Emergência da leishmaniose visceral canina no estado do Paraná, Brasil

• Autor(a) principal: Dias, Renata Cristina Ferreira
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16083
• topic: Leishmaniose visceral; Zoonoses; Paraná; Saúde pública; Periódicos; Visceral leishmaniasis; Public health

Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar a emergência da leishmaniose visceral canina no estado do Paraná, Brasil Foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania infantum em cães de localidades do município de Foz do Iguaçú, Paraná, Brasil, que fazem fronteira com Argentina e Paraguai Foram coletadas amostras de sangue de cães para realização de testes sorológicos: teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®), teste imunoenzimático indireto (ELISA) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI) No ano de 212, foram analisados 285 cães na fronteira com a Argentina e, em 213 foram coletadas amostras de soro de 396 cães na fronteira com o Paraguai Utilizando o método de ensaio imunoenzimático (ELISA) como triagem e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) como confirmatório a prevalência foi de 1,8% (5/285) na fronteira com a Argentina e de 3, (12/396) na fronteira com o Paraguai Com o teste imunocromatográfico (DPP®) como triagem e ELISA como confirmatório observou-se uma prevalência de 2,5% (7/285) na fronteira com Argentina e 5,1% (2/396) na fronteira com Paraguai, de animais sororreagentes Uma diferença estatisticamente significativa foi observada, em que a não coleta pública do lixo residencial pelo sistema público apresentou-se como uma variável de risco à leishmaniose visceral canina Com o objetivo de confirmar a espécie circulante da leishmaniose visceral canina em Foz do Iguaçu foi realizada a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em amostras de sangue e de aspirado de linfonodo de cães domiciliados no município Foram utilizados os iniciadores específicos para Leishmania infantum, RV1/RV2 e K26F/R, sendo o último utilizado para o sequenciamento e confirmação da espécie dos isolados Em uma primeira etapa, foram coletadas três amostras de aspirado de linfonodo e, 46 amostras de camada leucocitária Foram amplificados para os iniciadores RV1/RV2 e K26F/R, 1% (3/3) dos isolados das amostras de aspirado de linfonodo e ,6% (1/15) de camada leucocitária Das amostras de camada leucocitária, foram amplificados 66,7% (1/15), para RV1/RV2 Na segunda etapa, foram coletadas amostras de camada leucocitária de 376 cães de 2 localidades, próximas ao Paraguai, rio Paraná, centro e periferia da cidade Dois isolados (2/376) foram obtidos e amplificados para o iniciador RV1/RV2 e K26F/R As amostras de camada leucocitária foram amplificadas com RV1/RV2 e, 2,5% (77/376) foram positivas As análises da sequências de 6 isolados comprovou a espécie como L infantum A autoctonia dos isolados foi confirmada em inquérito epidemiológico realizada em pesquisa prévia, em que 1% dos cães nunca haviam saído do município O estudo confirma a emergência da leishmaniose visceral canina no estado do Paraná ao verificar a ocorrência de cães soro reagentes para leishmaniose visceral na fronteira com a Argentina e Paraguai, em área com características ambientais e geográficas que favorecem a dispersão do parasito e, a identificação da L infantum em amostras de cães no município de Foz do Iguaçu Os dados da pesquisa fornecem subsídios para novas pesquisas com uma abordagem em Saúde Única e, medidas de controle devem ser delineadas e implementadas como o objetivo de controlar a dispersão da zoonose e casos humanos de leishmaniose visceral