Desenvolvimento de revestimentos biodegradáveis à base de álcool polivinílico para bandejas de amido de mandioca

• Autor(a) principal: Carvalho, Fabíola Azanha de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15427
• topic: Alimentos; Embalagens; Revestimentos para comestíveis; Amido de mandioca; Embalagens; Food; Edible coatings; Starch; Packaging - Plastics in packaging - Permeability; Packaging; Resistance

Resumo: O segmento de embalagens cresce mundialmente e gera toneladas de resíduos sólidos diariamente A destinação destes resíduos, apesar da reciclagem crescente a cada ano, ainda é inadequada, poluindo o meio ambiente Uma alternativa é o uso de embalagens biodegradáveis, que serão degradadas por microrganismos de ocorrência natural, minimizando problemas ambientais O objetivo deste trabalho foi desenvolver revestimento biodegradável à base de álcool polivinílico (PVA) para atuar como proteção em bandejas biodegradáveis de amido de mandioca a serem empregadas como embalagens para alimentos O presente trabalho foi dividido em quatro etapas Na primeira etapa, ensaios preliminares foram realizados com cinco tipos de PVAs, para padronizar concentração e forma de preparo dos revestimentos e selecionar quais tipos seriam utilizados Quatro tipos de PVAs, com diferentes graus de hidrólise e viscosidades, foram selecionados (SELVOL 54, 23, 325, 17) para produção dos revestimentos pela técnica de casting com concentração de 2% (p/v) do polímero Na segunda etapa, os revestimentos produzidos foram caracterizados quanto à sua microestrutura, propriedades mecânicas, de barreiras e térmicas Os revestimentos produzidos com SELVOL 325 e 17 (grau de hidrólise maior que 98%) foram os selecionados para revestir as bandejas biodegradáveis, por apresentarem menor solubilidade em água, menor permeabilidade ao vapor de água e menor ganho de água em função da atividade de água nas isotermas de sorção Em uma terceira etapa, os revestimentos selecionados foram aplicados nas bandejas por pincelamento e as bandejas revestidas foram caracterizadas quanto às suas propriedades mecânicas, de barreiras e microestrutura Observou-se redução de cerca de 5% da capacidade de absorção de água das bandejas revestidas quando comparadas ao controle, e as propriedades mecânicas apresentaram alterações com a aplicação do revestimento: aumento da resistência à tração e da flexibilidade da bandeja A formulação RB3_325 (bandeja revestida com SELVOL 325) apresentou menor capacidade de absorção de água, menor ganho de água nas isotermas de sorção e melhor resistência a tração, com boa flexibilidade, e foi a selecionada para os ensaios de armazenamento de alguns alimentos (torradas, morangos e tomates cereja) As bandejas revestidas apresentaram pouca redução de tamanho e pequenas deformações ao longo do período de armazenamento, mas sem perder o formato Houve um aumento na resistência à tração e no alongamento na ruptura, indicando que o revestimento melhorou essas propriedades da bandeja e os melhores resultados de armazenamento foram obtidos para as torradas e tomates cereja As bandejas biodegradáveis de amido de mandioca e PVA, revestidas com álcool polivinílico SELVOL 325, produzidas neste trabalho, são uma alternativa interessante para o armazenamento de produtos perecíveis, como frutas, hortaliças e frios, que não apresentem elevada exsudação de água