A largura da faixa reflorestada afeta a formação da cobertura florestal em reflorestamentos com espécies nativas?

• Autor(a) principal: Chimentão, Roberto Santa Rosa
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17572
• topic: Cobertura vegetal; Ecologia da paisagem; Efeito de borda; Reflorestamento; Restauração ativa; Ciências Biológicas - Ecologia; Ciências Biológicas - Ecologia; Active restoration; Edge effect; Forest coverage; Landscape ecology; Reforestation

Fatores como a extração seletiva de madeira no interior de florestas, efeitos de borda, especialmente microclimáticos, efeitos do tamanho do fragmento e da distância entre fragmentos afetam a conservação da biodiversidade (BERENGUER et al., 2014; BARLOW et al., 2016). Como ecossistemas em restauração também estão sujeitos a esses fatores, a recuperação pode ser comprometida à medida que esses fatores se apresentam na paisagem. O presente trabalho teve como objetivo avaliar 32 polígonos reflorestados a partir de 2002 através de sensoriamento remoto para investigar a formação da cobertura florestal observável em 2023 e, se há relação entre a cobertura vegetal proporcional dos polígonos reflorestados com fatores como área dos polígonos (ha), distância dos polígonos ao remanescente florestal mais próximo (m) e largura média da faixa de reflorestamento (m). Foi utilizado um Sistema de Informações Geográficas (SIG) através do software QGIS (ver.3.6.6) para coleta e processamento dos dados. Foi realizado um modelo linear generalizado na tentativa de estabelecer relação entre as 3 variáveis com a variável resposta. Não foi possível observar diferença significativa entre as 3 variáveis com a variável resposta, o que sugere que os fatores não surtem efeito na paisagem com a idade atual dos reflorestamentos. A resposta para essa hipótese pode estar justamente nas lacunas encontradas, como a falta de reflorestamentos mais antigos que os aqui estudados, dificultando na previsão dos resultados, ou mesmo nas limitações impostas pelas ferramentas via sensoriamento remoto, como a resolução espacial das bandas espectrais. Também, a forma de restauração ativa foi conduzida pode ter interferência por longos anos no sistema, seja de forma positiva ou negativa. Portanto, a ecologia da restauração ainda possui lacunas com relação aos efeitos na paisagem de reflorestamentos de diferentes idades, o que deve servir como motivação para trabalhos que buscam uma melhor compreensão e melhor efetividade quanto aos esforços na restauração ecológica.