Diversidade genética e estrutura de populações de Euglossa stellfeldi (Apidae, Euglossina) de remanescentes de Mata Atlântica da costa brasileira
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9245 |
Resumo: | Resumo: A subtribo Euglossina (Hymenoptera, Apidae) é amplamente distribuída na região Neotropical, sendo mais diversificada e abundante em florestas úmidas O grupo teve sua origem provavelmente na região da bacia Amazônica e diversas espécies ocorrem em diferentes formações vegetais Na Mata Atlântica (MA) ocorrem cerca de 5 espécies do grupo, sendo metade destas endêmicas a este bioma Euglossa stellfeldi Moure, 1947 é uma espécie de abelha das orquídeas (Apidae, Euglossina) endêmica da MA, apresentando uma distribuição que abrange áreas do sul (Santa Catarina) ao nordeste do Brasil (Alagoas) Como observado para outras espécies de Euglossina, populações de E stellfeldi apresentam variações na coloração do integumento ao longo de sua distribuição, variando de azul-esverdeado ou azulado na região sul e coloração verde em direção à distribuição norte da espécie Outro aspecto relevante diz respeito ao fato de pouco se saber sobre a estrutura genética de populações de E stellfeldi de ambientes insulares em relação às de áreas continentais Assim, este estudo teve como objetivo investigar a diversidade genética e estrutura de populações de E stellfeldi amostradas em remanescentes de MA ocupando áreas continentais e ilhas, localizados ao longo das regiões sul e sudeste As análises genéticas envolveram populações de 12 localidades, como segue: na região sul (JO: Joinville/SC, SF: São Francisco do Sul/SC, IS: Ilha do Superagui-Guaraqueçaba/PR, SM: Salto Morato-Guaraqueçaba/PR) e na região sudeste (IC: Ilha do Cardoso-Cananeia/SP, CA: Cananeia/SP, BE: Bertioga/SP, SS: São Sebastião/SP, IB: Ilhabela/SP, BU: Ilha dos Búzios-Ilhabela/SP, IA: Ilha Anchieta-Ubatuba/SP, UB: Picinguaba-Ubatuba/SP) Nas análises foram empregados marcadores nucleares (microssatélites) e mitocondriais (citb e COI) Para as análises de microssatélites foram amplificados 11 locos e genotipados 37 machos, foram identificados 139 alelos nas diferentes amostras Para todos os estimadores de diversidade genética, a população de BU, a menor ilha dentre todas analisadas, foi a que apresentou os menores valores O estimador FST (,1) global indicou uma diferenciação genética significativa (p < ,5) entre as populações analisadas As comparações par a par, baseadas nos estimadores (FST e Dest), indicaram diferenciação genética significativa (p < ,5) em 47 dos 55 pares de amostras analisadas Nas análises mitocondriais foram utilizados 16 machos e analisada uma sequência concatenada de 1132 pb, sendo 46 pb do gene citb e 672 do gene COI, que resultaram em oito haplótipos identificados Os marcadores mitocondriais revelaram níveis mais altos de estruturação genética do que os obtidos com os nucleares Apenas para os marcadores mitocondriais foi encontrada correlação positiva significativa (R²=,5268; p=,1) entre as distâncias genética (mt-FST) e geográfica (km) Apesar da baixa variação na sequência mitocondrial analisada, os resultados permitem sugerir uma possível quebra filogeográfica entre dois conjuntos de populações, um destes reunindo cinco populações acima de BE, que compartilharam de forma exclusiva o haplótipo 6 e, outro formado por seis populações mais ao sul de BE, compartilhando exclusivamente o haplótipo 1 A população de BE apresentou ambos os haplótipos e se mostrou como uma possível área de hibridização Como já sugerido para outras espécies da subtribo, os resultados obtidos apontam para os machos como sexo dispersor também para E stellfeldi |
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Diversidade genética e estrutura de populações de Euglossa stellfeldi (Apidae, Euglossina) de remanescentes de Mata Atlântica da costa brasileiraAbelhaMata AtlânticaMarcadores genéticosDiferenciação genéticaBeeGenetic markersMata Atlântica (Brazil)Resumo: A subtribo Euglossina (Hymenoptera, Apidae) é amplamente distribuída na região Neotropical, sendo mais diversificada e abundante em florestas úmidas O grupo teve sua origem provavelmente na região da bacia Amazônica e diversas espécies ocorrem em diferentes formações vegetais Na Mata Atlântica (MA) ocorrem cerca de 5 espécies do grupo, sendo metade destas endêmicas a este bioma Euglossa stellfeldi Moure, 1947 é uma espécie de abelha das orquídeas (Apidae, Euglossina) endêmica da MA, apresentando uma distribuição que abrange áreas do sul (Santa Catarina) ao nordeste do Brasil (Alagoas) Como observado para outras espécies de Euglossina, populações de E stellfeldi apresentam variações na coloração do integumento ao longo de sua distribuição, variando de azul-esverdeado ou azulado na região sul e coloração verde em direção à distribuição norte da espécie Outro aspecto relevante diz respeito ao fato de pouco se saber sobre a estrutura genética de populações de E stellfeldi de ambientes insulares em relação às de áreas continentais Assim, este estudo teve como objetivo investigar a diversidade genética e estrutura de populações de E stellfeldi amostradas em remanescentes de MA ocupando áreas continentais e ilhas, localizados ao longo das regiões sul e sudeste As análises genéticas envolveram populações de 12 localidades, como segue: na região sul (JO: Joinville/SC, SF: São Francisco do Sul/SC, IS: Ilha do Superagui-Guaraqueçaba/PR, SM: Salto Morato-Guaraqueçaba/PR) e na região sudeste (IC: Ilha do Cardoso-Cananeia/SP, CA: Cananeia/SP, BE: Bertioga/SP, SS: São Sebastião/SP, IB: Ilhabela/SP, BU: Ilha dos Búzios-Ilhabela/SP, IA: Ilha Anchieta-Ubatuba/SP, UB: Picinguaba-Ubatuba/SP) Nas análises foram empregados marcadores nucleares (microssatélites) e mitocondriais (citb e COI) Para as análises de microssatélites foram amplificados 11 locos e genotipados 37 machos, foram identificados 139 alelos nas diferentes amostras Para todos os estimadores de diversidade genética, a população de BU, a menor ilha dentre todas analisadas, foi a que apresentou os menores valores O estimador FST (,1) global indicou uma diferenciação genética significativa (p < ,5) entre as populações analisadas As comparações par a par, baseadas nos estimadores (FST e Dest), indicaram diferenciação genética significativa (p < ,5) em 47 dos 55 pares de amostras analisadas Nas análises mitocondriais foram utilizados 16 machos e analisada uma sequência concatenada de 1132 pb, sendo 46 pb do gene citb e 672 do gene COI, que resultaram em oito haplótipos identificados Os marcadores mitocondriais revelaram níveis mais altos de estruturação genética do que os obtidos com os nucleares Apenas para os marcadores mitocondriais foi encontrada correlação positiva significativa (R²=,5268; p=,1) entre as distâncias genética (mt-FST) e geográfica (km) Apesar da baixa variação na sequência mitocondrial analisada, os resultados permitem sugerir uma possível quebra filogeográfica entre dois conjuntos de populações, um destes reunindo cinco populações acima de BE, que compartilharam de forma exclusiva o haplótipo 6 e, outro formado por seis populações mais ao sul de BE, compartilhando exclusivamente o haplótipo 1 A população de BE apresentou ambos os haplótipos e se mostrou como uma possível área de hibridização Como já sugerido para outras espécies da subtribo, os resultados obtidos apontam para os machos como sexo dispersor também para E stellfeldiDissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularAbstract: The subtribe Euglossina (Hymenoptera, Apidae), is largely distributed in the Neotropical region, being highly diverse and abundant in rainforests This group had its probable origin in the Amazon basin region and several species occur in different plant formations In the Atlantic Forest (AF) happen around to the 5 species of this group, being half of these endemic to this biome Euglossa stellfeldi Moure, 1947 is a bee species of the orchids (Apidae, Euglossina) endemic to the AF, showing a distribution that covers south regions (Santa Catarina) to the northeast of Brazil (Alagoas) As observed for others Euglossina species, populations of E stellfeldi showed color variations to the integument throughout its distribution, switching from blue-green or bluish in the southern region and green color towards the northern distribution of the species Another relevant feature concerns the fact that little is known about the genetic structure to the E stellfeldi populations from insular environments in front of continental regions Therefore, this study aimed to investigate the genetic diversity and structure of E stellfeldi populations sampled in AF remnants from continental and island areas, located along the south and southeast regions Genetic analyzes involved populations from 12 places, as follows: in south region (JO: Joinville/SC, SF: São Francisco do Sul/SC, IS: Ilha do Superagui-Guaraqueçaba/PR, SM: Salto Morato-Guaraqueçaba/PR) and in the southeast region (IC: Ilha do Cardoso-Cananeia/SP, CA: Cananeia/SP, BE: Bertioga/SP, SS: São Sebastião/SP, IB: Ilhabela/SP, BU: Ilha dos Búzios-Ilhabela/SP, IA: Ilha Anchieta-Ubatuba/SP, UB: Picinguaba-Ubatuba/SP) In the analyzes were used nuclear (microsatellite) and mitochondrial markers (citb and COI) For the microsatellite analysis, 11 loci were amplified and genotyped 37 males, were identified 139 alleles in the different samples For all genetic diversity estimators, the BU population, the smallest island among all analyzed, was the one with the lowest values The FST (1) global estimator indicated a significant genetic differentiation (p <5) among the populations analyzed Peer-to-peer comparisons, based on the estimators (FST and Dest), showed significant genetic differentiation (p <5) in 47 of the 55 samples pairs analyzed For mitochondrial analyzes, 16 males were used and a concatenated sequence of 1132 bp was analyzed, being 46 bp of the gene cyt b and 672 of the COI gene, which resulted in eight haplotypes identified Mitochondrial markers revealed higher levels of genetic structuration than observed with nuclear ones Just mitochondrial markers showed a significant positive correlation (R² = 5268; p = 1) between genetic (mt- FST) and geographic (km) distances Although, to the low variation in the mitochondrial sequence analyzed, the results suggest a possible phylogenetic break between two populations, one of these bringing together five populations above BE, that shared exclusively the haplotype 6 and other one formed by six populations from south of BE, sharing exclusively haplotype 1 The BE population presented both haplotypes and showed as a possible area of hybridization As previously suggested for other species of the subtribe, the results obtained show the males as dispersing sex for E stellfeldiSofia, Silvia Helena [Orientador]Ruvolo-Takasusuki, Maria Claudia CollaFreiria, Gabriele AnticoDiniz, Thais Kotelok2024-05-01T11:52:09Z2024-05-01T11:52:09Z2019.0022.02.2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/9245porMestradoGenética e Biologia MolecularCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-graduação em Genética e Biologia MolecularEMBRAPALondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:32Zoai:repositorio.uel.br:123456789/9245Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:32Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Resumo: A subtribo Euglossina (Hymenoptera, Apidae) é amplamente distribuída na região Neotropical, sendo mais diversificada e abundante em florestas úmidas O grupo teve sua origem provavelmente na região da bacia Amazônica e diversas espécies ocorrem em diferentes formações vegetais Na Mata Atlântica (MA) ocorrem cerca de 5 espécies do grupo, sendo metade destas endêmicas a este bioma Euglossa stellfeldi Moure, 1947 é uma espécie de abelha das orquídeas (Apidae, Euglossina) endêmica da MA, apresentando uma distribuição que abrange áreas do sul (Santa Catarina) ao nordeste do Brasil (Alagoas) Como observado para outras espécies de Euglossina, populações de E stellfeldi apresentam variações na coloração do integumento ao longo de sua distribuição, variando de azul-esverdeado ou azulado na região sul e coloração verde em direção à distribuição norte da espécie Outro aspecto relevante diz respeito ao fato de pouco se saber sobre a estrutura genética de populações de E stellfeldi de ambientes insulares em relação às de áreas continentais Assim, este estudo teve como objetivo investigar a diversidade genética e estrutura de populações de E stellfeldi amostradas em remanescentes de MA ocupando áreas continentais e ilhas, localizados ao longo das regiões sul e sudeste As análises genéticas envolveram populações de 12 localidades, como segue: na região sul (JO: Joinville/SC, SF: São Francisco do Sul/SC, IS: Ilha do Superagui-Guaraqueçaba/PR, SM: Salto Morato-Guaraqueçaba/PR) e na região sudeste (IC: Ilha do Cardoso-Cananeia/SP, CA: Cananeia/SP, BE: Bertioga/SP, SS: São Sebastião/SP, IB: Ilhabela/SP, BU: Ilha dos Búzios-Ilhabela/SP, IA: Ilha Anchieta-Ubatuba/SP, UB: Picinguaba-Ubatuba/SP) Nas análises foram empregados marcadores nucleares (microssatélites) e mitocondriais (citb e COI) Para as análises de microssatélites foram amplificados 11 locos e genotipados 37 machos, foram identificados 139 alelos nas diferentes amostras Para todos os estimadores de diversidade genética, a população de BU, a menor ilha dentre todas analisadas, foi a que apresentou os menores valores O estimador FST (,1) global indicou uma diferenciação genética significativa (p < ,5) entre as populações analisadas As comparações par a par, baseadas nos estimadores (FST e Dest), indicaram diferenciação genética significativa (p < ,5) em 47 dos 55 pares de amostras analisadas Nas análises mitocondriais foram utilizados 16 machos e analisada uma sequência concatenada de 1132 pb, sendo 46 pb do gene citb e 672 do gene COI, que resultaram em oito haplótipos identificados Os marcadores mitocondriais revelaram níveis mais altos de estruturação genética do que os obtidos com os nucleares Apenas para os marcadores mitocondriais foi encontrada correlação positiva significativa (R²=,5268; p=,1) entre as distâncias genética (mt-FST) e geográfica (km) Apesar da baixa variação na sequência mitocondrial analisada, os resultados permitem sugerir uma possível quebra filogeográfica entre dois conjuntos de populações, um destes reunindo cinco populações acima de BE, que compartilharam de forma exclusiva o haplótipo 6 e, outro formado por seis populações mais ao sul de BE, compartilhando exclusivamente o haplótipo 1 A população de BE apresentou ambos os haplótipos e se mostrou como uma possível área de hibridização Como já sugerido para outras espécies da subtribo, os resultados obtidos apontam para os machos como sexo dispersor também para E stellfeldi |
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