Produção fora de época das videiras 'Alicante' e 'Syrah' em condições subtropicais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alessandro Jefferson Sato
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000162519
Resumo: Em função do crescente e cada vez mais exigente mercado consumidor de vinhos no Brasil, tem-se buscado desenvolver técnicas de cultivo que propiciem elevar a qualidade das uvas finas destinadas à vinificação. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o comportamento fenológico, a produção e a maturação das uvas ‘Alicante’ e ‘Syrah’ cultivadas fora de época no Norte do Paraná. A área experimental foi instalada em uma propriedade comercial pertencente à Vinícola Intervin®, localizada em Maringá, PR. Os vinhedos foram estabelecidos em julho de 2001 e as plantas foram conduzidas no sistema latada no espaçamento de 4,0 x 1,5 m, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 766 ‘Campinas’. A poda de formação foi realizada no fim do mês de agosto, as quais consistiram em poda curta para a formação dos ramos em esporão de duas gemas, aplicando-se o regulador cianamida hidrogenada a 2,5% para a uniformização da brotação, eliminando-se os cachos que porventura foram originados dos ramos brotados. A poda de frutificação ocorreu no fim de janeiro e consistiram em poda longa, deixando-se as varas sem folhas com oito a nove gemas, e em seguida, foi aplicado o regulador cianamida hidrogenada a 2,5% nas três gemas apicais para a indução da brotação. As avaliações foram realizadas em duas safras fora de época (2008 e 2009), sendo utilizadas 20 plantas representativas de cada variedade. A partir da poda de frutificação, avaliou-se a duração em dias das principais fases fenológicas das videiras. Por ocasião da colheita foram determinados o pH, o teor de sólidos solúveis totais, a acidez titulável, o teor de antocianinas, o índice de polifenóis totais (IPT) e o teor de resveratrol do mosto das uvas, bem como foram estimadas em função do número de cachos por planta e da densidade de plantas por hectare, a produção e a produtividade de cada variedade. A partir do início da maturação até sete dias após a colheita, foi caracterizada a evolução da maturação fenólica destas uvas, pela análise semanal do teor de antocianinas e do IPT. De acordo com os principais resultados obtidos, verificou-se que em safra fora de época a ‘Alicante’ apresenta ciclo médio de 138,0 dias, mosto com 15,4°Brix, 1,9% de ácido tartárico, 55,4 mg 100g-1 de antocianinas, 474,0 mg 100g-1 de IPT e 7,6 µg g-1 de resveratrol, além da produtividade de 14,5 t ha-1, enquanto a ‘Syrah’ apresenta ciclo médio de 132,5 dias, mosto com 14,5°Brix, 2,9% de ácido tartárico, 44,8 mg 100g-1 de antocianinas, 487,7 mg 100g-1 de IPT e 6,4 µg g-1 de resveratrol, além da produtividade de 11,4 t ha-1. Com relação à evolução da maturação fenólica, ambas as uvas apresentam comportamento progressivo quanto ao teor de antocianinas, e oscilatório quanto ao IPT, o que está compatível para as uvas destinadas para a elaboração de vinhos. Desta forma, considera-se que os cachos das videiras avaliadas neste trabalho apresentam ótimo aspecto fitossanitário e características físico-químicas adequadas para serem utilizadas como matéria-prima na elaboração de vinhos finos.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisProdução fora de época das videiras 'Alicante' e 'Syrah' em condições subtropicais2010-12-17Sérgio Ruffo Roberto . Carmen Silvia Vieira Janeiro Neves Luiz Antonio Biasi Renato Vasconcelos Botelho Marcel Bellato SpósitoAlessandro Jefferson SatoUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.URLBREm função do crescente e cada vez mais exigente mercado consumidor de vinhos no Brasil, tem-se buscado desenvolver técnicas de cultivo que propiciem elevar a qualidade das uvas finas destinadas à vinificação. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o comportamento fenológico, a produção e a maturação das uvas ‘Alicante’ e ‘Syrah’ cultivadas fora de época no Norte do Paraná. A área experimental foi instalada em uma propriedade comercial pertencente à Vinícola Intervin®, localizada em Maringá, PR. Os vinhedos foram estabelecidos em julho de 2001 e as plantas foram conduzidas no sistema latada no espaçamento de 4,0 x 1,5 m, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 766 ‘Campinas’. A poda de formação foi realizada no fim do mês de agosto, as quais consistiram em poda curta para a formação dos ramos em esporão de duas gemas, aplicando-se o regulador cianamida hidrogenada a 2,5% para a uniformização da brotação, eliminando-se os cachos que porventura foram originados dos ramos brotados. A poda de frutificação ocorreu no fim de janeiro e consistiram em poda longa, deixando-se as varas sem folhas com oito a nove gemas, e em seguida, foi aplicado o regulador cianamida hidrogenada a 2,5% nas três gemas apicais para a indução da brotação. As avaliações foram realizadas em duas safras fora de época (2008 e 2009), sendo utilizadas 20 plantas representativas de cada variedade. A partir da poda de frutificação, avaliou-se a duração em dias das principais fases fenológicas das videiras. Por ocasião da colheita foram determinados o pH, o teor de sólidos solúveis totais, a acidez titulável, o teor de antocianinas, o índice de polifenóis totais (IPT) e o teor de resveratrol do mosto das uvas, bem como foram estimadas em função do número de cachos por planta e da densidade de plantas por hectare, a produção e a produtividade de cada variedade. A partir do início da maturação até sete dias após a colheita, foi caracterizada a evolução da maturação fenólica destas uvas, pela análise semanal do teor de antocianinas e do IPT. De acordo com os principais resultados obtidos, verificou-se que em safra fora de época a ‘Alicante’ apresenta ciclo médio de 138,0 dias, mosto com 15,4°Brix, 1,9% de ácido tartárico, 55,4 mg 100g-1 de antocianinas, 474,0 mg 100g-1 de IPT e 7,6 µg g-1 de resveratrol, além da produtividade de 14,5 t ha-1, enquanto a ‘Syrah’ apresenta ciclo médio de 132,5 dias, mosto com 14,5°Brix, 2,9% de ácido tartárico, 44,8 mg 100g-1 de antocianinas, 487,7 mg 100g-1 de IPT e 6,4 µg g-1 de resveratrol, além da produtividade de 11,4 t ha-1. Com relação à evolução da maturação fenólica, ambas as uvas apresentam comportamento progressivo quanto ao teor de antocianinas, e oscilatório quanto ao IPT, o que está compatível para as uvas destinadas para a elaboração de vinhos. Desta forma, considera-se que os cachos das videiras avaliadas neste trabalho apresentam ótimo aspecto fitossanitário e características físico-químicas adequadas para serem utilizadas como matéria-prima na elaboração de vinhos finos.Due to increasing and demanding wine consuption market in Brazil, there has been an interest in developing growing techniques to improve the quality of european grapes for winemaking. This study aimed to characterize the phenological behavior and the production and maturation of the grapes ‘Alicante’ and ‘Syrah’ grown out of season in North of Paraná. The experimental area was installed in a commercial property belonging to Vinícola Intervin®, at Maringá, PR. The vineyards were established in July, 2001 and the vines were trained in an overhead trellissing system in a 4.0 x 1.5 m spacing, grafted on IAC 766 ‘Campinas’ rootstock. The formation pruning was held in late August, and consisted of a spur pruning of branches to form spurs of two buds. It was applied the hydrogen cyanamide at 2.5% to uniform the sprouting, eliminating the clusters that were originated from the branches sprouted. The pruning production was held in late January and consisted of a long pruning, leaving the branches without leaves and with eight to nine buds, followed by an application of hydrogen cyanamide at 2.5% on the three apical buds for bud burst. The evaluations were carried out in two out of season grapes production (2008 and 2009), using 20 representative vines of each variety. The phenology of the trees was evaluated as the duration in days of its most important phases. At harvest it was analyzed the pH, total soluble solids, tritatable acidity, anthocyanins content, total polyphenols index (TPI) and the resveratrol content of the grape must. Based on the number of clusters per plant and the density of plants per ha, the production and productivity were estimated. From the beginning of ripening up to seven days after harvest, it was also analyzed the phenolic maturation evolution of the grapes by means of the analysis of anthocyanins and TPI contents, performed weekly. According to the main results, the ‘Alicante’ grape grown out of season presents a mean cycle of 138.0 days, must with 15.4°Brix, 1.9% of tartaric acid, 55.4 mg 100g -1 of anthocyanins, 474.0 mg 100g-1 of TPI and 7.6 μg g-1 of resveratrol and productivity of 14.5 t ha-1, while ‘Syrah’ has a mean cycle of 132.5 days, must with 14.5°Brix, 2.9% of tartaric acid, 44.8 mg 100g-1 of anthocyanins, 487.7 mg 100g-1 of TPI and 6.4 μg g-1 of resveratrol, and the yeld of 11.4 t ha-1. In relation to the phenolic evolution, both grapes present progressive behavior for the anthocyanins content and oscillatory for the TPI, that is compatible for grapes for winemaking. The clusters of the grapevines evaluated showed an optimum healthy aspect and appropriate physico-chemical characteristics for winemaking.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000162519porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:30:16Zoai:uel.br:vtls000162519Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2011-06-21T14:32:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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