Pandemia COVID-19: evidências de condições de saúde, trabalho e estratégias de enfrentamento entre trabalhadores da saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17312 |
Resumo: | Crises sanitárias decorrentes de pandemias acompanham a humanidade e a depender do potencial pandêmico, podem impactar diretamente a vida das pessoas. Na perspectiva da pandemia da COVID-19, os imunizantes trouxeram alívio para a população e para os trabalhadores da área da saúde, principalmente da enfermagem, os quais foram impactados pela nova rotina tanto nas suas vidas pessoais como no trabalho. Em decorrência disto, nota-se a importância de encontrar meios para minimizar o impacto na saúde mental dos trabalhadores da saúde. Para tanto, este estudo teve como objetivos verificar as condições de saúde, de trabalho e de enfrentamento dos trabalhadores da enfermagem, pré e pós vacinação ocupacional contra COVID-19 e analisar as evidências disponíveis na literatura sobre estratégias psicossociais utilizadas por profissionais da saúde para o autocuidado, no enfrentamento de pandemias. O primeiro foi um estudo quase-experimental, do tipo pré e pós-intervenção com grupo único, realizado com 173 trabalhadores de enfermagem de oito serviços públicos de saúde dos três níveis de complexidade na região metropolitana de uma cidade do norte do Paraná. A coleta foi realizada no período de outubro de 2020 a maio de 2021. Utilizaram-se os seguintes instrumentos para a coleta: dados sociodemográficos e ocupacionais, Escala de Coping Ocupacional, Pittsburgh Sleep Quality Index, Oldenburg Burnout Inventory, World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument. A coleta de dados ocorreu antes e após a intervenção utilizada, que neste estudo, foi a vacinação dos trabalhadores da enfermagem contra aCOVID-19. Os dados coletados foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 24.0. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro Will que determinou quais escalas apresentavam as variáveis score paramétricas e não paramétricas. Para as paramétricas utilizou-se média com desvio padrão e o teste-t de Student pareado, já para as não paramétricas foi realizado o teste de McNemar. Considerou-se estatisticamente significativo p>0,05 para todas as análises realizadas. No primeiro estudo,60% trabalhavam em instituições de referência para COVID-19 no período pós-vacinação, e desses profissionais, 22% faziam uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual preconizados. Verificou-se que mesmo após a vacinação contra a COVID-19, os trabalhadores não melhoraram os índices de estresse, Burnout, distúrbios do sono e qualidade de vida. Dessa forma, a vacinação pode ser tratada como ótima estratégia para interromper a transmissão do vírus e diminuir a gravidade dos sintomas apresentados por aqueles contaminados, mas não se pode afirmar que quando os profissionais da enfermagem foram vacinados, ocorreram uma melhora nas condições de saúde e de trabalho desses profissionais.O segundo estudo foi uma revisão integrativa da literatura, para apresentar os dados referentes às formas de enfrentamento às pandemias, por parte dos profissionais da saúde. Os dados foram coletados em sete bases de dados. Foram incluídos no estudo 17 artigos que obedeceram aos critérios de elegibilidade. Os dados foram apresentados em forma de quadros e discutido os achados científicos. As principais estratégias encontradas para o enfrentamento, foram: atitudes positivas, conhecimento sobre a doença, medidas rigorosas de prevenção, suporte multidimensional e institucional, medidas de autocuidado e enfrentamento religioso |
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Pandemia COVID-19: evidências de condições de saúde, trabalho e estratégias de enfrentamento entre trabalhadores da saúdePandemic COVID-19: evidence from health conditions, work and Coping strategies among healthcare workersSaúde mentalSaúde PúblicaCOVID-19Doença endêmicaComunicação em saúdeCiências da Saúde - EnfermagemCOVID-19Pandemic, 2020Communication in healthEndemic diseasePublic HealthCrises sanitárias decorrentes de pandemias acompanham a humanidade e a depender do potencial pandêmico, podem impactar diretamente a vida das pessoas. Na perspectiva da pandemia da COVID-19, os imunizantes trouxeram alívio para a população e para os trabalhadores da área da saúde, principalmente da enfermagem, os quais foram impactados pela nova rotina tanto nas suas vidas pessoais como no trabalho. Em decorrência disto, nota-se a importância de encontrar meios para minimizar o impacto na saúde mental dos trabalhadores da saúde. Para tanto, este estudo teve como objetivos verificar as condições de saúde, de trabalho e de enfrentamento dos trabalhadores da enfermagem, pré e pós vacinação ocupacional contra COVID-19 e analisar as evidências disponíveis na literatura sobre estratégias psicossociais utilizadas por profissionais da saúde para o autocuidado, no enfrentamento de pandemias. O primeiro foi um estudo quase-experimental, do tipo pré e pós-intervenção com grupo único, realizado com 173 trabalhadores de enfermagem de oito serviços públicos de saúde dos três níveis de complexidade na região metropolitana de uma cidade do norte do Paraná. A coleta foi realizada no período de outubro de 2020 a maio de 2021. Utilizaram-se os seguintes instrumentos para a coleta: dados sociodemográficos e ocupacionais, Escala de Coping Ocupacional, Pittsburgh Sleep Quality Index, Oldenburg Burnout Inventory, World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument. A coleta de dados ocorreu antes e após a intervenção utilizada, que neste estudo, foi a vacinação dos trabalhadores da enfermagem contra aCOVID-19. Os dados coletados foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 24.0. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro Will que determinou quais escalas apresentavam as variáveis score paramétricas e não paramétricas. Para as paramétricas utilizou-se média com desvio padrão e o teste-t de Student pareado, já para as não paramétricas foi realizado o teste de McNemar. Considerou-se estatisticamente significativo p>0,05 para todas as análises realizadas. No primeiro estudo,60% trabalhavam em instituições de referência para COVID-19 no período pós-vacinação, e desses profissionais, 22% faziam uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual preconizados. Verificou-se que mesmo após a vacinação contra a COVID-19, os trabalhadores não melhoraram os índices de estresse, Burnout, distúrbios do sono e qualidade de vida. Dessa forma, a vacinação pode ser tratada como ótima estratégia para interromper a transmissão do vírus e diminuir a gravidade dos sintomas apresentados por aqueles contaminados, mas não se pode afirmar que quando os profissionais da enfermagem foram vacinados, ocorreram uma melhora nas condições de saúde e de trabalho desses profissionais.O segundo estudo foi uma revisão integrativa da literatura, para apresentar os dados referentes às formas de enfrentamento às pandemias, por parte dos profissionais da saúde. Os dados foram coletados em sete bases de dados. Foram incluídos no estudo 17 artigos que obedeceram aos critérios de elegibilidade. Os dados foram apresentados em forma de quadros e discutido os achados científicos. As principais estratégias encontradas para o enfrentamento, foram: atitudes positivas, conhecimento sobre a doença, medidas rigorosas de prevenção, suporte multidimensional e institucional, medidas de autocuidado e enfrentamento religiosoHealth crises resulting from pandemics accompany humanity and, depending on the pandemic potential, can directly impact people's lives. In the perspective of the COVID-19 pandemic, immunizers brought relief to the population and to healthcare workers, especially nurses, who were impacted by the new routine both in their personal lives and at work. As a result, it is important to find ways to minimize the impact on the mental health of health care workers. To this end, this study aimed to verify the health, work, and Coping conditions of nursing workers pre and post occupational vaccination against COVID-19 and to analyze the evidence available in the literature on psychosocial strategies used by healthcare workers for self-care in Coping with pandemics. The first is a quasi-experimental study, of the pre- and post-intervention type with a single group, carried out with 173 nursing workers from eight public health services of the three levels of complexity in the metropolitan region of a city in northern Paraná. The collection was carried out in the period from October 2020 to May 2021. The following instruments were used for the collection: sociodemographic and occupational data, Occupational Coping Scale, Pittsburgh Sleep Quality Index, Oldenburg Burnout Inventory, World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument. Data collection occurred before and after the intervention used, which in this study was the vaccination of nursing workers against COVID-19. The data collected were analyzed by the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) program, version 24.0. The Shapiro Will normality test was performed to determine which scales had the parametric and nonparametric score variables. For the parametric scales the mean with standard deviation and paired Student's t-test were used, while for the non-parametric scales McNemar's test was used. P>0.05 was considered statistically significant for all analyses performed. In the first study, 60% worked in reference institutions for COVID-19 in the post-vaccination period, and of these professionals, 22% used all the recommended Personal Protective Equipment. It was found that even after vaccination against COVID-19, the workers did not improve their rates of stress, burnout, sleep disorders, and quality of life. Thus, vaccination can be treated as an excellent strategy to interrupt virus transmission and reduce the severity of symptoms presented by those contaminated, but it cannot be said that when nursing professionals were vaccinated, there was an improvement in the health and working conditions of these professionals. The second study is an integrative literature review, to present data related to the ways health professionals face pandemics. The data were collected in seven databases. Seventeen articles that met the eligibility criteria were included in the study. The data were presented in tables and the scientific findings were discussed. The main strategies found for Coping were: positive attitudes, knowledge about the disease, rigorous preventive measures, multidimensional and institutional support, self-care measures and religious CopingRibeiro, Renata PerfeitoRibeiro, Renata PerfeitoAroni, PatríciaNascimento, Amanda Salles Margatho doRedon, Josiane dos Santos2024-08-27T18:32:06Z2024-08-27T18:32:06Z2022-02-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17312porCCS - Departamento de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina, Paraná103 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-28T06:03:07Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17312Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-08-28T06:03:07Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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