Poéticas visuais e verbais de crianças assentadas

• Autor(a) principal: Giachini Neto, Emilio
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8476
• topic: Poética visual infantil; Poesia brasileira; História e crítica; Visual poetry; Brazilian poetry; History and criticism

Resumo: Este trabalho tem como interesse central a análise da poética infantil, seja ela representada sob forma analógica, visual, a partir de desenhos, ou sob forma digital, verbal, a partir da construção de alguns textos ou fragmentos discursivos A pesquisa é realizada em duas partes, juntamente com um grupo de alunos e professores de Letras, Artes plásticas e Música que constituem o Projeto PROESA - Projeto Esperança e Ação Pela Palavra e Pelo Gesto A primeira parte é formada pela realização de reuniões teórico-metodológicas que discutem textos a respeito de poesia, semiótica, linguagem visual e a relação entre arte e ensino Nestas reuniões são preparados os planos de unidade que serão desenvolvidos em campo, daí a segunda parte desta pesquisa, junto a um grupo de crianças carentes que moram no Assentamento Novo Amparo II, na Zona Norte de Londrina A metodologia não apreende a poesia apenas como fruto de experiências escolares das aulas de língua portuguesa As crianças, com uma percepção mais voltada para a realidade cognitiva, estão mais próximas de experiências diretas, sendo que as linguagens, ferramentas novas nas mãos das crianças, são usadas para construir um mundo, para criar contatos e estabelecer diálogos, comunicação Trata-se de uma comunicação sensível e subjetiva, mais próxima, portanto, da medula poética Diferentemente da maneira como o mundo adulto lida com as linguagens, de forma referencial, objetiva e com a percepção voltada para a realidade intelectual É matéria poética, para a pesquisa, não apenas o verso, mas a relação que as crianças do assentamento têm com o próprio espaço, com o desenho (que se divide num mundo de cores, formas, volumes e intensidades) e com a palavra, principalmente a falada despretensiosamente durante nossos encontros, ou em voz baixa, no momento em que a criança transforma a idéia em registro gráfico Interessa-nos, então, toda utilização simbólica, imagística e sonora da linguagem, que nada mais é do que a maneira como a criança se relaciona com o mundo