Momentos, doses e taxas de aplicação de fungicida no controle da ferrugem da folha (Puccinia triticina) e mancha amarela (Pyrenophora tritici repentis) do trigo

• Autor(a) principal: Gustavo Migliorini de Oliveira
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
• Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000172097

O controle químico tem importante papel na triticultura brasileira, decorrente principalmente das doenças que assolam a cultura. Todavia, estudos relativos ao momento e tecnologia de aplicação, especialmente ligadas a taxa de aplicação e dose de fungicida, não são uma constante no contexto atual do manejo das enfermidades da cultura. Baseado nisto, conduziu-se três experimentos a fim de estudar momentos, doses e taxas de aplicação de fungicida para o controle da ferrugem da folha (P. triticina) e mancha amarela do trigo (P .triti-repentis). Os experimentos foram conduzidos na Universidade Estadual de Londrina, safra de 2010. Utilizou-se o coletor de esporos SIGA associado à dados climáticos e de previsão de tempo para auxiliar na tomada de decisão das aplicações de fungicidas. O primeiro experimento relativo ao momento de aplicação foi efetuado para o controle da ferrugem da folha no cultivar CD 104 - altamente susceptível a tal doença. Os tratamentos deste experimento constituiram-se de aplicações de funcigida (epoxiconazol + piraclostrobina) após 7, 14 e 21 dias após a manifestação sintomática no campo. O segundo e o terceiro experimento, culivares CD 104 e BRS 208, respectivamente, tiveram o objetivo de estudar a dose e taxa de aplicação de fungicida. No segundo, o delineamento experimental foi o fatorial 3 x 3 + testemunha sem controle, envolvendo os fatores dose (0,25, 0,30 e 0,35 L.ha-1) e taxa de aplicação (143, 286 e 429 L.ha-1), já no terceiro o delineamento experimental foi o fatorial 2 x 2 + testemunha sem controle, concernente aos fatores dose (0,2 e 0,3 L.ha-1) e taxa de aplicação (143 e 286 L.ha-1). Nestes dois últimos experimentos usou-se o fungicida ciproconazol + azoxistrobina. Em todos os experimentos o desenvolvimento das doenças foi avaliado periordicamente por meio do percentual de severidade das doenças, calculando-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), bem como os índices de produtividades (kg.ha-1) e peso hectolitro (g). O experimento referente ao momento de aplicação no controle da ferrugem da folha do trigo demonstrou estatisticamente que o nível de severidade da doença aumentou com o atraso nas aplicações de fungicidas a partir dos 7 dias, ocasionando danos consideráveis à produtividade. Quanto aos experimentos relativos a dose e taxa de aplicação de fungicida, os resultados não evidenciaram nenhuma interação entre a dose e taxa de aplicação para nenhum dos experimentos, ou seja não houve efeito da concentração de fungicida na calda de pulverização. A taxa de aplicação e a dose de fungicida, em ambos os experimentos, somente exerceram influencia no controle da mancha amarela do trigo, cujo uso de maiores taxas e doses mostraram-se mais eficientes. No entanto, não foi verificado diferenças significativas para produtividade e peso hectolitro.