Existências positHIVas : um blog como (não)lugar e modos outros de [r(e)]existir com HIV

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Vinícius Colussi
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13208
Resumo: Resumo: No Brasil, os números de novas infecções com HIV tem crescido principalmente entre a população jovem, de tal maneira que a epidemia voltou ao foco das discussões em gestão de saúde pública Apesar das novas tecnologias de prevenção e tratamento eficazes no controle biológico da ação do vírus, o estigma social associado a figura do HIV tem sido um dos principais desafios para o enfrentamento da epidemia Esse cenário de contradiçoes despertou meu interesse em produzir essa pesquisa e a questionar: como pode um corpo que vive com HIV ou AIDS produzir vida afirmativa diante a tantos mecanismos sociais que reduzem sua vontade de potência? Por que corpos soropostivos ao HIV são postos a crer que não podem produzir vida? Neste trabalho, analisei potencialidades de um blog de divulgação de informações sobre HIV e AIDS em proporcionar a criação de modos de existência outros no contexto atual da epidemia Por meio de uma análise afetivo-investigativa, com intercessores da filosofia da diferença e estudos culturais, foi possível identificar mecanismos culturais que produzem uma figura monstruosa do HIV, intensificadora de medos e fluxos que estratificam os corpos soropositivos ao vírus, levando-os a uma experiência com a linha do Fora Bem como, a partir desse estado redutor da vontade de potência, reconhecer movimentações que proporcionam a criação de existências afirmativas com HIV Destaco que por meio da interatividade estabelecida no blog, corpos que nele se conectam, fazem rizoma e dobram as forças do Fora, produzindo diferenças que abrem novos possíveis à existência com o vírus Modos outros em puro devir Movimentações estético-ético-políticas que denominei de dobras da positHIVação Diante disso, uma educação em saúde menor passa a funcionar com o blog, uma vez que há: a desterritorialização da lingua, com a transvaloração da figura do HIV; a ramificação política, por meio de conexões que proporcionam a criação de modos existência outros com o HIV; e valor coletivo devido aos agenciamentos multiplos que são produzidos e circulados Nesse processo educativo menor não há a imposição de modelos formativos, de modos de ser e agir, ou currículos a serem seguidos São os não-lugares estabelecidos com os fluxos circulados no blog que favorecem o acontecimento de uma educação em saúde menor conectada com a imanência da vida, tão nômade e efêmera quanto aquilo que é capaz de gerar: vidas que reexistem com HIV
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Neste trabalho, analisei potencialidades de um blog de divulgação de informações sobre HIV e AIDS em proporcionar a criação de modos de existência outros no contexto atual da epidemia Por meio de uma análise afetivo-investigativa, com intercessores da filosofia da diferença e estudos culturais, foi possível identificar mecanismos culturais que produzem uma figura monstruosa do HIV, intensificadora de medos e fluxos que estratificam os corpos soropositivos ao vírus, levando-os a uma experiência com a linha do Fora Bem como, a partir desse estado redutor da vontade de potência, reconhecer movimentações que proporcionam a criação de existências afirmativas com HIV Destaco que por meio da interatividade estabelecida no blog, corpos que nele se conectam, fazem rizoma e dobram as forças do Fora, produzindo diferenças que abrem novos possíveis à existência com o vírus Modos outros em puro devir Movimentações estético-ético-políticas que denominei de dobras da positHIVação Diante disso, uma educação em saúde menor passa a funcionar com o blog, uma vez que há: a desterritorialização da lingua, com a transvaloração da figura do HIV; a ramificação política, por meio de conexões que proporcionam a criação de modos existência outros com o HIV; e valor coletivo devido aos agenciamentos multiplos que são produzidos e circulados Nesse processo educativo menor não há a imposição de modelos formativos, de modos de ser e agir, ou currículos a serem seguidos São os não-lugares estabelecidos com os fluxos circulados no blog que favorecem o acontecimento de uma educação em saúde menor conectada com a imanência da vida, tão nômade e efêmera quanto aquilo que é capaz de gerar: vidas que reexistem com HIVTese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação MatemáticaAbstract: In Brazil, the numbers of new HIV infections have grown mainly among the young population, in such a way that the epidemic has returned to the focus of discussions on public health management Despite the new technologies of effective prevention and treatment in the biological control of the virus action, the social stigma associated with the figure of HIV has been one of the main challenges for coping with the epidemic This scenario of contradictions aroused my interest in producing this research and questioning: how can a body living with HIV or AIDS produce affirmative living in the face of so many social mechanisms that reduce its will to potency? Why are HIV-positive bodies believed to be incapable of producing life? In this paper, I analyzed the potential of a blog to disseminate information about HIV and AIDS in providing the creation of other modes of existence in the current context of the epidemic Through an affective-investigative analysis, with intercessors of the philosophy of difference and cultural studies, it was possible to identify cultural mechanisms that produce a monstrous figure of HIV, intensifying fears and flows that stratify the bodies seropositive to the virus, leading them to a experience with the Outside line As well as, from this state reducing the will to potency, recognize movements that provide for the creation of affirmative existence with HIV I emphasize that through the interactivity established in the blog, bodies that connect to it rhizome and ply the forces of the outside, producing differences that open new possibilities for existence with the virus Modes others in pure devir Movements aesthetic-ethical-political that I have called positHIV ply In view of this, a minor health education starts to work with the blog, since there is: the deterritorialization of the language, with the transvaluation of the figure of HIV; the political ramification, through connections that provide the creation of other existence modes with HIV; and collective value due to the multiple assemblies that are produced and circulated In this minor educational process there is no imposition of formative models, ways of being and acting, or curricula to be followed It is the non-places established with the flows circulated in the blog that favor the event of a minor health education connected with the immanence of life, as nomadic and ephemeral as what it is capable of generating: lives that re-exist with HIVOliveira, Moisés Alves de [Orientador]Grisotto, AméricoBellini, Luzia MartaParpinelli, Roberta StubsTakara, SamiloBastos, Vinícius Colussi2024-05-01T14:09:31Z2024-05-01T14:09:31Z2018.0028.03.2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13208porDoutoradoEnsino de Ciências e Educação MatemáticaCentro de Ciências ExatasPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação MatemáticaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:41Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13208Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:41Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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