Efeito da densidade e do uso de materiais de enriquecimento ambiental sobre o bem-estar e o desempenho zootécnico e econômico de suínos em fase de crescimento e terminação

• Autor(a) principal: Caldas, Edilson Dias
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16891
• topic: Animais; Comportamento; Animais; Proteção; Suíno; Animal behavior; Animal welfare

Resumo: O bem-estar animal (BEA) a cada dia vem se tornando um desafio para os modernos sistemas de produção de suínos O uso de materiais de enriquecimento ambiental (EA) pode ser uma alternativa viável para reduzir os efeitos danosos da piora de densidade A alta densidade pode afetar diretamente o desempenho zootécnico e o BEA dos suínos O objetivo com a condução deste trabalho foi avaliar os efeitos da densidade e do uso de objetos para enriquecimento ambiental sobre o bem-estar e o desempenho zootécnico e econômico de suínos em fase de crescimento e terminação Duzentos e quarenta suínos, metade machos imunocastrados e metade fêmeas, com peso inicial de 22,38 ± 238 kg e idade média de 65 dias, foram submetidos a duas condições de densidade na baia (,85m²/animal e 1,28m²/animal) com e sem EA durante 117 dias O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x2x2 (dois sexos, duas densidades e duas condições de EA), com seis repetições (a baia com cinco animais representou a unidade experimental) Foram avaliados os parâmetros de desempenho, ocorrências de alterações comportamentais, doenças, nível de cortisol salivar e análise econômica das duas densidades avaliadas Não foram identificadas enfermidades distintas entre os tratamentos Não houve efeito de interação entre os fatores para todos os parâmetros analisados Para a densidade houve diferença significativa na fase de engorda compreendida entre 148 a 161 dias de idade para peso final (PF), ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar (CA); e na fase final de engorda entre 162 a 182 dias para PF, não houve diferença para consumo diário de ração (CDR) Para o fator EA não houve diferença nas fases e no período total PF (138,38 kg vs 138,81 kg), CA (2,7 vs 2,8), GPD (,987 kg vs ,99 kg) e CDR (2,5 kg vs 2,6 kg), e para o fator sexo os machos apresentaram melhor PF (141,59 kg vs 135,6 kg), CA (2,3 vs 2,12) e GPD (1,16 kg vs ,963 kg) Considerando o período total a maior disponibilidade de espaço melhorou (p<5) os resultados de PF (14,56 kg vs 136,63 kg), GPD (1,5 kg vs ,974 kg) e CA (2,5 vs 2,1) Não houve efeito do enriquecimento ambiental, densidade e da interação (P>,5) na frequência comportamental Foi observado uma interação significativa entre a presença de enriquecimento ambiental e o dia de observação (P<,5) sobre a incidência de comportamentos agressivos A análise econômica dos procedimentos apontou um melhor custo para a densidade baixa (custo por quilograma produzido R$ 2,25 vs R$ 2,44; índice de custo 1, vs 1,97 e índice de eficiência econômica 1, vs 99,4) Conclui-se que não houve efeito das interações entre ambientes enriquecidos, diferentes densidades e sexo, para os parâmetros zootécnicos, nível de cortisol salivar e frequência comportamental, porém observou-se diferenças entre os fatores isoladamente Maior disponibilidade de espaço melhorou os resultados de PF, GPD, CA e apresentou melhores índices de eficiência econômica e de custo O uso de EA nos primeiros dias de alojamento pode reduzir as interações negativas