Investigação da contaminação ambiental e avaliação da efetividade da desinfecção em áreas críticas hospitalares.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17404 |
Resumo: | Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde representam risco à segurança do paciente. O ambiente hospitalar pode contribuir para a multiplicação e disseminação de microrganismos patogênicos e resistentes aos antimicrobianos, principalmente em áreas críticas hospitalares, como Unidade de Terapia Intensiva. Para controle desses focos microbianos é importante uma efetiva desinfecção e monitoramento da qualidade deste processo. Objetivos: Avaliar por análise microbiológica a efetividade da desinfecção concorrente, bem como realizar o mapeamento microbiológico da contaminação ambiental e etiologia multirresistente das culturas clínicas em unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, que se propôs a investigar a contaminação do ambiente hospitalar através de análises de culturas microbiológicas da unidade do paciente e clínicas (materiais biológicos dos pacientes). As amostras de superfícies e equipamentos investigados foram selecionados com base na frequência de contato com as mãos dos profissionais e a proximidade com os pacientes de acordo com padronização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A pesquisa foi realizada nas unidades de terapia intensiva adulto e de queimados de um hospital universitário. Para avaliar a contaminação ambiental foram friccionados swabs nas superfícies da área correspondente à unidade do paciente, nos momentos pré e pós-desinfecção concorrente utilizando álcool 70%. Os microrganismos foram qualificados em relação à espécie bacteriana, perfil de resistência aos antimicrobianos e quantificados em Unidades Formadoras de Colônia por centímetro quadrado (UFC/cm2) da superfície analisada. Dados de culturas microbiológicas dos pacientes hospitalizados nos leitos estudados foram extraídos do prontuário eletrônico, e seus resultados foram comparados aos das culturas ambientais realizadas nesta pesquisa. Resultados: Foram analisadas 14 unidades do paciente, sendo oito de terapia intensiva adulto e seis do centro de queimados. Na análise quantitativa, as superfícies que apresentaram maior contagem de UFC no momento pré-desinfecção foram o painel touch screen do ventilador mecânico (6040 UFC/mL - 85,71%), seguido da bancada lateral (2380 UFC/mL - 57,14%) e grade lateral da cama (650 UFC/mL – 42,86%). No momento pós-desinfecção foi observado redução total de 73,87% no crescimento bacteriano em todas as superfícies, sendo mais expressiva a redução na unidade de terapia intensiva de queimados (80,46%). Do total de superfícies analisadas (42), houve crescimento bacteriano em 26 (62,0%) no momento da pré-desinfecção. Dessas 17 (65,3%) superfícies alcançaram redução total na contaminação ambiental após a desinfecção. Na análise de farmacorresistência, dos 14 pacientes analisados, 13 (92,86%) apresentavam alguma infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes. Em relação às amostras clínicas, a resistência antimicrobiana mais frequente foi aos carbapenêmicos (64,0%), com prevalência do microrganismo Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos (28,0%). Na amostra ambiental, evidenciou-se contaminação de 11 unidades (78,57%) sendo A. baumannii resistente aos carbapenêmicos (47,05%) o microrganismo mais frequente. Entre os pacientes hospitalizados nos leitos investigados, 57,14% (8) apresentavam concordância da espécie e perfil fenotípico de resistência entre as amostras clínicas e ambientais. Conclusão: Os resultados do presente estudo evidenciaram que em ambas as unidades de terapia intensiva as superfícies dos painéis touch screen dos ventiladores mecânicos apresentaram maior frequência de contaminação. Houve redução expressiva na contagem quantitativa de microrganismos para as duas unidades após a desinfecção com álcool 70%, comprovando sua efetividade. Observou-se também a presença de microrganismos farmacorresistentes nas superfícies da unidade do paciente em terapia intensiva, com destaque para as superfícies das camas e prevalência de resistência aos carbapenêmicos. Encontrou-se elevada concordância entre as espécies e perfil fenotípico dos isolados clínicos e ambientais. |
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Investigação da contaminação ambiental e avaliação da efetividade da desinfecção em áreas críticas hospitalares.Investigation of environmental contamination and evaluation of the effectiveness of disinfection in critical hospital areas.Infecção hospitalarFarmacorresistência bacteriana múltiplaDesinfecção e desinfetantesServiço hospitalar de limpezaUnidades de terapia intensivaTécnicas microbiológicasContagem de colônia microbianaTestes de sensibilidade microbianaHospitaisCiências da Saúde - EnfermagemDisinfectionIntensive care unitsEnvironmental microbiologyMicrobiologyNosocomial infectionsDisinfectionDisinfection and disinfectantDrug resistance in microorganismsHospitalsIntrodução: As infecções relacionadas à assistência à saúde representam risco à segurança do paciente. O ambiente hospitalar pode contribuir para a multiplicação e disseminação de microrganismos patogênicos e resistentes aos antimicrobianos, principalmente em áreas críticas hospitalares, como Unidade de Terapia Intensiva. Para controle desses focos microbianos é importante uma efetiva desinfecção e monitoramento da qualidade deste processo. Objetivos: Avaliar por análise microbiológica a efetividade da desinfecção concorrente, bem como realizar o mapeamento microbiológico da contaminação ambiental e etiologia multirresistente das culturas clínicas em unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, que se propôs a investigar a contaminação do ambiente hospitalar através de análises de culturas microbiológicas da unidade do paciente e clínicas (materiais biológicos dos pacientes). As amostras de superfícies e equipamentos investigados foram selecionados com base na frequência de contato com as mãos dos profissionais e a proximidade com os pacientes de acordo com padronização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A pesquisa foi realizada nas unidades de terapia intensiva adulto e de queimados de um hospital universitário. Para avaliar a contaminação ambiental foram friccionados swabs nas superfícies da área correspondente à unidade do paciente, nos momentos pré e pós-desinfecção concorrente utilizando álcool 70%. Os microrganismos foram qualificados em relação à espécie bacteriana, perfil de resistência aos antimicrobianos e quantificados em Unidades Formadoras de Colônia por centímetro quadrado (UFC/cm2) da superfície analisada. Dados de culturas microbiológicas dos pacientes hospitalizados nos leitos estudados foram extraídos do prontuário eletrônico, e seus resultados foram comparados aos das culturas ambientais realizadas nesta pesquisa. Resultados: Foram analisadas 14 unidades do paciente, sendo oito de terapia intensiva adulto e seis do centro de queimados. Na análise quantitativa, as superfícies que apresentaram maior contagem de UFC no momento pré-desinfecção foram o painel touch screen do ventilador mecânico (6040 UFC/mL - 85,71%), seguido da bancada lateral (2380 UFC/mL - 57,14%) e grade lateral da cama (650 UFC/mL – 42,86%). No momento pós-desinfecção foi observado redução total de 73,87% no crescimento bacteriano em todas as superfícies, sendo mais expressiva a redução na unidade de terapia intensiva de queimados (80,46%). Do total de superfícies analisadas (42), houve crescimento bacteriano em 26 (62,0%) no momento da pré-desinfecção. Dessas 17 (65,3%) superfícies alcançaram redução total na contaminação ambiental após a desinfecção. Na análise de farmacorresistência, dos 14 pacientes analisados, 13 (92,86%) apresentavam alguma infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes. Em relação às amostras clínicas, a resistência antimicrobiana mais frequente foi aos carbapenêmicos (64,0%), com prevalência do microrganismo Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos (28,0%). Na amostra ambiental, evidenciou-se contaminação de 11 unidades (78,57%) sendo A. baumannii resistente aos carbapenêmicos (47,05%) o microrganismo mais frequente. Entre os pacientes hospitalizados nos leitos investigados, 57,14% (8) apresentavam concordância da espécie e perfil fenotípico de resistência entre as amostras clínicas e ambientais. Conclusão: Os resultados do presente estudo evidenciaram que em ambas as unidades de terapia intensiva as superfícies dos painéis touch screen dos ventiladores mecânicos apresentaram maior frequência de contaminação. Houve redução expressiva na contagem quantitativa de microrganismos para as duas unidades após a desinfecção com álcool 70%, comprovando sua efetividade. Observou-se também a presença de microrganismos farmacorresistentes nas superfícies da unidade do paciente em terapia intensiva, com destaque para as superfícies das camas e prevalência de resistência aos carbapenêmicos. Encontrou-se elevada concordância entre as espécies e perfil fenotípico dos isolados clínicos e ambientais.Introduction: Healthcare-associated infections represent a risk to patient safety. The hospital environment can contribute to the multiplication and dissemination of pathogenic and antimicrobial resistant microorganisms, especially in critical hospital areas such as the Intensive Care Unit. To control these microbial foci it is important to effectively disinfect and monitor the quality of this process. Objectives: To evaluate by microbiological analysis the effectiveness of concurrent disinfection, as well as perform microbiological mapping of environmental contamination and multidrug resistant etiology of clinical cultures in intensive care units. Method: This is a cross-sectional, descriptive and observational study, which aimed to investigate the contamination of the hospital environment through analysis of microbiological cultures of the patient's unit and clinics (biological materials of patients). The samples of surfaces and equipment investigated were selected based on the frequency of contact with the hands of professionals and proximity to patients according to the standardization of the National Health Surveillance Agency. The research was carried out in adult intensive care units and burned-out units of a university hospital. To evaluate the environmental contamination, swabs were rubbed on the surfaces of the area corresponding to the patient's unit, at pre and post-disinfection times using 70% alcohol. The microorganisms were qualified in relation to the bacterial species, resistance profile to antimicrobials and quantified in Cologne Forming Units per square centimeter (CFU/cm2) of the analyzed surface. Data from microbiological cultures of patients hospitalized in the beds studied were extracted from the electronic records, and their results were compared with those of environmental cultures performed in this research. Results: 14 units were analyzed, 8 of which were adult intensive care units and six were burn centers. In the quantitative analysis, the surfaces that presented the highest CFU count at the pre-disinfection moment were the mechanical ventilator touch screen (6040 CFU/mL - 85.71%), followed by the lateral bench (2380 CFU/mL - 57.14%) and the lateral bed grid (650 CFU/mL - 42.86%). Of the total surfaces analyzed (42 surfaces), there was bacterial growth in 26 (62.0%) at the time of pre-disinfection. Of these, 17 (65.3%) surfaces achieved a total reduction in environmental contamination after disinfection. In the pharmaco-resistance analysis, of the 14 patients analyzed, 13 (92,86%) presented some infection or colonization by multidrug-resistant microorganisms. Regarding clinical samples, the most frequent antimicrobial resistance was to carbapenems (64,0%), with prevalence of the microorganism Acinetobacter baumannii resistant to carbapenems (28.0%). In the environmental sample, contamination was also found in 11 units (78,57%), with A. baumannii resistant to carbapenems (47,05%) being the most frequent microorganism. It was evident that 57.14% (8) of the hospitalized patients had concordance of the species and phenotypic resistance profile between the clinical and environmental samples. Conclusion: The results of this study showed that in both intensive care units the surfaces of the touch screen panels of mechanical ventilators showed a higher frequency of contamination. There was a significant reduction in the quantitative count of microorganisms for both units after the 70% alcohol disinfection, proving its effectiveness. It was also observed the presence of resistant microorganisms on the surfaces of the intensive care unit, with emphasis on the bed surfaces and prevalence of resistance to carbapenems. High agreement among species and phenotypic profile of clinical and environmental isolates were found.Kerbauy, GilselenaPerugini, Marcia Regina EchesTacla, Mauren Teresa Grubsich MendesPerugini, Marcia Regina EchesSoares, Jéssica Heloiza Rangel2024-09-03T17:32:20Z2024-09-03T17:32:20Z2021-01-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17404porCCS - Departamento de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina, Paraná63 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-04T06:00:39Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17404Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-09-04T06:00:39Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde representam risco à segurança do paciente. O ambiente hospitalar pode contribuir para a multiplicação e disseminação de microrganismos patogênicos e resistentes aos antimicrobianos, principalmente em áreas críticas hospitalares, como Unidade de Terapia Intensiva. Para controle desses focos microbianos é importante uma efetiva desinfecção e monitoramento da qualidade deste processo. Objetivos: Avaliar por análise microbiológica a efetividade da desinfecção concorrente, bem como realizar o mapeamento microbiológico da contaminação ambiental e etiologia multirresistente das culturas clínicas em unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, que se propôs a investigar a contaminação do ambiente hospitalar através de análises de culturas microbiológicas da unidade do paciente e clínicas (materiais biológicos dos pacientes). As amostras de superfícies e equipamentos investigados foram selecionados com base na frequência de contato com as mãos dos profissionais e a proximidade com os pacientes de acordo com padronização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A pesquisa foi realizada nas unidades de terapia intensiva adulto e de queimados de um hospital universitário. Para avaliar a contaminação ambiental foram friccionados swabs nas superfícies da área correspondente à unidade do paciente, nos momentos pré e pós-desinfecção concorrente utilizando álcool 70%. Os microrganismos foram qualificados em relação à espécie bacteriana, perfil de resistência aos antimicrobianos e quantificados em Unidades Formadoras de Colônia por centímetro quadrado (UFC/cm2) da superfície analisada. Dados de culturas microbiológicas dos pacientes hospitalizados nos leitos estudados foram extraídos do prontuário eletrônico, e seus resultados foram comparados aos das culturas ambientais realizadas nesta pesquisa. Resultados: Foram analisadas 14 unidades do paciente, sendo oito de terapia intensiva adulto e seis do centro de queimados. Na análise quantitativa, as superfícies que apresentaram maior contagem de UFC no momento pré-desinfecção foram o painel touch screen do ventilador mecânico (6040 UFC/mL - 85,71%), seguido da bancada lateral (2380 UFC/mL - 57,14%) e grade lateral da cama (650 UFC/mL – 42,86%). No momento pós-desinfecção foi observado redução total de 73,87% no crescimento bacteriano em todas as superfícies, sendo mais expressiva a redução na unidade de terapia intensiva de queimados (80,46%). Do total de superfícies analisadas (42), houve crescimento bacteriano em 26 (62,0%) no momento da pré-desinfecção. Dessas 17 (65,3%) superfícies alcançaram redução total na contaminação ambiental após a desinfecção. Na análise de farmacorresistência, dos 14 pacientes analisados, 13 (92,86%) apresentavam alguma infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes. Em relação às amostras clínicas, a resistência antimicrobiana mais frequente foi aos carbapenêmicos (64,0%), com prevalência do microrganismo Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos (28,0%). Na amostra ambiental, evidenciou-se contaminação de 11 unidades (78,57%) sendo A. baumannii resistente aos carbapenêmicos (47,05%) o microrganismo mais frequente. Entre os pacientes hospitalizados nos leitos investigados, 57,14% (8) apresentavam concordância da espécie e perfil fenotípico de resistência entre as amostras clínicas e ambientais. Conclusão: Os resultados do presente estudo evidenciaram que em ambas as unidades de terapia intensiva as superfícies dos painéis touch screen dos ventiladores mecânicos apresentaram maior frequência de contaminação. Houve redução expressiva na contagem quantitativa de microrganismos para as duas unidades após a desinfecção com álcool 70%, comprovando sua efetividade. Observou-se também a presença de microrganismos farmacorresistentes nas superfícies da unidade do paciente em terapia intensiva, com destaque para as superfícies das camas e prevalência de resistência aos carbapenêmicos. Encontrou-se elevada concordância entre as espécies e perfil fenotípico dos isolados clínicos e ambientais. |
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