Respiração do solo em áreas de restauração florestal e fragmentos de Mata Atlântica no sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9233 |
Resumo: | Resumo: Além da utilização de combustíveis fósseis, o desmatamento tem contribuído com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, sendo a principal fonte de GEE no Brasil atualmente Com a grande quantidade de áreas degradadas, os reflorestamentos tornaram-se uma alternativa para a mitigação destas emissões, uma vez que florestas em crescimento apresentam alta capacidade de assimilar carbono através da produção primária A presença da vegetação também acarreta a formação de uma camada de necromassa, que juntamente com a biomassa acima e no solo forma o estoque de carbono orgânico do ecossistema A necromassa, quando decomposta, libera CO2 para a atmosfera, que juntamente com a respiração das raízes é conhecida como “respiração do solo” A mensuração deste fluxo de CO2 pode informar sobre o estado do ecossistema em recuperação, refletindo tanto o metabolismo dos decompositores quanto das plantas e dos microrganismos rizosféricos Nesse contexto este trabalho objetiva avaliar a respiração do solo, a produção e o acúmulo de serapilheira, bem como a temperatura e a umidade do solo, visando determinar diferenças entre sítios de restauração florestal e fragmentos florestais, tomados como ecossistemas de referência O estudo foi realizado em três reflorestamentos com cerca de 15 anos e três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual A respiração do solo apresentou valores médios de 73,1 e 73,8 mg CO2m-2s-1 nos reflorestamentos e fragmentos florestais respectivamente, sendo ligeiramente maior nos fragmentos florestais, e nos momentos de maior umidade e/ou temperatura do solo, quando se analisa as áreas em conjunto No entanto, as variáveis determinantes para a respiração do solo foram diferentes em cada ambiente, sendo a área basal determinante em reflorestamentos enquanto umidade e temperatura do solo foram determinantes em fragmentos florestais A contribuição da respiração autotrófica variou de 28 a 57 % nos ambientes de reflorestamento e de 27 a 36 % nos ambientes de floresta observando-se então maior contribuição da respiração autotrófica em ambientes de reflorestamento Os resultados sugerem que a vegetação e a biota decompositora está se recuperando rapidamente nos sítios de restauração |
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Respiração do solo em áreas de restauração florestal e fragmentos de Mata Atlântica no sul do BrasilRecuperação ecológicaCiclo de carbono (Biogeoquímica)BiodegradaçãoEcossistemasRestoration ecologyCarbon cycle (Biogeochemistry)BiodegradationEcosystemsResumo: Além da utilização de combustíveis fósseis, o desmatamento tem contribuído com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, sendo a principal fonte de GEE no Brasil atualmente Com a grande quantidade de áreas degradadas, os reflorestamentos tornaram-se uma alternativa para a mitigação destas emissões, uma vez que florestas em crescimento apresentam alta capacidade de assimilar carbono através da produção primária A presença da vegetação também acarreta a formação de uma camada de necromassa, que juntamente com a biomassa acima e no solo forma o estoque de carbono orgânico do ecossistema A necromassa, quando decomposta, libera CO2 para a atmosfera, que juntamente com a respiração das raízes é conhecida como “respiração do solo” A mensuração deste fluxo de CO2 pode informar sobre o estado do ecossistema em recuperação, refletindo tanto o metabolismo dos decompositores quanto das plantas e dos microrganismos rizosféricos Nesse contexto este trabalho objetiva avaliar a respiração do solo, a produção e o acúmulo de serapilheira, bem como a temperatura e a umidade do solo, visando determinar diferenças entre sítios de restauração florestal e fragmentos florestais, tomados como ecossistemas de referência O estudo foi realizado em três reflorestamentos com cerca de 15 anos e três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual A respiração do solo apresentou valores médios de 73,1 e 73,8 mg CO2m-2s-1 nos reflorestamentos e fragmentos florestais respectivamente, sendo ligeiramente maior nos fragmentos florestais, e nos momentos de maior umidade e/ou temperatura do solo, quando se analisa as áreas em conjunto No entanto, as variáveis determinantes para a respiração do solo foram diferentes em cada ambiente, sendo a área basal determinante em reflorestamentos enquanto umidade e temperatura do solo foram determinantes em fragmentos florestais A contribuição da respiração autotrófica variou de 28 a 57 % nos ambientes de reflorestamento e de 27 a 36 % nos ambientes de floresta observando-se então maior contribuição da respiração autotrófica em ambientes de reflorestamento Os resultados sugerem que a vegetação e a biota decompositora está se recuperando rapidamente nos sítios de restauraçãoDissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências BiológicasAbstract: Besides the use of fossil fuels, deforestation has contributed to the increase of greenhouse gases (GHG) in the atmosphere, being the main source of GHG in Brazil nowadays With the large number of degraded areas, reforestation has become an alternative for the mitigation of these emissions, since growing forests have a high capacity to assimilate carbon through primary production The presence of vegetation also entails the deposition of a necromass layer which, along with below and aboveground biomass, is part of the organic carbon ecosystem stock Necromass, when decomposed, releases CO2 into the atmosphere, that in addition to the roots respiration is known as soil respiration The measurement of this CO2 flow may indicate the recovery state of the ecosystem, reflecting both decomposer and plant and rizospheric microbes metabolism In this context, this study aims to evaluate soil respiration, litter production and accumulation, as well as soil temperature and humidity, in order to determine differences between forest restoration sites and forest fragments, taken as reference ecosystems The study was carried out in three, 15 years old reforestations and three Atlantic Forest fragments in the north of Paraná, an area originally occupied by Semideciduous Seasonal Forest Soil respiration mean values were 73,1 and 73,8 mg CO2m-2s-1 in reforestation and forest fragments, respectively, being slightly higher in the forest fragments than in the reforestations A difference was observed in which variables were determinant for respiration in each environment, being the biomass and the basal area important in the reforestation and the soil moisture and soil temperature were the most important variables in the forest fragments Autotrophic contribution to soil respiration varied between 28 to 57 % in reforestation sites and from 27 to 36 % in forest fragments sites therefore contributing more to total soil respiration in reforested environments The results suggest that the vegetation and the decomposing biota are recovering very fast in the restoration sitesTorezan, José Marcelo Domingues [Orientador]Moreira, Renata StolfMarques, RenatoPaula, Victor Lucas Moreno de2024-05-01T11:52:06Z2024-05-01T11:52:06Z2018.002018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/9233porMestradoCiências BiológicasCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências BiológicasLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:05Zoai:repositorio.uel.br:123456789/9233Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:05Repositório Institucional da UEL - 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