Avaliação de proteínas urinárias na detecção precoce da lesão renal em cadelas com piometra
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16003 |
Resumo: | Resumo: A piometra tem cárater multissistêmico e acomete cadelas adultas e idosas, geralmente durante o diestro A insuficiência renal, durante a piometra, é um dos fatores mais importantes do prognóstico dessa afecção e a avaliação da proteômica urinária permite identificar biomarcadores de lesão renal precoce Esse estudo objetivou avaliar o uso da relação proteína/creatinina urinária para a identificação de lesão renal antes do desenvolvimento da azotemia e identificar as proteínas urinárias presentes em cadelas com piometra com potencial para serem utilizadas como biomarcadores de lesão renal Foram incluídas na pesquisa 44 cadelas com piometra, azotêmicas e não azotêmicas, e 12 cadelas que não apresentavam alterações sistêmicas O primeiro artigo comparou cadelas com piometra e azotêmicas (A, n = 15, creatinina > 1,7), com não azotêmicas (NA, n = 29) e cadelas sem alterações sistêmicas que formaram o grupo controle (GC, n = 12) Todas as cadelas passaram por coleta de sangue e urina para hemograma completo, perfil bioquímico, urinálise e dosagem da proteína e creatinina urinária As cadelas que apresentaram sedimento urinário ativo, ou seja, mais que cinco leucócitos ou hemácias por campo não foram utilizadas para a avaliação da relação proteína/creatinina urinária (UPC) Os valores da UPC foram superiores nas cadelas dos grupos NA e A quando comparadas com o GC (p < ,5), o que mostra que a UPC pode detectar lesão renal em cadelas com piometra antes do desenvolvimento da azotemia A leucocitose foi mais evidente nas cadelas do grupo A do que nos demais grupos, o que evidencia que a resposta inflamatória pode estar relacionada ao agravamento da doença renal O segundo artigo estudou 32 cadelas com piometra e 12 cadelas sem alterações sistêmicas Foi realizada espectrometria de massas do pool das amostras de urina dos grupos, piometra por bactérias gram-negativas não azotêmica (GnegNA, n = 18), gram-negativas azotêmicas (GnegA, n = 6), gram-positivas não azotêmicas (GposNA, n = 4), gram-positivas azotêmicas (GposA, n = 4) e grupo controle (GC, n = 12) As principais proteínas identificadas nos grupos de cadelas com piometra e não identificadas no GC, portanto, com potencial para biomarcadores de lesão renal precoce foram a clusterina, hepcidina, Ig Kappa cadeia V, lisozima C, proteína ligadora de retinol (RBP), amiloide sérica A, proteína de domínio central de quatro disulfetos WAP e a uromodulina, sendo que, a maioria dessas proteínas possuem massa molecular menor que a albumina (69 kDa), o que sugere lesão no compartimento tubular renal Os resultados obtidos possibilitaram concluir que a UPC pode ser utilizada para detectar lesão renal em cadelas com piometra antes da azotemia e pode ser utilizada como exame controle durante o período pós operatório para detectar proteinúria persistente e permitir o tratamento precoce da insuficiência renal, contribuindo para qualidade de vida O estudo proteômico da urina permitiu a identificação de proteínas com potencial para serem utilizadas como biomarcadores de lesão renal precoce e definiu que a lesão renal em cadelas com piometra é principalmente tubular e não glomerular como consta na maioria da literatura vigente |
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Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência AnimalAbstract: Pyometra has multisystemic disease and affect adult and old bitches during diestrus Renal insufficiency during pyometra is one of the most important factors in the prognosis and the evaluation of urinary proteomics allows the identification of biomarkers of early renal damage, however, few studies in this sense in veterinary medicine This study aimed to evaluate the use of the protein-to-creatinine ratio in urinary for the identification of renal injury before the development of azotemia and identify the urinary proteins present in bitches with pyometra to be used as biomarkers of renal injury Thirty-four bitches with pyometra, azotemic and non-azotemic and 12 bitches with no systemic alterations were included in the study The first article evaluate the use of the urinary protein-to-creatinine ratio (UPC) in clinical routine 44 bitches with pyometra azotemics (A, n = 15, creatinine> 17), non-azotemic (NA, n = 29) and bitches without systemic alterations that formed the control group (GC, n = 12) All bitches underwent blood and urine collection for complete blood count, biochemical profile, urinalysis and protein and urine creatinine dosage Bitches that had active urinary sediment, more than five leukocytes or erythrocytes per field were not used for urinary protein/creatinine UPC evaluation The UPC values were higher in the bitches of the PNA and PA groups when compared to the CG (p < 5) Which shows that UPC can detect renal injury in bitches with pyometra before the development of azotemia The leukocytosis was more evident in the group A than in the other groups, which shows that the inflammatory response may be related to the aggravation of renal disease The second paper studied 32 bitches with pyometra and 12 bitches without systemic alterations Mass spectrometry of the pool of urine samples of the following groups, pyometra by Gram negative and non-azotemic (GnegNA, n = 18), Gram negative azotemic (GnegA, n = 6), Gram positive non-azotemic (GposNa, n = 4), Gram positive azotemic (GposA, n = 4) and control (GC, n = 12) The major proteins identified in the groups of bitches with pyometra and unidentified in the GC, therefore, with potential for biomarkers of early renal damage were clusterin, hepcidin, Ig Kappa chain V, lysozyme C, retinol binding protein, serum amyloid A, WAP four-disulfide core domain protein 2 and uromodulin Most of these proteins have a lower molecular weight than albumin (69 kDa), suggesting damage to the renal tubular compartment The results obtained allow us to conclude that UPC can be used to detect renal lesions in bitches with pyometra prior to azotemia and can be used as a control test during the postoperative period to detect persistent proteinuria and allow early treatment in these patients, improving survival and quality of life The proteomic study of urine allowed the identification of proteins with potential to be used as biomarkers of early renal damage and defined that kidney injury in bitches with pyometra is mainly tubular and non-glomerular as found in most of the current literatureMartins, Maria Isabel Mello [Orientador]Souza, Fabiana Ferreira dePretto-Giordano, Lucienne GarciaPereira, Patrícia MendesGomes, Lucas AlécioSant'Anna, Marcos Cezar2024-05-01T14:59:21Z2024-05-01T14:59:21Z2017.0016.02.2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/16003porDoutoradoCiência AnimalCentro de Ciências AgráriasPrograma de Pós-graduação em Ciência AnimalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:58Zoai:repositorio.uel.br:123456789/16003Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:58Repositório Institucional da UEL - 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