Eventos adversos no transporte intra-hospitalar do paciente crítico em hospital filantrópico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gimenez, Francielli Mary Pereira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14695
Resumo: Resumo: Introdução: O transporte intra-hospitalar é comum entre os pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) Entretanto, devem ser considerados os riscos e benefícios, uma vez que pode gerar eventos adversos com consequências imediatas Torna-se necessário suporte tecnológico adequado e equipe multiprofissional treinada, capaz de prevenir as situações de risco, identificar um agravo e, agir rapidamente, devido as grandes chances de complicações e de instabilidade Objetivo: Descrever os eventos adversos no transporte intra-hospitalar e comparar dados clínicos e desfechos entre grupos de pacientes internados em uma UTI adulto de uma instituição privada de caráter filantrópico no sul do país Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado pelo acompanhamento no transporte intra-hospitalar de pacientes internados em uma UTI, entre julho de 214 a julho de 215 A coleta de dados foi composta de dados demográficos e dados clínicos, tais como diagnóstico médico, escore prognóstico Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) utilizado para observar variações na disfunção orgânica e Simplified Acute Physiology Score (SAPS 3) utilizado para avaliar gravidade de doença, presença de comorbidades, data da admissão e da alta, desfecho da UTI e do hospital Para o grupo transportado, além dos citados acima, foram coletados dados relacionados ao transporte e eventos adversos Os eventos adversos foram classificados de acordo com a Classificação Internacional para a Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde (OMS) segundo o grau de dano em: Nenhum, Leve, Moderado, Grave e Óbito O nível de significância adotado foi de 5% e o intervalo de confiança de 95% Resultados: Analisou-se 293 pacientes no período do estudo, com acompanhamento de 143 transportes e registros de 86 eventos adversos Desses eventos, 44,1% relacionaram-se a alterações fisiológicas, sendo variações da frequência cardíaca e da frequência respiratória os eventos mais frequentes Na classificação, 5% dos eventos foram classificados em grau moderado O tempo médio de UTI do grupo transportado foi maior quando comparado com os pacientes que não foram transportados (14,8 dias versus 6,9 dias, respectivamente, p<,1), assim como o tempo médio de hospital também foi maior entre os que foram transportados daqueles não transportados (23,2 dias versus 17,2 dias, respectivamente, p= ,3) O tempo médio de permanência na UTI do grupo que apresentou eventos adversos durante o transporte também foi maior quando comparado com os pacientes transportados sem a ocorrência de eventos adversos (21,7 versus 9,2 dias respectivamente, p<,1), assim como o tempo médio de permanência hospitalar (31,4 versus 16,6 dias respectivamente, p<,1) Conclusões: Descreveu-se eventos adversos ocorridos no transporte intra-hospitalar de pacientes internados em uma UTI no decorrer de um ano A maioria dos eventos adversos relacionou-se à alterações fisiológicas O tempo de internação na UTI e o tempo de internação hospitalar foi maior nos casos de pacientes com eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar Sendo assim, algumas propostas podem ser sugeridas com a finalidade de reduzir esses eventos, tais como: aquisição de monitor de transporte, verificação prévia das condições técnicas dos equipamentos utilizados no transporte, treinamentos específicos e capacitação contínua da equipe multiprofissional com aulas teóricas e práticas além de padronização por meio de protocolos a forma de transportar os pacientes
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Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeAbstract: Introduction: The intrahospital transport is common among patients in intensive care unit (ICU) However, the risks and benefits should be considered, since it can generate adverse events with immediate consequences It is necessary to appropriate technological support, and trained multidisciplinary team, able to prevent risk situations, identify a disease and act quickly, because of the high chance of complications and instabilityObjective: Describe the adverse effects on intra-hospital transport and compare clinical data and outcomes between groups of patients admitted to an adult ICU of a private institution of philanthropic in the South Methods: A prospective cohort study by monitoring the intra-hospital transport of patients admitted to an ICU from July 214 to July 215 Data collection consisted of demographic and clinical data, such as medical diagnosis, prognostic score Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) used to observe changes in organ dysfunction and Simplified Acute Physiology Score (SAPS 3) used to assess disease severity, comorbidities, date of admission and discharge, ICU outcome and hospital For transported group, besides the ones mentioned above, data were collected related to transportation and adverse events Adverse events were classified according to the International Classification for Patient Safety of the World Health Organization (WHO) according to the degree of damage: None, Mild, Moderate, Severe and Death The significance level was 5% and the 95% confidence interval Results: We analyzed 293 patients during the study period, with follow-up of 143 transport and records of 86 adverse events Of these events, 441% were related to physiological changes, and changes in heart rate and respiratory rate the most frequent events In the classification, 5% of the events were classified as moderate The mean length of ICU transported group was higher compared to patients who were not transported (148 days versus 69 days, respectively, p <1) and the mean time to hospital was also higher among those who They were transported those not transported (23,2 days versus 172 days, respectively; p = 3) The average length of stay in the ICU group who experienced adverse events during transport was higher when compared to patients transported without the occurrence of adverse events (217 versus 92 days, respectively, p <1), as well as the Average length of stay (314 versus 166 days respectively, p <1) Conclusions: Was described adverse events in the intra-hospital transport of patients admitted to an ICU in the course of a year Most adverse events related to the physiological change The length of stay in ICU and hospital stay was higher in the patients with adverse events during intra-hospital transport Thus, some proposals may be suggested in order to reduce these events, such as: purchase of transport monitor, prior verification of the technical condition of equipment used for transport, specific training and continuous training of the multidisciplinary team with theoretical and practical classes as well standardization using protocols as transport patientsGrion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]Almeida, Sílvio Henrique Maia deNonino, Eleine Aparecida Penha MartinsGimenez, Francielli Mary Pereira2024-05-01T14:35:04Z2024-05-01T14:35:04Z2016.0019.05.2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/14695porMestradoCiências da SaúdeCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:54Zoai:repositorio.uel.br:123456789/14695Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:54Repositório Institucional da UEL - 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