Efeito da nanopartícula de ferrihidrita contra estresse oxidativo promovido por herbicidas em ratas Wistar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Leonardo França de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17068
Resumo: O Brasil é uma das maiores potências agrícolas do mundo. Essa elevada produção se deve ao emprego de agrotóxicos, principalmente os herbicidas. Uma forma de avaliar efeitos tóxicos em seres vivos é por meio do estresse oxidativo, que é caracterizado por um desbalanço a favor de pró-oxidantese contra a capacidade do organismo em combater suas ações por meio das defesas antioxidantes. Trabalhos mostram que o glifosato, Roundup® e a atrazina são capazes de provocar danos oxidativos em lipídeos e proteínas pela diminuição das defesas antioxidantes ou aumento de espécies reativas. Neste contexto, as nanopartículas de óxido de ferro, como a ferrihidrita, por terem a capacidade de adsorver contaminantes, apresentam potencial capacidade de minimizar esses efeitos. Desta forma, este trabalho avaliou a capacidade de proteção da nanopartícula de ferrihidrita contra alterações provocadas pelo glifosato, Roundup® e atrazina. Para isso, 72 fêmeas adultas de ratos Wistar foram organizadas em grupos que receberam os contaminantes ou a ferrihidrita isolados, ou a associação de ambos; o grupo controle recebeu água de torneira. O estresse oxidativo foi determinado pelas análises da glutationa reduzida (GSH), catalase (CAT), glutationa-S-transferase (GST), carbonilação proteica (PCO) e lipoperoxidação (LPO), nos tecidos hepático, renal e cerebral e acetilcolinesterase (AChE) no cérebro. Animais expostos à ferrihidrita isolada apresentaram redução da PCO no fígado e diminuição da atividade da GST no cérebro. O glifosato reduziu a PCO no fígado e a LPO e PCO no rim e aumentou a concentração de GSH no fígado, sendo que a ferrihidrita associada ao glifosato evitou essas alterações. A ferrihidrita evitou a redução da LPO no rim, mas não o aumento da concentração de GSH no cérebro, promovidos pelo Roundup®. A ferrihidrita evitou a diminuição da atividade da CAT no rim, mas não o aumento da GSH e redução da LPO, no cérebro, promovidos pela atrazina. Não houve alteração de AChE no cérebro exceto aumento da enzima para o grupo que recebeu a associação da nanopatícula com a atrazina.Sendo assim, conclui-se que a ferrihidrita foi capaz de evitar parcialmente as alterações de estresse oxidativo causadas pelo glifosato, Roundup® e atrazina.
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Trabalhos mostram que o glifosato, Roundup® e a atrazina são capazes de provocar danos oxidativos em lipídeos e proteínas pela diminuição das defesas antioxidantes ou aumento de espécies reativas. Neste contexto, as nanopartículas de óxido de ferro, como a ferrihidrita, por terem a capacidade de adsorver contaminantes, apresentam potencial capacidade de minimizar esses efeitos. Desta forma, este trabalho avaliou a capacidade de proteção da nanopartícula de ferrihidrita contra alterações provocadas pelo glifosato, Roundup® e atrazina. Para isso, 72 fêmeas adultas de ratos Wistar foram organizadas em grupos que receberam os contaminantes ou a ferrihidrita isolados, ou a associação de ambos; o grupo controle recebeu água de torneira. O estresse oxidativo foi determinado pelas análises da glutationa reduzida (GSH), catalase (CAT), glutationa-S-transferase (GST), carbonilação proteica (PCO) e lipoperoxidação (LPO), nos tecidos hepático, renal e cerebral e acetilcolinesterase (AChE) no cérebro. Animais expostos à ferrihidrita isolada apresentaram redução da PCO no fígado e diminuição da atividade da GST no cérebro. O glifosato reduziu a PCO no fígado e a LPO e PCO no rim e aumentou a concentração de GSH no fígado, sendo que a ferrihidrita associada ao glifosato evitou essas alterações. A ferrihidrita evitou a redução da LPO no rim, mas não o aumento da concentração de GSH no cérebro, promovidos pelo Roundup®. A ferrihidrita evitou a diminuição da atividade da CAT no rim, mas não o aumento da GSH e redução da LPO, no cérebro, promovidos pela atrazina. Não houve alteração de AChE no cérebro exceto aumento da enzima para o grupo que recebeu a associação da nanopatícula com a atrazina.Sendo assim, conclui-se que a ferrihidrita foi capaz de evitar parcialmente as alterações de estresse oxidativo causadas pelo glifosato, Roundup® e atrazina.Brazil is one of the greatest agricultural powers in the world. This high production is due to the use of pesticides, mainly herbicides. One way to assess toxic effects in living beings is through oxidative stress, which is characterized by an imbalance in favor of pro-oxidant and against the body's ability to combat its actions through antioxidant defenses. Studies show that glyphosate, Roundup® and atrazine are capable of causing oxidative damage to lipids and proteins by reducing antioxidant defenses or increasing reactive species. In this context, iron oxide nanoparticles, such as ferrihydrite, due to their ability to adsorb contaminants, have the potential to minimize these effects. Thus, this work evaluated the protective capacity of the ferrihydrite nanoparticle against alterations caused by glyphosate, Roundup® and atrazine. For this, 72 adult female Wistar rats were organized into groups that received isolated contaminants or ferrihydrite, or a combination of both; the control group received tap water. Oxidative stress was determined by analysis of reduced glutathione (GSH), catalase (CAT), glutathione-S-transferase (GST), protein carbonylation (PCO) and lipoperoxidation (LPO) in liver, kidney and brain tissues and acetylcholinesterase (AChE) in the brain. Animals exposed to isolated ferrihydrite showed a reduction in PCO in the liver and a decrease in GST activity in the brain. Glyphosate reduced PCO in the liver and LPO and PCO in the kidney and increased the concentration of GSH in the liver, and ferrihydrite associated with glyphosate prevented these changes. Ferrihydrite prevented the reduction of LPO, in the kidney, but not the increase in the concentration of GSH, in the brain, promoted by Roundup®. Ferrihydrite prevented the decrease in CAT activity in the kidney, but not the increase in GSH and reduction in LPO in the brain, promoted by atrazine. There was no change in AChE in the brain, except for an increase in the enzyme for the group that received the association of the nanoparticle with atrazine. Therefore, it is concluded that ferrihydrite was able to partially avoid the changes in oxidative stress caused by glyphosate, Roundup® and atrazine.Zaia, Cássia Thais Bussamra VieiraAndrade, Fábio Goulart deVerri Junior, Waldiceu AparecidoOliveira, Lucas Leonardo França de2024-07-24T12:11:12Z2024-07-24T12:11:12Z2023-06-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17068porCCB - Departamento de Ciências FisiológicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências FisiológicasUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina49 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-25T06:07:27Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17068Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-25T06:07:27Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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