreover, these markers might be useful to the initial evaluation of stroke patients on admission at hospital and, at this way, to identify those that could benefit with therapeutical strategies that taken into account the magnitude of these changes after the acute ischemic strokeReiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]Kaimen-Maciel, Damacio RamónDichi, IsaíasSouza, Mônica Marcos deAguiar, Paulo Henrique Pires deLehmann, Márcio Francisco2024-05-01T14:48:25Z2024-05-01T14:48:25Z2015.0026.02.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15397porDoutoradoCiências da SaúdeCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:32Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15397Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:32Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Estudo da resposta inflamatória em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCI) : sua relação com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica Lehmann, Márcio Francisco Acidentes vasculares cerebrais Isquemia cerebral Fator de necrose de tumor Inflamação Cerebrovascular disease Cerebral ischemic Tumor necrosis factor Inflammation |
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Resumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo As vias fisiológicas do metabolismo lipídico, resposta inflamatória crônica, coagulação e hemostasia, regulação da pressão sanguínea e adesão celular têm sido implicadas na fisiopatologia do AVCI em estudos realizados em diferentes populações mundiais O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os marcadores demográficos, epidemiológicos, inflamatórios e metabólicos com os subtipos de AVCI, déficit neurológico e evolução clínica em pacientes com AVCI agudo da população brasileira O estudo incluiu 121 pacientes com atendidos no Pronto Socorro do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, e 96 indivíduos saudáveis controlados por idade, sexo, etnia e índice de massa corpórea (IMC) provenientes da mesma região geográfica Foram coletados dados demográficos, antropométricos, clínicos e fatores de risco associados ao AVCI O subtipo de AVCI foi classificado segundo os critérios de TOAST em aterosclerose de grandes artérias (large artery atherosclerosis stroke, LAAS), infarto cardioembólico (cardioembolic infarct, CEI), infarto lacunar (lacunar infarct, LAC), AVCI de outra etiologia determinada (other determined etiology, ODE) e AVCI de etiologia indeterminada (undetermined etiology, UDE) A capacidade funcional dos pacientes foi avaliada no momento da admissão pela Escala de Rankin Modificada (mRS) e após três meses de evolução Amostras de sangue periférico foram coletadas em até 24 horas após o diagnóstico de AVCI para a determinação da contagem de leucócitos periféricos e plaquetas, velocidade de hemossedimentação (VHS), níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (usPCR), ferritina e homocisteína, níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e da metaloproteinase de matrix 9 (MMP-9) Foram analisados também níveis séricos de ferro, colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteína de alta densidade do colesterol (HDL-C), lipoproteína de baixa densidade do colesterol (LDL-C) e níveis plasmáticos de glicose e insulina A resistência à insulina foi avaliada pelo Modelo de Avaliação da Homesostase para Resistência à Insulina (Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance, HOMA-IR) Entre os pacientes, 68 (56,2%) eram homens e os riscos modificáveis mais frequentes para AVCI foram hipertensão (87/712%), sedentarismo (68/ 56,2%), dislipidemia (45/37,2%), diabetes (45/37,2%) e tabagismo (26/21,5%) Segundo os subtipos do AVCI, 35 (28,9%) pacientes apresentaram LAAS, 21 (17,3%) CEI, 39 (32,2%) LAC, 8 (6,6%) ODE e 18 (14,9%) UDE Quando os subtipos foram comparados aos controles, a frequência de homens foi maior entre os que tiveram LAAS, LAC e CEI (p<,1, p=,16 e p=,16, respectivamente); os não Caucasianos foram mais frequentes entre os que apresentaram LAAS (p=,39); hipertensão foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p=,95, p=,44 e p=,234, respectivamente); diabetes foi mais frequente entre os pacientes com LAAS (p=216); sedentarismo foi mais frequente entre os pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); tabagismo foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,7 e p=,4, respectivamente); uso de antihipertensivos foi mais frequente entre os que tiveram LAAS e LAC (p=,21 e p=,218, respectivamente); e o uso de anti-paquetários foi mais frequentes entre os que tiveram LAC (p=,62) Ainda comparados aos controles, os leucócitos periféricos e os níveis de usPCR, IL-6, MMP-9 e glicemia foram mais elevados nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,5) e os níveis de HDL-C e ferro foram menores nos pacientes com LAAS, LAC e CEI (p<,1); insulina, HOMA-IR e homocisteína foram mais elevados nos que tiveram LAC (p<,1) e CT foi menor nos pacientes com LAAS e CEI (p<,1 e p<,1, respectivamente) O déficit neurológico foi mais elevado nos pacientes com LAAS vs LAC [6, (4,-5,) vs 4, (3,-4,), respectivamente, p<,1]; Caucasianos foram mais frequentes entre os pacientes com LAC (p=,45) e a taxa de mortalidade foi mais elevada entre os pacientes com LAAS que naqueles com LAC (45,7% vs 2,5%, p=,391, OR 3,263 (95%CI: 1,173-9,78) Os marcadores inflamatórios avaliados não diferiram entre os subtipos de AVCI (p>,5); a insulina foi mais elevada nos pacientes com LAAS vs LAC (p<,5) e nos pacientes com LAC vs CEI (p<,5) e os níveis de CT foram menores nos pacientes com LAC vs CEI (p< ,5) O estudo demonstrou, também, que a VHS foi mais elevada nos pacientes com déficit neurológico moderado/grave (p<,5) e nos com déficit neurológicico leve (p<,5) comparados aos controles Níveis de usPCR e IL-6 foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 comparados aos controles (p<,1, p<,5 e p<,1, respectivamente) e comparados aos pacientes com mRS < 3 (p<,5) Os níveis de ferritina foram mais elevados nos pacientes com mRS = 3 que nos controles (p<,1); no entanto, não diferiram entre os pacientes com AVCI Verificou-se uma correlação positiva entre o déficit neurológico na admissão com leucócitos periféricos (r=2588, p=61), VHS (r=3832, p=2), usPCR (r=3777, p<1) e IL-6 (r=3332, p=11) VHS, usPCR e IL-6 também apresentaram correlação positiva com a diferença entre os escores do mRS obtidos na admissão e após três meses de seguimento (r=2758, p=3298; 2491, p=27 e r=3549, p=7, respectivamente) O deficit neurológico, leucóticos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9 obtidos na admissão dos pacientes apresentaram significativa associação com o desfecho após três meses do AVCI (p<,1, p,117, p=,74, p<,1 e p=,435, respectivamente), sendo mais elevados nos pacientes que não sobreviveram comparados aos que sobreviveram Em conclusão, hipertensão, sedentarismo, aumento de leucócitos periféricos, usPCR, IL-6 e MMP-9, assim como hiperglicemia e baixos níveis de HDL-C e ferro foram associados com os subtipos LAAS, LAC e CEI de AVCI O deficit neurológico e o aumento dos niveis séricos deste marcadores inflamatórios foram associados com a mortalidade dos pacientes com AVCI Os resultados confirmam a extensa resposta inflamatória e alterações metabólicas associadas ao AVCI Estas moléculas exercem importante papel na patogênese e evolução clínica do AVCI e podem ser consideradas como marcadores do perfil inflamatório e metabólico que contribuem para o desenvolvimento e evolução clínica do AVCI Podem, também, serem utilizadas na avaliação dos pacientes na sua admissão hospitalar e, assim, identificar os que podem se beneficar com estratégias terapêuticas anti-inflamatórias que levem em consideração a magnitude destas alterações após o evento isquêmico |
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