SUS para todos, para pobres ou para ninguém? A visão de estudantes de Educação Física de três universidades públicas do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimentel, Joamara de Oliveira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11498
Resumo: Resumo: Introdução: O sistema de saúde brasileiro sofreu diversas mudanças desde o início do século XX, conforme se alteravam as condições econômicas, políticas e sociais no Brasil O sistema Único de Saúde (SUS) tem entre seus princípios a universalidade, a integralidade e a equidade No SUS atuam diferentes profissionais de saúde e, a partir da criação dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica a Educação Física, entre outras profissões, passou a ter a oportunidade de se inserir nas equipes de saúde pública Esse é um dos fatores que faz com que a formação em Educação Física precise ter uma aproximação mais estreita com o SUS Objetivo: Verificar a visão de estudantes de Educação Física (EEF) sobre como deveria ser o acesso ao SUS de maneira geral e em ações/serviços específicos Métodos: Estudo de delineamento transversal, descritivo e quantitativo com estudantes ingressantes e concluintes em 219, nos cursos de bacharelado em Educação Física de três universidades públicas do Paraná Responderam a um questionário semiestruturado 349 EEF (216 ingressantes e 133 concluintes) As questões principais avaliaram a visão dos EEF sobre o princípio da universalidade, de um modo genérico (a partir de uma pergunta geral sobre como deveria ser o acesso) e para 11 serviços/ações específicas: acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, acompanhamento psicológico, acompanhamento de gestantes (pré-natal), atendimento domiciliar para pessoas com dificuldade de locomoção, atendimento odontológico, atendimento de urgência e emergência, fisioterapia, fornecimento de medicamentos, programas de atividades físicas, vacinação para crianças e adolescentes e vacinação para adultos Resultados: A maioria (85,4%) dos EEF considerou que o acesso deveria ser “para todos” (sem diferença entre ingressantes e concluintes, p=,9), 12,9% “para pobres” e 1,7% “para ninguém” Porém, menos da metade dos que responderam que o acesso deveria ser “para todos” (na questão geral) respondeu desta maneira em todos os 11 serviços/ações investigados Os concluintes apresentaram uma visão mais ampla sobre a integralidade que os ingressantes, sendo maior a proporção de resposta “para todos” entre os concluintes em três ações/serviços: atendimento psicológico, atendimento de pessoas com dificuldade de locomoção e programas de práticas corporais/atividade física (PCAF) Além disso, algumas destas ações/serviços apresentaram mais de 9% de resposta “para todos” tanto para ingressantes como para concluintes: atendimento a pessoas com doenças crônicas, serviços de urgência e emergência e vacinação para crianças e adolescentes, enquanto outras ações tiveram menos de 7% de resposta entre os ingressantes: atendimento odontológico, fisioterapia e fornecimento de medicamentos, sendo que entre os concluintes, o serviço/ação que teve menos de 7% de resposta “para todos” foi fisioterapia Conclusão: Um percentual elevado de EEF, tanto em ingressantes quanto em concluintes, considera que o acesso ao SUS deve ser universal, mas parece prevalecer uma visão limitada sobre os serviços/ações que devem ser “para todos”, indicando assim a necessidade de um maior foco na questão da integralidade na formação profissional
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Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAbstract: Introdution: The Brazilian health system has undergone several changes since the beginning of the 2th century, as economic, political and social conditions in Brazil changed The Unified Health System (UHS) has among its principles universality, integrality and equity Different health professionals work as UHS and, from the creation of the Extended Family Health and Primary Care Centers, Physical Education, among other professions, started to have the opportunity to be part of the public health teams and this is one of the factors which makes Physical Education formation need to be closer relationship with UHS Objective: Verify the view of Physical Education students (PES) about the access to the UHS should be in general and specific services/actions Method: Cross-sectional, descriptive and quantitative study with new and graduating students in 219, in the Physical Education bachelor’s degree courses of three public universities in Paraná They answered a semi-structured questionnaire 349 PES (216 freschmen and 133 graduating students) The main questions assessed the PES’s view of the principle of universality, in a generic way (from a general question about what access should be) and for 11 specific services/actions: monitoring of people with chronic diseases, psychological monitoring, monitoring of pregnant women (prenatal care), home care for people with limited mobility, dental care, urgent and emergency care, physiotherapy, supply of medicines, physical activity programs, vaccination for children and adolescents and vaccination for adults Results: The majority (85,4%) of the PES considered that access should be “for everyone” (no difference between newcomers and graduates, p=9), 12,9% “for thr poor” and 1,7% “for no one” However, less than half of those who answered that access should be “for everyone” (in the general question) answered this way in all 11 services/actions investigated The graduates presented a broader view on integrality than the newcomers, with a greater proportion of responses “for all” among the graduates in three services/actions: psychological care, care for people with limited mobility and programs of body practices/physical activity (BPPA) In addition, some of these services/actions showed more than 9% response “for all” for both newcomers and graduates: care for people with chronic deseases, urgent and emergency services and vaccination for children and adolescents, while others actions had less than 7% of response among newcomers: dental care, physiotherapy and supply of medicines, and among graduates, the service/action that had less than 7% of response “for all” was physiotherapy Conclusion: It is concluded that a high percentage of PES, both in newcomers and in graduates, considers that access to UHS should be universal, but a limited view on the services/actions that should be “for all” seems to prevail, thus indicating the need greater focus on the issue of integrality in professional formationLoch, Mathias Roberto [Orientador]Dias, Douglas FernandoCaldarelli, Pablo GuilhermePimentel, Joamara de Oliveira2024-05-01T13:15:44Z2024-05-01T13:15:44Z2020.0016.03.2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/11498porMestradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:15Zoai:repositorio.uel.br:123456789/11498Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:15Repositório Institucional da UEL - 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