Fungos sapróbios no controle de Sclerotinia Sclerotiorum em soja

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daiane Cristina Martins Barros
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000190585
Resumo: O trabalho objetivou a seleção de fungos sapróbios com potencial de controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) da soja. Foram realizados testes in vitro de antagonismo com o fungo fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum, de antibiose com metabólitos voláteis e não voláteis provenientes de fungos sapróbios originários do semiárido brasileiro. Plantas de soja tratadas in vivo com fungos sapróbios foram inoculadas com S. sclerotiorum para determinar o efeito da utilização desses sobre o controle do mofo-branco e sobre o desenvolvimento vegetativo das plantas. Nos testes in vitro os tratamentos foram os fungos sapróbios Pithomyces chartarum (PIC), Myrothecium sp. (MY), Curvularia inaequalis (CUI), Curvularia eragrostidis (CUE), Stachybotrys globosa (STG), Memnoniella echinata (MEE), Memnoniella levispora (MEL, exceto no ensaio de metabólitos não voláteis) e Stachylidium bicolor (STB) e a testemunha. Nos ensaios in vivo, além dos tratamentos citados, foram utilizados como controle o meio de cultura dos fungos (batata-dextrose-BD) e o indutor de resistência Acibenzolar-S-metílico. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições para os ensaios in vitro e quatro repetições para os ensaios in vivo. A avaliação do crescimento micelial de S. sclerotiorum foi realizada aos quatro e sete dias após a repicagem no teste de antagonismo, sete dias após a repicagem no teste de metabólitos voláteis e diariamente pelo período de três dias após a repicagem no teste de metabólitos não voláteis. PIC, MY e CUI apresentaram maior efeito antagônico sobre S. sclerotiorum nos testes de antagonismo, sendo a média de inibição do crescimento micelial de S. sclerotiorum, para todas as avaliações realizadas, de 49,6%, 50,5% e 47,3% respectivamente. Não foi verificado efeito de metabólitos voláteis produzidos por fungos sapróbios sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum. Em pelo menos um dos ensaios de metabólitos não voláteis os tratamentos PIC, MY, CUI, CUE e MEE foram eficientes na redução do crescimento micelial de S. sclerotiorum. A avaliação do comprimento da lesão in vivo foi realizada aos 8, 14 e 21 dias após a inoculação com S. sclerotiorum. O comprimento da lesão provocada por S. sclerotiorum foi afetado pelo tratamento com fungos sapróbios. A maior porcentagem de redução foi observada para o tratamento MY (70%) enquanto o tratamento STB (18,4%) apresentou a menor porcentagem entre os tratamentos realizados com fungos sapróbios. A avaliação do comprimento e peso de parte aérea e raiz foi realizada aos 21 dias após a primeira aplicação dos fungos sapróbios. Não foi observado efeito dos fungos sapróbios sobre a massa de parte aérea e raízes nas plantas de soja. Pithomyces chartarum, Myrothecium sp., Memnoniella echinata, Memnoniella levispora e Stachybotrys globosa apresentam potencial de utilização como biocontroladores de Sclerotinia sclerotiorum em soja.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFungos sapróbios no controle de Sclerotinia Sclerotiorum em soja2014-02-18Inês Cristina de Batista Fonseca . Maria Isabel Balbi-Peña Cláudia Vieira Godoy Marco Antonio Nogueira Luzia Doretto Paccola Meirelles Claudine Dinali Santos SeixasDaiane Cristina Martins BarrosUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.URLBRO trabalho objetivou a seleção de fungos sapróbios com potencial de controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) da soja. Foram realizados testes in vitro de antagonismo com o fungo fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum, de antibiose com metabólitos voláteis e não voláteis provenientes de fungos sapróbios originários do semiárido brasileiro. Plantas de soja tratadas in vivo com fungos sapróbios foram inoculadas com S. sclerotiorum para determinar o efeito da utilização desses sobre o controle do mofo-branco e sobre o desenvolvimento vegetativo das plantas. Nos testes in vitro os tratamentos foram os fungos sapróbios Pithomyces chartarum (PIC), Myrothecium sp. (MY), Curvularia inaequalis (CUI), Curvularia eragrostidis (CUE), Stachybotrys globosa (STG), Memnoniella echinata (MEE), Memnoniella levispora (MEL, exceto no ensaio de metabólitos não voláteis) e Stachylidium bicolor (STB) e a testemunha. Nos ensaios in vivo, além dos tratamentos citados, foram utilizados como controle o meio de cultura dos fungos (batata-dextrose-BD) e o indutor de resistência Acibenzolar-S-metílico. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições para os ensaios in vitro e quatro repetições para os ensaios in vivo. A avaliação do crescimento micelial de S. sclerotiorum foi realizada aos quatro e sete dias após a repicagem no teste de antagonismo, sete dias após a repicagem no teste de metabólitos voláteis e diariamente pelo período de três dias após a repicagem no teste de metabólitos não voláteis. PIC, MY e CUI apresentaram maior efeito antagônico sobre S. sclerotiorum nos testes de antagonismo, sendo a média de inibição do crescimento micelial de S. sclerotiorum, para todas as avaliações realizadas, de 49,6%, 50,5% e 47,3% respectivamente. Não foi verificado efeito de metabólitos voláteis produzidos por fungos sapróbios sobre o crescimento micelial de S. sclerotiorum. Em pelo menos um dos ensaios de metabólitos não voláteis os tratamentos PIC, MY, CUI, CUE e MEE foram eficientes na redução do crescimento micelial de S. sclerotiorum. A avaliação do comprimento da lesão in vivo foi realizada aos 8, 14 e 21 dias após a inoculação com S. sclerotiorum. O comprimento da lesão provocada por S. sclerotiorum foi afetado pelo tratamento com fungos sapróbios. A maior porcentagem de redução foi observada para o tratamento MY (70%) enquanto o tratamento STB (18,4%) apresentou a menor porcentagem entre os tratamentos realizados com fungos sapróbios. A avaliação do comprimento e peso de parte aérea e raiz foi realizada aos 21 dias após a primeira aplicação dos fungos sapróbios. Não foi observado efeito dos fungos sapróbios sobre a massa de parte aérea e raízes nas plantas de soja. Pithomyces chartarum, Myrothecium sp., Memnoniella echinata, Memnoniella levispora e Stachybotrys globosa apresentam potencial de utilização como biocontroladores de Sclerotinia sclerotiorum em soja.The objective of this work was select fungi saprobe with potential of control white mold (Sclerotinia sclerotiorum) in soybean. In vitro, was performed test antagonism with phytopathogen fungi Sclerotinia sclerotiorum, antibiosis of volatile metabolites and non-volatiles from saprobe fungi originating from brazilian semi-arid. In vivo, soybean plants treated with saprobe fungi were inoculated with Sclerotinia sclerotiorum to determine the effect of use saprobe fungi on white mold control and on vegetative growth of plants. In the tests in vitro the treatments was saprobe fungi Pithomyces chartarum (PIC), Myrothecium sp. (MY), Curvularia inaequalis (CUI), Curvularia eragrostidis (CUE), Stachybotrys globosa (STG), Memnoniella echinata (MEE), Memnoniella levispora (MEL, except in non-volatiles metabolites test) and Stachylidium bicolor (STB) and a control. In the tests in vivo, beyond cited treatments, were used as a control the culture medium of fungi (potato-dextrose-BD) and the incuctor resistance Acibenzolar-S-methyl. The experimental design was completely randomized with five replications to in vitro tests and four replications for in vivo tests. The mycelial growth measurements of S. sclerotiorum were performed at four and seven days post-transplant in the antagonism test, seven days post-transplant in the volatile metabolites test and daily per three days post-transplant in the non-volatiles metabolites test. PIC, MY e CUI showed higher antagonistic effect on S. sclerotiorum in antagonism tests, being average inhibition of mycelial growth of S. sclerotiorum, for all evaluations realized, 49.6%, 50.5% e 47.3% respectively. There was no effect of volatile metabolites produced by saprobe fungi on mycelial growth of S. sclerotiorum. On at least one of the performed tests with the use of non-volatiles metabolites the treatments PIC, MY, CUI, CUE e MEE were effective in reducing mycelial growth of S. sclerotiorum.In vivo, the measurements of length lesion was performed at 8, 14 and 21 days post-inoculation of S. sclerotiorum. The lesion length caused by S. sclerotiorum was affected by treatment with saprobe fungi.The biggest reduction percentage was observed to treatment MY (70%) while the treatment STB (18.4%) had the less percentage among the treatments with saprobe fungi. The evaluation of length and weight of shoot and root was performed at 21 days after first application of saprobe fungi. No effect of saprobe fungi on the mass of shoots and roots on soybean plants was observed. Pithomyces chartarum, Myrothecium sp., Memnoniella echinata, Memnoniella levispora and Stachybotrys globosa showed potential use as a biocontrollers of Sclerotinia sclerotiorum in soybean.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000190585porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:31:21Zoai:uel.br:vtls000190585Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2014-06-04T12:58:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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