Estrutura da paisagem e regeneração natural em reflorestamentos com espécies nativas da Mata Atlântica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13378 |
Resumo: | Resumo: Hoje no Brasil restam somente cerca de 7% da vegetação original do bioma Mata Atlântica No Paraná esse cenário não é diferente, os remanescentes florestais são pouco e pequenos, restando apenas cerca de 1% da cobertura florestal inicial Com a elevada fragmentação, a recuperação natural das áreas por meio da sucessão secundária fica dificultada, pela diminuição do fluxo biológico Reflorestamentos são meios de catalisar a sucessão secundária, pois promovem condições climáticas e atraem dispersores Porém, o sucesso depende da paisagem onde estão inseridos, uma vez que para garantir a regeneração é necessária a chegada de propágulos provenientes de fragmentos florestais Assim, a regeneração natural pode variar conforme os elementos e sua distribuição na paisagem Este trabalho teve como objetivo analisar a influência da paisagem sobre a regeneração natural em reflorestamentos, principalmente com relação à distribuição dos remanescentes florestais próximo a eles Para tanto, foram registrados os regenerantes de dezoito reflorestamentos da região norte do Paraná Em cada reflorestamento foram estabelecidas 1 parcelas de 1x1 m, dentro das quais foram identificados e contados todos os indivíduos lenhosos com altura igual ou superior a 1 cm, posteriormente as espécies foram classificadas quanto ao hábito, síndrome de dispersão, categoria ecológica e origem Imagens de satélite foram tratadas e utilizadas como ferramentas para a quantificação da distância em linha reta entre os reflorestamentos e fragmentos florestais (DR), distância por meio de vegetação até o remanescente mais próximo (DV), e área de vegetação na área em raios de busca de 5 e 1 m (V5 e V1, respectivamente) Outras variáveis analisadas, que podem influenciar a regeneração, foram a idade (I) e riqueza do plantio dos reflorestamentos (P) e a abundância de ruderais (R) As análises foram feitas utilizando o Modelo Linear Generalizado para identificar qual a variável ou o conjunto delas que explicassem melhor a diversidade dos reflorestamentos, considerando o valor de AIC (critério de informação de Akaike) como critério Os regenerantes registrados, em sua maioria, pertenciam a espécies arbóreas, zoocóricas, nativas e pioneiras/iniciais A combinação de V1, DR, I, P e R exerceu a maior influência sobre a abundância de regenerantes, sendo essa relação mais estreita com espécies zoocóricas (AIC=1134) As variáveis V5 e DR explicaram melhor a riqueza de espécies tardias/clímax (AIC=62) Deste modo os resultados indicam que os remanescentes florestais a até 5 m dos reflorestamentos são responsáveis pela regeneração no sub-bosque dos reflorestamentos, principalmente de espécies zoocóricas e tardias/clímax |
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Estrutura da paisagem e regeneração natural em reflorestamentos com espécies nativas da Mata AtlânticaReflorestamentoParanáRegeneração (Biologia)SementesDisseminaçãoRegeneration (Biology)ReforestationParanáResumo: Hoje no Brasil restam somente cerca de 7% da vegetação original do bioma Mata Atlântica No Paraná esse cenário não é diferente, os remanescentes florestais são pouco e pequenos, restando apenas cerca de 1% da cobertura florestal inicial Com a elevada fragmentação, a recuperação natural das áreas por meio da sucessão secundária fica dificultada, pela diminuição do fluxo biológico Reflorestamentos são meios de catalisar a sucessão secundária, pois promovem condições climáticas e atraem dispersores Porém, o sucesso depende da paisagem onde estão inseridos, uma vez que para garantir a regeneração é necessária a chegada de propágulos provenientes de fragmentos florestais Assim, a regeneração natural pode variar conforme os elementos e sua distribuição na paisagem Este trabalho teve como objetivo analisar a influência da paisagem sobre a regeneração natural em reflorestamentos, principalmente com relação à distribuição dos remanescentes florestais próximo a eles Para tanto, foram registrados os regenerantes de dezoito reflorestamentos da região norte do Paraná Em cada reflorestamento foram estabelecidas 1 parcelas de 1x1 m, dentro das quais foram identificados e contados todos os indivíduos lenhosos com altura igual ou superior a 1 cm, posteriormente as espécies foram classificadas quanto ao hábito, síndrome de dispersão, categoria ecológica e origem Imagens de satélite foram tratadas e utilizadas como ferramentas para a quantificação da distância em linha reta entre os reflorestamentos e fragmentos florestais (DR), distância por meio de vegetação até o remanescente mais próximo (DV), e área de vegetação na área em raios de busca de 5 e 1 m (V5 e V1, respectivamente) Outras variáveis analisadas, que podem influenciar a regeneração, foram a idade (I) e riqueza do plantio dos reflorestamentos (P) e a abundância de ruderais (R) As análises foram feitas utilizando o Modelo Linear Generalizado para identificar qual a variável ou o conjunto delas que explicassem melhor a diversidade dos reflorestamentos, considerando o valor de AIC (critério de informação de Akaike) como critério Os regenerantes registrados, em sua maioria, pertenciam a espécies arbóreas, zoocóricas, nativas e pioneiras/iniciais A combinação de V1, DR, I, P e R exerceu a maior influência sobre a abundância de regenerantes, sendo essa relação mais estreita com espécies zoocóricas (AIC=1134) As variáveis V5 e DR explicaram melhor a riqueza de espécies tardias/clímax (AIC=62) Deste modo os resultados indicam que os remanescentes florestais a até 5 m dos reflorestamentos são responsáveis pela regeneração no sub-bosque dos reflorestamentos, principalmente de espécies zoocóricas e tardias/clímaxDissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências BiológicasAbstract: In Brazil only 7% of original Atlantic forest vegetation still remains and in Paraná state figures are not quite different, with the forest remnants accounting for near 1% of landscapes The high level of fragmentation difficult the secondary succession by restricting biological flows Reforestations with native species are means to minimize some fragmentation effects, catalyzing the succession, allowing microclimate changes and attracting seed dispersers However, continuing ecological succession may depend on the structure of surrounding landscape, which can include varying amount of remnant habitat This study aimed to analyze the landscape influence on plant diversity in the understory of 18 reforested sites in north of Parana state Each site had established 1 plots with 1x1 m There was identified, classified and counted all woody plants with height equal or greater than 1 cm Landscape structure in 5 and 1 m radius neighborhoods for each site were analyzed from satellite-derived land cover maps (V5 and V1, respectively) With this images were also quantified the distance to the nearest forest remnant (DR) and the distance by the remaining vegetation (DV) Other variables analyzed were the reforestation age (I), reforestation planted species richness (P) and abundance of ruderal species (R) Generalized Linear Models were used to find better predictors for the woody plant diversity, using the Akaike information criteria (AIC) Most species regenerating were tree, zoochoric and early succession species Remnant vegetation proportion in 1 m radius (V1), DR, I, P and R better explained abundance of zoochoric (AIC=1134) Both the V5 and DR best predicted late succession species richness (AIC=62) Our results suggests that landscape structure just around restoration sites (up to 5 m) is critical for arrival of late succession species and thus for the fate of secondary successionTorezan, José Marcelo Domingues [Orientador]Müller, Sandra CristinaBianchini, EdmilsonPereira, Lya Carolina da Silva Mariano2024-05-01T14:14:53Z2024-05-01T14:14:53Z2012.0018.04.2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13378porMestradoCiências BiológicasCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-graduação em Ciências BiológicasLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:58Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13378Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:58Repositório Institucional da UEL - 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