Associação do polimorfismo c. -592 C>A (rs1800872) da interleucina-10 com o câncer cervical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Paula Lombardi
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12560
Resumo: Resumo: O câncer cervical (CC) é a quarta neoplasia mais incidente mundialmente em mulheres Sua estimativa e mortalidade variam de acordo com a região avaliada sendo que no Brasil o CC ocupa o terceiro lugar Sua progressão é considerada lenta, pois resulta de lesões no epitélio escamoso do colo uterino a partir da infecção pelo Papilomavírus humano Essas lesões são classificadas como lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LIEBG) ou de alto grau (LIEAG) Quando não corretamente diagnosticas e tratadas podem evoluir para carcinoma ou adenocarcinoma, de acordo com sua origem epitelial Neste contexto, a resposta imunológica no microambiente cervical é essencial para determinar o desenvolvimento tumoral ou resolução das lesões A resposta imunológica antitumoral envolve a ativação de linfócitos que expressam citocinas de perfil Th1 para eliminação de células transformadas, quando há o predominio de expressão de citocinas de perfil Th2 a evasão tumoral é favorecida pelo seu efeito imunossupressor A interleucina-1 (IL-1) é uma citocina imunoregulatória com papel ambíguo pela função anti-inflamatória e imunossupressora O polimorfismo da IL-1 c-592C>A está associado ao aumento de concentração sérica e no muco cervical da IL-1 Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre este polimorfismo e o diagnostico de CC, assim como sua possível associação com características sócio demográficas, comportamento sexual e reprodutivo Amostras de sangue periférico e biopsia de tumor cervical foram coletados e o DNA genômico foi extraído para amplificação de um fragmento de 154 pares de base da IL-1 pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), o qual foi submetido posteriormente à técnica de restrição enzimática RFLP (Polimorfismo de Restrição do Comprimento de Fragmento) para análise do polimorfismo O questionário sócio demográfico, de comportamento sexual e características reprodutivas foi aplicado a todas as pacientes Mulheres negativas para lesões cervicais foram determinadas como grupo controle (n=146) e mulheres com diagnóstico de CC como grupo caso (n=85) Foi observado que pacientes com 55 anos ou mais de idade (p=,1), de escolaridade até o ensino fundamental (p=,1), habito tabagista (p=,1) e uso de anticoncepcional (p=,7) estiveram associados com o CC pela análise de ?-quadrado e regressão logística binária O presente estudo demonstrou a associação independente do polimorfismo c-592C>A da IL-1 com o CC Na análise do polimorfismo, o modelo codominante (C/A, p=,28; A/A, p=,182), dominante (C/A + A/A; p=,2) e alelo (A, p=,3) mostraram estar independentemente associados ao CC Portadoras do alelo variante A no genótipo C/A mostraram maior associação no modelo codominante (ORadj= 2,15; IC95%= 1,2 – 4,56) e no modelo dominante (ORadj= 2,71; IC95%= 1,5 – 4,47) em relação ao diagnóstico de CC Portanto, podemos concluir que a avaliação de um perfil de risco e susceptibilidade incluindo os dados acima mencionados e o genótipo para o polimorfismo c-592C>A da IL-1 poderiam ser utilizadas como marcadores de suscetibilidade para o CC
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A/A, p=,182), dominante (C/A + A/A; p=,2) e alelo (A, p=,3) mostraram estar independentemente associados ao CC Portadoras do alelo variante A no genótipo C/A mostraram maior associação no modelo codominante (ORadj= 2,15; IC95%= 1,2 – 4,56) e no modelo dominante (ORadj= 2,71; IC95%= 1,5 – 4,47) em relação ao diagnóstico de CC Portanto, podemos concluir que a avaliação de um perfil de risco e susceptibilidade incluindo os dados acima mencionados e o genótipo para o polimorfismo c-592C>A da IL-1 poderiam ser utilizadas como marcadores de suscetibilidade para o CCDissertação (Mestrado em Patologia Experimental) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalAbstract: Cervical cancer (CC) is the fourth most incident neoplasia among women worldwide It’s estimation and mortality rates varies according to the region, in Brazil it occupies the third position Its development is considered slow because its results from lesions in the squamous epithelium of the uterine cervix caused by Human papillomavirus infection These lesions are classified as low squamous intraepithelial lesions (LSIL) or high squamous intraepithelial lesions (HSIL) When not properly detected and treated these lesions progress to carcinoma in situ or adenocarcinoma in situ, accordingly to the epithelial origin A small percentage of women with lesions will evolve to CC In this context, the immune response in the tumoral microenvironment is crucial to determine lesion regression or progression Antitumoral response involves activation of lymphocytes inducing Th1 cytokines to eliminate transformed cells, when there is a predomination of Th2 profile cytokines tumor evasion is favored by its immunosuppressive role Interleukine-1 (IL-1) is a immunoregulatory cytokine that plays both roles, anti inflammatory and immunosuppressive The IL-1 c -592C>A polymorphism is associated with increased serum and cervical concentrations of IL-1 protein Therefore, the aim of this study was to evaluate CC diagnoses with the polymorphism as well to evaluate the possible association with sociodemographic data, sexual behavior and reproductive characteristics Peripheral blood samples and tumor biopsy were collected and genomic DNA was extracted for amplification of IL-1 fragment with 154 pair of bases, using PCR-RFLP technique Questionnaire of sociodemographic data, sexual behavior and reproductive characteristics was applied in all patients Women negative for cervical lesions were determined as control group (n=146) and women with CC diagnose, case group (n=85) It was observed that patients with 55 years age or older (p=1), educational level up to elementary school (p=1), smoking habit (p=1) and oral contraceptive intake (p=7) were associated with CC by ?-square and binary logistic regression analysis (p<5) The current study demonstrate independent association of the IL-1 c -592C>A polymorphism with CC Analysis of the polymorphism using co-dominant model (C/A, p=28; A/A, p= 182), dominant model (C/A + A/A; p= 2) and allele (A; p=3) showed to be independently associated with CC Allele A carriers in C/A genotype have more association in codominant (ORadj= 215; IC95%= 12 – 456) and dominant (ORadj= 271; IC95%= 15 – 447) models It can be concluded that is necessary to evaluate a risk profile and susceptibility for CC including data above mentioned and the c -592 C>A polymorphism that is a good candidate for CC markerOliveira, Karen Brajão de [Orientador]Galhardi, LígiaAmarante, Marla KarinePereira, Ana Paula Lombardi2024-05-01T14:00:17Z2024-05-01T14:00:17Z2019.0005.04.2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/12560porMestradoPatologia ExperimentalCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:09Zoai:repositorio.uel.br:123456789/12560Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:09Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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