Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moralez, Alane Tatiana Pereira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15265
Resumo: Resumo: Candida tropicalis é um patógeno humano associado a altas taxas de mortalidade O switching fenotípico é um importante fator de virulência desta espécie Este estudo foi realizado para avaliar, primeiramente, o efeito do switching fenotípico em C tropicalis quanto a dano celular em células FaDu e virulência em Galleria mellonella Para isso foram utilizados o isolado 497 e seus variantes e revertentes derivados de switching O variante crepe e seu revertente promoveram maior dano celular em células FaDu comparativamente ao do isolado parental Variantes de switching apresentaram virulência distinta em G mellonella Larvas infectadas com o variante crepe tiveram morte mais rápida comparada às larvas infectadas com o isolado parental Além disso, a carga fúngica foi 6,1 superior em larvas infectadas com o variante crepe comparada a de larvas infectadas com o parental O variante rugoso foi o menos virulento comparado ao parental Além disso, foi avaliado o efeito do switching na formação de biofilme, e verificadas a filamentação e a virulência em larvas de G mellonella por células planctônicas e sésseis recuperadas de biofilmes formados por morfotipos distintos O efeito do switching na formação de biofilme foi variável entre os sistemas de switching testados Células sésseis foram mais filamentosas do que células planctônicas para o revertente de crepe (497) Filamentação entre células sésseis do variante rugoso (497) foi maior comparativamente a do seu respectivo parental Virulência foi superior para larvas infectadas com células sésseis comparativamente à células planctônicas obtidas do revertente de crepe (isolado 497) e do isolado parental (isolado 711) Diferentemente, células planctônicas do variante enrugado (711) foram mais virulentas que células sésseis Células sésseis do variante crepe, e revertentes de crepe e enrugado apresentaram virulência superior à do seu respectivo isolado parental Por fim, colônias de padrões morfológicos liso e estruturado foram caracterizadas quanto a ultraestrutura e composição de matriz extracelular (carboidratos e proteínas) O variante rugoso (isolado 497) exibiu níveis superiores de ambos componentes do que seu respectivo parental Colônias de padrão estrutural liso do isolado 11 apresentaram quantidades superiores de carboidratos e proteínas, comparadas a colônias de mesmo fenótipo do isolado 497 Diferenças significativas foram observadas entre os níveis de carboidratos comparando os variantes crepes de ambos isolados Concluindo, foi demonstrado que o switching fenotípico tem efeito na virulência e em fatores de virulência de C tropicalis Este estudo relatou pela primeira vez a ocorrência de switching durante a infecção em G mellonella Pela primeira vez foi comparada a virulência de células sésseis e planctônicas a partir de biofilmes formados por isolados de switching fenotípico e avaliada a composição de matriz extracelular de colônias switching
id UEL_5dde7ab82e6e66e4943f6dcc444b4ee6
oai_identifier_str oai:repositorio.uel.br:123456789/15265
network_acronym_str UEL
network_name_str Repositório Institucional da UEL
repository_id_str
spelling Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulênciaFungos patogênicosCandidaVirulência (Microbiologia)Pathogenic fungiVirulence (Microbiology)Resumo: Candida tropicalis é um patógeno humano associado a altas taxas de mortalidade O switching fenotípico é um importante fator de virulência desta espécie Este estudo foi realizado para avaliar, primeiramente, o efeito do switching fenotípico em C tropicalis quanto a dano celular em células FaDu e virulência em Galleria mellonella Para isso foram utilizados o isolado 497 e seus variantes e revertentes derivados de switching O variante crepe e seu revertente promoveram maior dano celular em células FaDu comparativamente ao do isolado parental Variantes de switching apresentaram virulência distinta em G mellonella Larvas infectadas com o variante crepe tiveram morte mais rápida comparada às larvas infectadas com o isolado parental Além disso, a carga fúngica foi 6,1 superior em larvas infectadas com o variante crepe comparada a de larvas infectadas com o parental O variante rugoso foi o menos virulento comparado ao parental Além disso, foi avaliado o efeito do switching na formação de biofilme, e verificadas a filamentação e a virulência em larvas de G mellonella por células planctônicas e sésseis recuperadas de biofilmes formados por morfotipos distintos O efeito do switching na formação de biofilme foi variável entre os sistemas de switching testados Células sésseis foram mais filamentosas do que células planctônicas para o revertente de crepe (497) Filamentação entre células sésseis do variante rugoso (497) foi maior comparativamente a do seu respectivo parental Virulência foi superior para larvas infectadas com células sésseis comparativamente à células planctônicas obtidas do revertente de crepe (isolado 497) e do isolado parental (isolado 711) Diferentemente, células planctônicas do variante enrugado (711) foram mais virulentas que células sésseis Células sésseis do variante crepe, e revertentes de crepe e enrugado apresentaram virulência superior à do seu respectivo isolado parental Por fim, colônias de padrões morfológicos liso e estruturado foram caracterizadas quanto a ultraestrutura e composição de matriz extracelular (carboidratos e proteínas) O variante rugoso (isolado 497) exibiu níveis superiores de ambos componentes do que seu respectivo parental Colônias de padrão estrutural liso do isolado 11 apresentaram quantidades superiores de carboidratos e proteínas, comparadas a colônias de mesmo fenótipo do isolado 497 Diferenças significativas foram observadas entre os níveis de carboidratos comparando os variantes crepes de ambos isolados Concluindo, foi demonstrado que o switching fenotípico tem efeito na virulência e em fatores de virulência de C tropicalis Este estudo relatou pela primeira vez a ocorrência de switching durante a infecção em G mellonella Pela primeira vez foi comparada a virulência de células sésseis e planctônicas a partir de biofilmes formados por isolados de switching fenotípico e avaliada a composição de matriz extracelular de colônias switchingTese (Doutorado em Microbiologia) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em MicrobiologiaAbstract: Candida tropicalis is a human pathogen associated with high mortality rates The phenotypic switching is important virulence factor of this species This study was firstly carried out to evaluate the effect of phenotypic switching in C tropicalis regarding cell-damage in FaDu cells and virulence in Galleria mellonella To this, we employed C tropicalis isolate 497 and strains that arose by phenotypic switching denoted variants and revertants The crepe variant and its revertant caused increased FaDu cells damage compared to unswitched strain Switched variants exhibited distinct virulence in G mellonella Infected larvae with crepe variant had faster death compared to parental-strain infected larvae; besides, fungal burden was about 61-fold higher in infected larvae with crepe variant compared to parental strain The rough variant was less virulent compared to the parental strain Further, it was evaluated the effect of switching on biofilm formation, and assessed filamentous growth and virulence in G mellonella larvae of planktonic and sessile cells recovered from biofilms formed by distinct morphotypes The effect of phenotypic switching in biofilm formation was variable among switching system tested Sessile cells were more filamentous than planktonic cells for the revertant of crepe (497) Filamentation among sessile cells of the switch variant rough (497) was higher than that observed for its parental counterpart strain Virulence was higher for infected-G mellonella larvae with sessile cells than that observed for larvae infected with planktonic from revertant of crepe (isolate 497) and the parental strain (isolate 711) Differently, planktonic cells from wrinkle variant (711) were more virulent than sessile cells Sessile cells of the crepe variant, the revertant of crepe and the revertant of wrinkle showed higher virulence than their respective parental strains Finally, colonies of morphological patterns smooth and structured were characterized regarding ultrastructure and extracellular matrix composition (carbohydrates and protein) The rough variant (isolate 497) exhibited higher levels of both components than that observed for its parental counterpart Colonies exhibiting smooth structural pattern of isolate 11 showed higher amounts of carbohydrates and proteins, compared to colonies of the same phenotype of the isolate 497 Significant differences were observed between levels of carbohydrates from colonies of crepe variants from both isolates In conclusion, it was demonstrated that phenotypic switching affects virulence and virulence factors in C tropicalis This study reported for the first time the occurrence of switching during infection in G mellonella For the first time was compared virulence of sessile and planktonic cells from biofilms formed by switching phenotypic strains and assessed the composition of extracellular matrix from switching coloniesFurlaneto, Márcia Cristina [Orientador]Svidzinski, Terezinha Inez EstivaletNegri, Melyssa Fernanda NormanFurlaneto-Maia, LucianaAlmeida, Ricardo Sérgio Couto deMoralez, Alane Tatiana Pereira2024-05-01T14:46:38Z2024-05-01T14:46:38Z2015.0015.12.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15265porDoutoradoMicrobiologiaCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:11Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15265Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:11Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
dc.title.none.fl_str_mv Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
title Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
spellingShingle Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
Moralez, Alane Tatiana Pereira
Fungos patogênicos
Candida
Virulência (Microbiologia)
Pathogenic fungi
Virulence (Microbiology)
title_short Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
title_full Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
title_fullStr Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
title_full_unstemmed Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
title_sort Switching fenotípico em C. tropicalis : caracterização ultraestrutural de colônias e associação com virulência
author Moralez, Alane Tatiana Pereira
author_facet Moralez, Alane Tatiana Pereira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Furlaneto, Márcia Cristina [Orientador]
Svidzinski, Terezinha Inez Estivalet
Negri, Melyssa Fernanda Norman
Furlaneto-Maia, Luciana
Almeida, Ricardo Sérgio Couto de
dc.contributor.author.fl_str_mv Moralez, Alane Tatiana Pereira
dc.subject.por.fl_str_mv Fungos patogênicos
Candida
Virulência (Microbiologia)
Pathogenic fungi
Virulence (Microbiology)
topic Fungos patogênicos
Candida
Virulência (Microbiologia)
Pathogenic fungi
Virulence (Microbiology)
description Resumo: Candida tropicalis é um patógeno humano associado a altas taxas de mortalidade O switching fenotípico é um importante fator de virulência desta espécie Este estudo foi realizado para avaliar, primeiramente, o efeito do switching fenotípico em C tropicalis quanto a dano celular em células FaDu e virulência em Galleria mellonella Para isso foram utilizados o isolado 497 e seus variantes e revertentes derivados de switching O variante crepe e seu revertente promoveram maior dano celular em células FaDu comparativamente ao do isolado parental Variantes de switching apresentaram virulência distinta em G mellonella Larvas infectadas com o variante crepe tiveram morte mais rápida comparada às larvas infectadas com o isolado parental Além disso, a carga fúngica foi 6,1 superior em larvas infectadas com o variante crepe comparada a de larvas infectadas com o parental O variante rugoso foi o menos virulento comparado ao parental Além disso, foi avaliado o efeito do switching na formação de biofilme, e verificadas a filamentação e a virulência em larvas de G mellonella por células planctônicas e sésseis recuperadas de biofilmes formados por morfotipos distintos O efeito do switching na formação de biofilme foi variável entre os sistemas de switching testados Células sésseis foram mais filamentosas do que células planctônicas para o revertente de crepe (497) Filamentação entre células sésseis do variante rugoso (497) foi maior comparativamente a do seu respectivo parental Virulência foi superior para larvas infectadas com células sésseis comparativamente à células planctônicas obtidas do revertente de crepe (isolado 497) e do isolado parental (isolado 711) Diferentemente, células planctônicas do variante enrugado (711) foram mais virulentas que células sésseis Células sésseis do variante crepe, e revertentes de crepe e enrugado apresentaram virulência superior à do seu respectivo isolado parental Por fim, colônias de padrões morfológicos liso e estruturado foram caracterizadas quanto a ultraestrutura e composição de matriz extracelular (carboidratos e proteínas) O variante rugoso (isolado 497) exibiu níveis superiores de ambos componentes do que seu respectivo parental Colônias de padrão estrutural liso do isolado 11 apresentaram quantidades superiores de carboidratos e proteínas, comparadas a colônias de mesmo fenótipo do isolado 497 Diferenças significativas foram observadas entre os níveis de carboidratos comparando os variantes crepes de ambos isolados Concluindo, foi demonstrado que o switching fenotípico tem efeito na virulência e em fatores de virulência de C tropicalis Este estudo relatou pela primeira vez a ocorrência de switching durante a infecção em G mellonella Pela primeira vez foi comparada a virulência de células sésseis e planctônicas a partir de biofilmes formados por isolados de switching fenotípico e avaliada a composição de matriz extracelular de colônias switching
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 15.12.2015
2015.00
2024-05-01T14:46:38Z
2024-05-01T14:46:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15265
url https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15265
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Doutorado
Microbiologia
Centro de Ciências Biológicas
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv Londrina
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UEL
instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
instname_str Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron_str UEL
institution UEL
reponame_str Repositório Institucional da UEL
collection Repositório Institucional da UEL
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)
repository.mail.fl_str_mv bcuel@uel.br||
_version_ 1809823292318547968