Desenvolvimento biológico e alterações morfofisiológicas no intestino médio da lagarta da soja Anticarsia gemmatalis resistentes ao baculovírus AgMNPV alimentadas com genótipos de soja

• Autor(a) principal: Cruz, Norberto Aparecido da
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15026
• topic: Lagarta da soja; Inseto; Morfologia; Soja; Resistência aos insetos; Soybean caterpillar; Insects; Soybean; Transgenic plants; Insect resistance; Morphology

Resumo: A lagarta da soja Anticarsia gemmatalis é uma das principais pragas da cultura da soja e devido a sua importância torna-se desejável o aumento da resistência da soja ao ataque da lagarta Para o seu controle alguns métodos são empregados como a utilização de plantas resistentes a insetos; transgênicas com característica de resistência a insetos e tolerância a outros fatores e os inseticidas a base de nucleopoliedrovírus O baculovírus infecta a lagarta e quando encontra condições ideais, reduz a população da praga, podendo ser utilizado como bioinseticia, no entanto, as lagartas podem desenvolver resistência á infecção O intestino médio (IM) é considerado o órgão alvo do processamento da ingesta destes produtos, onde os mesmo, após seu processamento poderão causar distúrbios prejudicando o desenvolvimento dos insetos Poucos são os estudos realizados em relação às alterações da morfologia, principalmente na histologia e histoquímica do IM, em diferentes gerações de larvas de A gemmatalis resistentes ao AgMNPV O presente estudo objetivou: identificar, quantificar e verificar os efeitos dos metabólitos secundários foliares presentes nos genótipos de soja e na variedade transgênica BRS 359 RR, os aspectos biológicos e morfológicos de diferentes gerações larvais de A gemmatalis resistentes ao AgMNPV As gerações resistentes foram obtidas através de bioensaios de pressão de seleção, no qual, as larvas foram tratadas com genótipos de soja “in natura” BRS 257, BRS 16 Dowling, PI 229358, IAC 1 e PI 227687 e BRS 359 RR Os ovos de A gemmatalis foram colocados em caixa gerbox contendo folha de soja dos respectivos tratamentos até a eclosão Para os ensaios de biologia as larvas de 2º/3º ínstar foram acondicionadas individualmente em placas de Petri contendo um folíolo retirado de folhas no estádio V5 de cada tratamento e acondicionadas em laboratório em BOD As larvas foram tratadas e avaliadas os parâmetros biológicos diariamente até o estágio de pupa Para a histologia e histoquímica os IM das larvas de 3º/4º instar foram coletados, fixados em Karnovsky; processados para técnicas histológicas e histoquímicas específicas e analisados ao microscópio de luz Os genótipos resistentes a insetos Dowling, PI 229358, IAC 1 e PI 227687 e a soja transgênica BRS 359 RR, influenciaram negativamente nos aspectos biológicos das larvas, e causaram alterações morfológicas no IM, principalmente na camada epitelial, e na sua composição histoquímica das células As alterações promovidas pelos genótipos com características de resistência a insetos estão relacionados principalmente aos flavonoides rutina e genistina, encontrados na sua composição química foliar em diferentes concentrações A soja transgênica BRS 359 RR não apresentou os flavonoides em sua composição, porém a presença de outros compostos pode ter influenciado negativamente nessas larvas Dessa forma podemos inferir que os genótipos PI 229358 e PI 227687 são recomendados para o programa de melhoramento de plantas, enquanto que as cultivares IAC 1, Dowling e BRS 359 RR são recomendadas para o plantio em campo, pois todos estes tratamentos promovem alterações que influenciam na quebra da resistência das larvas de A gemmatalis em relação ao vírus