Avaliações químicas, nutricionais e microbiológicas das silagens de bagaço de laranja e de milho

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Autor(a) principal: Pinto, Andréa Pereira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10728
Resumo: Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas, nutricionais e microbiológicas, os parâmetros de fermentação e a estabilidade aeróbica das silagens de bagaço de laranja (SBL) e de milho (SM) Foram confeccionados minisilos experimentais de bagaço de laranja e de milho No primeiro experimento, analisou-se os diferentes tempos de abertura dos silos Determinou-se: pH, ácido lático (AL), nitrogênio amoniacal (NNH3), capacidade tampão (CATP), matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), cinzas (CIN) para cálculo de matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos totais (CHOT), cálcio e digestibilidade in vitro (DIV) O teor médio de MS da SBL foi de 26,53% A proteína bruta não diferiu entre as SBL e SM (7,14 e 7,34%, respectivamente) A SBL apresentou maior capacidade tampão do que a silagem de milho (média respectiva de 72,53 e 47,75 nemg/1g MS) e maior produção de ácido lático (média respectiva de 4,4 e 2,94%) Os teores de MS, PB, NNH3 e CHOT da silagem de bagaço de laranja não foram influenciados pelos tempos de abertura dos silos A média de pH das SBL e SM foram respectivamente 3,44 e 3,84 A silagem de bagaço de laranja apresentou maior DIVMS (96,34%), DIVPB (96,87%) e DIVFDN (97,75%), quando comparado à silagem de milho (69,28%, 62,38% e 76,69% respectivamente) No segundo experimento foram feitas as mesmas determinações, alterando-se os tratamentos, onde avaliou-se o uso ou não de inoculante microbiano e/ou enzimático e ácido acético e propiônico A SBL apresentou maior teor de MS para a silagem controle (26,4%) e a SM para o tratamento com inoculante enzimático (36,23%) A proteína bruta da silagem de bagaço de laranja (7,38%) diferiu da silagem de milho (7,2%), sendo que o teor de NNH3 em porcentagem do nitrogênio total, foi maior para a SBL (5,35%) As silagens apresentaram pH variando de 3,45 a 3,77 A SBL apresentou maior capacidade tampão (73,82 a 8,39 nemg HCl/1g MS) e maior teor de ácido latico (4,24 a 5,82%) do que a SM (42,43 a 5,92 nemg HCl/1g MS e 1,97 a 2,53%, respectivamente) A SBL apresentou maior digestibilidade in vitro da MS, parede celular e PB do que a silagem de milho, em todos os tratamentos, havendo efeito dos aditivos somente na digestibilidade da silagem de milho No terceiro experimento avaliou-se a estabilidade aeróbica, contagem microbiana e a presença de patulina e fumonisina, utilizando-se os mesmos inoculantes O pico de temperatura diferiu entre as SBL e SM em todos os tratamentos, exceto para as silagens com inoculante enzimático Nos demais tratamentos, a SM apresentou menor pico de temperatura (31,2 a 34,7ºC) e maior tempo para atingir o pico de temperatura (99 a 114h) A SBL com inoculante enzimático demorou mais tempo para atingir o pico de temperatura (14h), apresentando melhor estabilidade aeróbica (65h) A SBL tratada com aditivo microbiano/enzimático, que obteve menor estabilidade aeróbica (43h), apresentou maior média de contagem de leveduras (3,76 log UFC/g) A SBL sem inoculante apresentou menor contagem de leveduras durante as 96h de exposição ao ar De maneira geral, a SBL apresentou médias menores do que a SM para contagem de leveduras em todos os tratamentos Não foi detectado presença de fungos e micotoxinas No quarto experimento, avaliou-se as silagens com diferentes aditivos protéicos, realizando-se as mesmas determinações do primeiro experimento Os aditivos protéicos aumentaram (P<,5) os teores de MS das silagens sendo que a SBL e SM adicionados de farelo de girassol (28,38%) e esterco de poedeira (43,5%) apresentaram os maiores teores de MS, respectivamente A matéria orgânica da SBL, com exceção da silagem com uréia, foi superior à SM O pH das silagens variou de 3,41 a 4,9, sendo que o maior pH observado foi com esterco de poedeira (3,73 e 4,9, respectivamente para SBL e SM) A CATP variou de 66,44 a 9,7 nemg HCl/1g MS para SBL e de 42,43 a 69,43 nemg HCl/1g MS para SM Os teores de AL nas SBL (4,17 a 5,68%) foram muito superiores ao da SM (1,97 a 3,41%) A SBL apresentou maior digestibilidade in vitro da matéria seca, parede celular e proteína bruta quando comparada à SM em todos os tratamentos No quinto experimento, fez-se as mesmas avaliações do terceiro experimento, nas silagens com diferentes aditivos protéicos O menor pico de temperatura na SBL foi observado para a silagem com esterco de poedeira (28,93ºC), seguido da silagem com farelo de algodão (35,7ºC) Na SM o maior e o menor pico de temperatura foi observado, respectivamente, para a silagem com farelo de soja (36,53ºC) e com esterco de poedeira (27,3ºC) A estabilidade aeróbica não diferiu entre as silagens controle, sendo superior nos outros tratamentos para a SM quando comparada com a SBL, exceto nas silagens com farelo de soja Na SBL, somente o esterco de poedeira melhorou a estabilidade aeróbica da silagem (84h), e na SM, todos os aditivos, com exceção do farelo de soja, melhoraram a estabilidade aeróbica A SBL em todos os tratamentos, apresentou menor média de contagem de leveduras quando comparada com a SM A contagem de bactérias aumentou na SBL com farelo de algodão e com farelo de girassol e na SM com farelo de soja Não foi detectado presença de fungos nem de micotoxinas Conclui-se que o bagaço de laranja pode ser bem conservado na forma de silagem sem necessidade do uso de inoculantes ácidos, microbianos e/ou enzimáticos na sua conservação A silagem de bagaço de laranja apresenta boas características químicas, nutricionais e microbiológicas e bom padrão de fermentação, podendo ser aberta a partir de 1 dias de ensilagem, sendo uma boa alternativa de alimento durante os períodos de escassez de forragens
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apresentou maior capacidade tampão do que a silagem de milho (média respectiva de 72,53 e 47,75 nemg/1g MS) e maior produção de ácido lático (média respectiva de 4,4 e 2,94%) Os teores de MS, PB, NNH3 e CHOT da silagem de bagaço de laranja não foram influenciados pelos tempos de abertura dos silos A média de pH das SBL e SM foram respectivamente 3,44 e 3,84 A silagem de bagaço de laranja apresentou maior DIVMS (96,34%), DIVPB (96,87%) e DIVFDN (97,75%), quando comparado à silagem de milho (69,28%, 62,38% e 76,69% respectivamente) No segundo experimento foram feitas as mesmas determinações, alterando-se os tratamentos, onde avaliou-se o uso ou não de inoculante microbiano e/ou enzimático e ácido acético e propiônico A SBL apresentou maior teor de MS para a silagem controle (26,4%) e a SM para o tratamento com inoculante enzimático (36,23%) A proteína bruta da silagem de bagaço de laranja (7,38%) diferiu da silagem de milho (7,2%), sendo que o teor de NNH3 em porcentagem do nitrogênio total, foi maior para a SBL (5,35%) As silagens apresentaram pH variando de 3,45 a 3,77 A SBL apresentou maior capacidade tampão (73,82 a 8,39 nemg HCl/1g MS) e maior teor de ácido latico (4,24 a 5,82%) do que a SM (42,43 a 5,92 nemg HCl/1g MS e 1,97 a 2,53%, respectivamente) A SBL apresentou maior digestibilidade in vitro da MS, parede celular e PB do que a silagem de milho, em todos os tratamentos, havendo efeito dos aditivos somente na digestibilidade da silagem de milho No terceiro experimento avaliou-se a estabilidade aeróbica, contagem microbiana e a presença de patulina e fumonisina, utilizando-se os mesmos inoculantes O pico de temperatura diferiu entre as SBL e SM em todos os tratamentos, exceto para as silagens com inoculante enzimático Nos demais tratamentos, a SM apresentou menor pico de temperatura (31,2 a 34,7ºC) e maior tempo para atingir o pico de temperatura (99 a 114h) A SBL com inoculante enzimático demorou mais tempo para atingir o pico de temperatura (14h), apresentando melhor estabilidade aeróbica (65h) A SBL tratada com aditivo microbiano/enzimático, que obteve menor estabilidade aeróbica (43h), apresentou maior média de contagem de leveduras (3,76 log UFC/g) A SBL sem inoculante apresentou menor contagem de leveduras durante as 96h de exposição ao ar De maneira geral, a SBL apresentou médias menores do que a SM para contagem de leveduras em todos os tratamentos Não foi detectado presença de fungos e micotoxinas No quarto experimento, avaliou-se as silagens com diferentes aditivos protéicos, realizando-se as mesmas determinações do primeiro experimento Os aditivos protéicos aumentaram (P<,5) os teores de MS das silagens sendo que a SBL e SM adicionados de farelo de girassol (28,38%) e esterco de poedeira (43,5%) apresentaram os maiores teores de MS, respectivamente A matéria orgânica da SBL, com exceção da silagem com uréia, foi superior à SM O pH das silagens variou de 3,41 a 4,9, sendo que o maior pH observado foi com esterco de poedeira (3,73 e 4,9, respectivamente para SBL e SM) A CATP variou de 66,44 a 9,7 nemg HCl/1g MS para SBL e de 42,43 a 69,43 nemg HCl/1g MS para SM Os teores de AL nas SBL (4,17 a 5,68%) foram muito superiores ao da SM (1,97 a 3,41%) A SBL apresentou maior digestibilidade in vitro da matéria seca, parede celular e proteína bruta quando comparada à SM em todos os tratamentos No quinto experimento, fez-se as mesmas avaliações do terceiro experimento, nas silagens com diferentes aditivos protéicos O menor pico de temperatura na SBL foi observado para a silagem com esterco de poedeira (28,93ºC), seguido da silagem com farelo de algodão (35,7ºC) Na SM o maior e o menor pico de temperatura foi observado, respectivamente, para a silagem com farelo de soja (36,53ºC) e com esterco de poedeira (27,3ºC) A estabilidade aeróbica não diferiu entre as silagens controle, sendo superior nos outros tratamentos para a SM quando comparada com a SBL, exceto nas silagens com farelo de soja Na SBL, somente o esterco de poedeira melhorou a estabilidade aeróbica da silagem (84h), e na SM, todos os aditivos, com exceção do farelo de soja, melhoraram a estabilidade aeróbica A SBL em todos os tratamentos, apresentou menor média de contagem de leveduras quando comparada com a SM A contagem de bactérias aumentou na SBL com farelo de algodão e com farelo de girassol e na SM com farelo de soja Não foi detectado presença de fungos nem de micotoxinas Conclui-se que o bagaço de laranja pode ser bem conservado na forma de silagem sem necessidade do uso de inoculantes ácidos, microbianos e/ou enzimáticos na sua conservação A silagem de bagaço de laranja apresenta boas características químicas, nutricionais e microbiológicas e bom padrão de fermentação, podendo ser aberta a partir de 1 dias de ensilagem, sendo uma boa alternativa de alimento durante os períodos de escassez de forragensTese (Doutorado em Ciência Animal) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Ciência AnimalAbstract: This work had as objective to evaluate the chemical, nutritional and microbiological characteristics, the fermentation parameters and the aerobic stability of the orange pulp silage (OPS) and corn silage (CS) Experimental mini-silos of orange pulp and corn were prepared In the first experiment, the different opening times of the silos were analysed They were determined: pH, lactic acid (LA), ammonia-N (NH3-N), buffering capacity (BC), dry matter (DM), crude protein (CP), ether extract (EE), ashes for calculation of organic matter (OM), neutral detergent fiber (NDF), total carbohydrates (TC), calcium (Ca) and in vitro digestibility (IVD) The DM average of OPS was 2653% The crude protein did not differ between OPS and CS (714 and 734%, respectively) The OPS present higher buffering capacity than the CS (average of 7253 and 4775 meq HCl/1g of DM, respectively), and higher lactic acid production (average of 44 and 294%, respectively) The DM, CP, NH3-N and TC of the orange pulp silage were not influenced by the opening times of the silos The pH averages of OPS and CS were 344 and 384, respectively The orange pulp silage presented higher DMIVD (9634%), CPIVD (9687%) and NDFIVD (9775%), when compared to the corn silage (6928%, 6238% and 7669%, respectively) In the second experiment the same determination were accomplished in the silages with or without microbial and/or enzymatic inoculant and acetic or propionic acid The OPS presented high DM content for control silage (264%) and the CS for treatment with enzymatic inoculant (3623%) The OPS presented higher crude protein content (738%) when compared with CS (72%), and the NH3-N was highest for OPS (535%) The silages presented pH varying from 345 to 377 The OPS presented higher buffering capacity averages (7382 to 839 meq HCl/1g of DM) and higher lactic acid average (424 to 582%) when compared with CS (4243 to 592 meq HCl/1g of DM and 197 to 253%, respectively) The OPS presented higher DM, cellular wall and CP in vitro digestibility when compared with CS in all treatments, having effect of additives only on corn silage digestibility In the third experiment, aerobic stability, microbial count and patulin and fumonisin presence was evaluated using the same inoculants The temperature peak differed between OPS and CS in all treatments, except for silage with enzymatic inoculant In the other treatments, the CS presented the lowest temperature peak (312 to 347ºC) and highest time to reach the temperature peak (99 to 114h) The OPS with enzymatic inoculant delayed more time to reach the temperature peak (14h), presenting better aerobic stability (65h) The OPS with microbial and enzymatic additive, had lowest aerobic stability (43h), and presented higher yeast count average (376 log CFU/g) The OPS without inoculant presented lowest yeasts count during 96h of air exposure period In general way, OPS presented lower averages than CS for yeasts count in all treatments Presence of molds and mycotoxin was not detected In the fourth experiment, it was evaluated the silages with different protein additives, the same determination of the first experiment were accomplished The protein additives increased (P<5) the DM averages of the silages, being that the OPS and CS added of sunflower meal (2838%) and poultry waste (435%), presented the highest DM values, respectively The organic matter of OPS, except for the silage with urea, was superior to CS The pH of silages varied from 341 to 49, and the highest pH observed in the two silages was with poultry waste (373 and 49, respectively for OPS and CS) BC varied from 6644 to 97 meq HCl/1g of DM for OPS and from 4243 to 6943 meq HCl/1g of DM for CS The LA content in OPS (417 to 568%) were very superior to the CS (197 to 341%) The orange pulp silage presented higher in vitro digestibility of dry matter, cellular wall and crude protein when compared to the corn silage in all treatments In the fifth experiment, the same determinations of the third experiment were accomplished, in the silages with different protein additives The lowest temperature peak in the OPS was observed for the silage with poultry waste (2893ºC), followed by silage with cotton seed meal (357ºC) In the CS the highest and the lowest temperature peak was observed, respectively, for the silage with soybean meal (3653ºC) and poultry waste (273ºC) The aerobic stability did not differ among the control silages, being superior in the other treatments for CS when compared with OPS, except in the silage with soybean meal In the OPS, only poultry waste improved the aerobic stability (84h), and in the CS, all additives, except for the soybean meal, improved the aerobic stability All treatments of orange pulp silage, presented lowest yeasts count averages when compared with corn silage The bacteria count increased in the OPS with cotton seed meal and sunflower meal and in the CS with soybean meal Presence of molds and mycotoxin was not detected It can be concluded that the orange pulp can be conserved in silage form, without need of acid, microbial and/or enzymatic inoculant use The orange pulp silage presented good chemical, nutritional and microbiological characteristics and good fermentation pattern, being able to be opened starting from 1 days of ensilage, being a good alternative to be used during the periods of food privationMizubuti, Ivone Yurika [Orientador]Ferreira, Angela Cristina DiasNascimento, Willian Gonçalves doMoreira, Fernanda BarrosHirooka, Elisa YokoPinto, Andréa Pereira2024-05-01T12:48:03Z2024-05-01T12:48:03Z2006.0020.12.2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10728porDoutoradoCiência AnimalCentro de Ciências AgráriasPrograma de Pós-graduação em Ciência AnimalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:08Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10728Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:08Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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description Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas, nutricionais e microbiológicas, os parâmetros de fermentação e a estabilidade aeróbica das silagens de bagaço de laranja (SBL) e de milho (SM) Foram confeccionados minisilos experimentais de bagaço de laranja e de milho No primeiro experimento, analisou-se os diferentes tempos de abertura dos silos Determinou-se: pH, ácido lático (AL), nitrogênio amoniacal (NNH3), capacidade tampão (CATP), matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), cinzas (CIN) para cálculo de matéria orgânica (MO), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos totais (CHOT), cálcio e digestibilidade in vitro (DIV) O teor médio de MS da SBL foi de 26,53% A proteína bruta não diferiu entre as SBL e SM (7,14 e 7,34%, respectivamente) A SBL apresentou maior capacidade tampão do que a silagem de milho (média respectiva de 72,53 e 47,75 nemg/1g MS) e maior produção de ácido lático (média respectiva de 4,4 e 2,94%) Os teores de MS, PB, NNH3 e CHOT da silagem de bagaço de laranja não foram influenciados pelos tempos de abertura dos silos A média de pH das SBL e SM foram respectivamente 3,44 e 3,84 A silagem de bagaço de laranja apresentou maior DIVMS (96,34%), DIVPB (96,87%) e DIVFDN (97,75%), quando comparado à silagem de milho (69,28%, 62,38% e 76,69% respectivamente) No segundo experimento foram feitas as mesmas determinações, alterando-se os tratamentos, onde avaliou-se o uso ou não de inoculante microbiano e/ou enzimático e ácido acético e propiônico A SBL apresentou maior teor de MS para a silagem controle (26,4%) e a SM para o tratamento com inoculante enzimático (36,23%) A proteína bruta da silagem de bagaço de laranja (7,38%) diferiu da silagem de milho (7,2%), sendo que o teor de NNH3 em porcentagem do nitrogênio total, foi maior para a SBL (5,35%) As silagens apresentaram pH variando de 3,45 a 3,77 A SBL apresentou maior capacidade tampão (73,82 a 8,39 nemg HCl/1g MS) e maior teor de ácido 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leveduras (3,76 log UFC/g) A SBL sem inoculante apresentou menor contagem de leveduras durante as 96h de exposição ao ar De maneira geral, a SBL apresentou médias menores do que a SM para contagem de leveduras em todos os tratamentos Não foi detectado presença de fungos e micotoxinas No quarto experimento, avaliou-se as silagens com diferentes aditivos protéicos, realizando-se as mesmas determinações do primeiro experimento Os aditivos protéicos aumentaram (P<,5) os teores de MS das silagens sendo que a SBL e SM adicionados de farelo de girassol (28,38%) e esterco de poedeira (43,5%) apresentaram os maiores teores de MS, respectivamente A matéria orgânica da SBL, com exceção da silagem com uréia, foi superior à SM O pH das silagens variou de 3,41 a 4,9, sendo que o maior pH observado foi com esterco de poedeira (3,73 e 4,9, respectivamente para SBL e SM) A CATP variou de 66,44 a 9,7 nemg HCl/1g MS para SBL e de 42,43 a 69,43 nemg HCl/1g MS para SM Os teores de AL nas SBL (4,17 a 5,68%) 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