Indicadores de bem-estar emocional e doenças crônicas : associação da autopercepção da felicidade, amor e bom humor à condição de saúde de adultos e idosos de Matinhos, Paraná
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11306 |
Resumo: | Resumo: Este estudo, de base populacional e delineamento transversal, teve como objetivo analisar a associação de desfechos relacionados ao bem-estar emocional como autopercepção de felicidade, amor e bom humor à presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão e dor crônica A população de estudo consistiu em adultos com 4 anos ou mais residentes permanentemente no município de Matinhos/PR A coleta de dados, que utilizou dados dos setores censitários do IBGE, foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com questões referentes às variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, fatores relacionados a emoções e situações positivas, religião, espiritualidade e crenças pessoais, saúde autorreferida, consumo contínuo de medicamentos e uso dos serviços de saúde Para análise estatística utilizou-se a regressão logística, cujos desfechos foram os indicadores de bem estar emocional Entrevistou-se 638 indivíduos entre abril e julho de 211 A perda foi de 4,5% Como resultado, mais da metade dos entrevistados tinham entre 4 e 59 anos (58,9%), não chegaram a concluir o primeiro grau (57,5%), não tem vínculo empregatício (6,6%) e foram classificados no estrato C da ABEP (57,1%), sendo que 29,8% das famílias tem renda inferior a R$ 6, Do total de entrevistados, apenas 32,6% apresentaram escores _ 3, que segundo a classificação escala de satisfação com vida (SWLS) são considerados como extremamente satisfeitos A média do escore na SWLS foi de 25,38 [dp=6,4], sendo que o maior preditor para a autopercepção positiva da felicidade foi menor intensidade da dor crônica Com relação ao amor, 82,1% referiram se sentirem amados sempre por seus familiares e amigos A frequência de bom humor, ou seja, sorrir sempre ou na maior parte das vezes foi de 75,5% No desfecho conjugado de bem-estar emocional – felicidade, amor e bom humor – a prevalência encontrada foi 24,9% Os fatores ‘dor crônica’ e ‘depressão’ se mantiveram associados inversamente ao bem-estar emocional, o que aponta que estas patologias atuam como marcadores relevantes de baixa qualidade de vida, ao passo que, valores, crenças religiosas e renda – questões vinculadas às dimensões espirituais, existenciais e materiais – se mostraram como significativos indicadores positivos de bem-estar emocional A partir dos achados da investigação, foi possível identificar contribuições e desafios para concepção do objeto saúde, prática clínica e políticas públicas da perspectiva positiva para o campo da saúde coletiva Sugere-se que seja inserida a reflexão acerca dos fatores de promoção da saúde e indicadores positivos na formação permanente dos profissionais de saúde, com intuito de consolidar movimentos importantes para o Sistema Único de Saúde, tais como Estratégia Saúde da Família, Cidades Saudáveis e Redes de Cuidados em Saúde |
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Indicadores de bem-estar emocional e doenças crônicas : associação da autopercepção da felicidade, amor e bom humor à condição de saúde de adultos e idosos de Matinhos, ParanáPromoção da saúdeSaúde públicaPeriódicosDoenças crônicasFelicidadeHealth promotionPublic healthChronic diseasesHappinessResumo: Este estudo, de base populacional e delineamento transversal, teve como objetivo analisar a associação de desfechos relacionados ao bem-estar emocional como autopercepção de felicidade, amor e bom humor à presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão e dor crônica A população de estudo consistiu em adultos com 4 anos ou mais residentes permanentemente no município de Matinhos/PR A coleta de dados, que utilizou dados dos setores censitários do IBGE, foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com questões referentes às variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, fatores relacionados a emoções e situações positivas, religião, espiritualidade e crenças pessoais, saúde autorreferida, consumo contínuo de medicamentos e uso dos serviços de saúde Para análise estatística utilizou-se a regressão logística, cujos desfechos foram os indicadores de bem estar emocional Entrevistou-se 638 indivíduos entre abril e julho de 211 A perda foi de 4,5% Como resultado, mais da metade dos entrevistados tinham entre 4 e 59 anos (58,9%), não chegaram a concluir o primeiro grau (57,5%), não tem vínculo empregatício (6,6%) e foram classificados no estrato C da ABEP (57,1%), sendo que 29,8% das famílias tem renda inferior a R$ 6, Do total de entrevistados, apenas 32,6% apresentaram escores _ 3, que segundo a classificação escala de satisfação com vida (SWLS) são considerados como extremamente satisfeitos A média do escore na SWLS foi de 25,38 [dp=6,4], sendo que o maior preditor para a autopercepção positiva da felicidade foi menor intensidade da dor crônica Com relação ao amor, 82,1% referiram se sentirem amados sempre por seus familiares e amigos A frequência de bom humor, ou seja, sorrir sempre ou na maior parte das vezes foi de 75,5% No desfecho conjugado de bem-estar emocional – felicidade, amor e bom humor – a prevalência encontrada foi 24,9% Os fatores ‘dor crônica’ e ‘depressão’ se mantiveram associados inversamente ao bem-estar emocional, o que aponta que estas patologias atuam como marcadores relevantes de baixa qualidade de vida, ao passo que, valores, crenças religiosas e renda – questões vinculadas às dimensões espirituais, existenciais e materiais – se mostraram como significativos indicadores positivos de bem-estar emocional A partir dos achados da investigação, foi possível identificar contribuições e desafios para concepção do objeto saúde, prática clínica e políticas públicas da perspectiva positiva para o campo da saúde coletiva Sugere-se que seja inserida a reflexão acerca dos fatores de promoção da saúde e indicadores positivos na formação permanente dos profissionais de saúde, com intuito de consolidar movimentos importantes para o Sistema Único de Saúde, tais como Estratégia Saúde da Família, Cidades Saudáveis e Redes de Cuidados em SaúdeTese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAbstract: A population-based cross-sectional study was conducted to assess the association between emotional well-being outcomes including self-perceived happiness, love and good mood and chronic health conditions (hypertension, diabetes mellitus, depression and chronic pain) The study population consisted of adults aged 4 or more who were permanent residents of the city of Matinhos, Paraná State, southern Brazil Data was collected based on the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) census tracts using semistructured interviews Information on socioeconomic and demographic variables, lifestyle factors related to positive emotions and situations, religion, spirituality and personal beliefs, self-reported health status, continuous drug use and utilization of health services was collected The statistical analysis was performed using logistic regression and its results were emotional well-being indicators A total of 638 individuals were interviewed between April and July 211 The loss rate was 45% Most respondents aged between 4 and 59 years (589%), had incomplete middle schooling (575%), were inactive (66%), belonged to classe C (571%) according to the Brazilian Market Research Society (ABEP) economic criteria and reported household income lower than R$ 6 (298%) Of all, only 326% of the respondents had scores _3 (extremely satisfied) in the Satisfaction with Life Scale (SWLS) The mean SWLS score was 2538 (SD = 64) The best predictor of positive self-perceived happiness was less severe chronic pain As for love, 821% reported always feeling loved by their family and friends; and 755% reported being in a good mood (smiling) always or most of the time The prevalence of a combined emotional wellbeing outcome –happiness, love and good mood– was 249% Chronic pain and depression remained inversely associated with emotional well-being, which suggests that these conditions are major indicators of poor quality of life, whereas personal values, religious beliefs and income (issues related to spiritual, existential and material dimensions) were found to be significant positive indicators of emotional well-being The study findings point to challenges and contributions to conception of the object health, clinical practice and public policies in public health It is suggested that a contemplation of health promotion factors and positive indicators should be part of the training of health professionals aiming to strengthen major programs in the Brazilian National Health System such as the Family Health Strategy, Healthy Cities initiative and Networks of Health CareCabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]Tinti, Dione LorenaNunes, Elisabete de Fátima Polo de AlmeidaSouza, Regina Kazue Tanno deAlmeida, José Roberto deVosgerau, Milene Zanoni da Silva2024-05-01T13:12:28Z2024-05-01T13:12:28Z2012.0016.05.2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/11306porDoutoradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:16Zoai:repositorio.uel.br:123456789/11306Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:16Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Resumo: Este estudo, de base populacional e delineamento transversal, teve como objetivo analisar a associação de desfechos relacionados ao bem-estar emocional como autopercepção de felicidade, amor e bom humor à presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão e dor crônica A população de estudo consistiu em adultos com 4 anos ou mais residentes permanentemente no município de Matinhos/PR A coleta de dados, que utilizou dados dos setores censitários do IBGE, foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com questões referentes às variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, fatores relacionados a emoções e situações positivas, religião, espiritualidade e crenças pessoais, saúde autorreferida, consumo contínuo de medicamentos e uso dos serviços de saúde Para análise estatística utilizou-se a regressão logística, cujos desfechos foram os indicadores de bem estar emocional Entrevistou-se 638 indivíduos entre abril e julho de 211 A perda foi de 4,5% Como resultado, mais da metade dos entrevistados tinham entre 4 e 59 anos (58,9%), não chegaram a concluir o primeiro grau (57,5%), não tem vínculo empregatício (6,6%) e foram classificados no estrato C da ABEP (57,1%), sendo que 29,8% das famílias tem renda inferior a R$ 6, Do total de entrevistados, apenas 32,6% apresentaram escores _ 3, que segundo a classificação escala de satisfação com vida (SWLS) são considerados como extremamente satisfeitos A média do escore na SWLS foi de 25,38 [dp=6,4], sendo que o maior preditor para a autopercepção positiva da felicidade foi menor intensidade da dor crônica Com relação ao amor, 82,1% referiram se sentirem amados sempre por seus familiares e amigos A frequência de bom humor, ou seja, sorrir sempre ou na maior parte das vezes foi de 75,5% No desfecho conjugado de bem-estar emocional – felicidade, amor e bom humor – a prevalência encontrada foi 24,9% Os fatores ‘dor crônica’ e ‘depressão’ se mantiveram associados inversamente ao bem-estar emocional, o que aponta que estas patologias atuam como marcadores relevantes de baixa qualidade de vida, ao passo que, valores, crenças religiosas e renda – questões vinculadas às dimensões espirituais, existenciais e materiais – se mostraram como significativos indicadores positivos de bem-estar emocional A partir dos achados da investigação, foi possível identificar contribuições e desafios para concepção do objeto saúde, prática clínica e políticas públicas da perspectiva positiva para o campo da saúde coletiva Sugere-se que seja inserida a reflexão acerca dos fatores de promoção da saúde e indicadores positivos na formação permanente dos profissionais de saúde, com intuito de consolidar movimentos importantes para o Sistema Único de Saúde, tais como Estratégia Saúde da Família, Cidades Saudáveis e Redes de Cuidados em Saúde |
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