Efeitos do treinamento físico sobre a função cardiovascular em ratos acordados com obesidade induzida por glutamato monossódico : modulação pelo sistema nervoso autônomo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amarante, Marlusa Karlen
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12430
Resumo: Resumo: Dados do nosso laboratório demonstraram que ratos Wistar tratados com glutamato monossódico (MSG) durante o período neonatal apresentam hipertensão arterial na idade adulta, sendo que os parâmetros cardiovasculares foram coletados de forma direta em animais acordados Atualmente é conhecido que o treinamento físico de baixa intensidade induz bradicardia de repouso e decréscimo na pressão arterial em animais e seres humanos hipertensos Vários estudos indicam que esses efeitos cardiovasculares estão relacionados às alterações induzidas pelo exercício no sistema nervoso autônomo, especialmente no componente simpático Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar os parâmetros basais de pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) e a participação do sistema nervoso autônomo na função cardiovascular de ratos acordados com obesidade induzida por MSG, bem como a influência do treinamento físico pela natação nessas variáveis A obesidade foi induzida pela administração intradérmica de 4 mg/g de peso corporal de MSG nos 5 primeiros dias de vida de ratos Wistar O mesmo procedimento foi realizado com salina equimolar ao MSG para os ratos controle (CTR) Aos 6 dias de vida, os animais foram divididos em grupo sedentário e treinado O treinamento constou de 2 sessões (4 semanas) de uma hora de natação diária, durante cinco dias por semana Aos 9 dias de vida, os animais sedentários e treinados (TRN) foram anestesiados para implante de cateter na artéria e veia femoral Após 24 horas, em estado acordado, foi realizado o registro da PAM e FC por 3 minutos, seguido do protocolo experimental injetando as drogas através da cânula da veia femoral Ratos MSG sedentários apresentaram hipertensão arterial (PAM = 122 ± 4 mmHg, n=6) em comparação com os animais controle (PAM = 19 ±3 mmHg, n=7) Nossos resultados mostraram que na FC basal os animais controle treinados apresentaram bradicardia de repouso O bloqueio com atropina não modificou o efeito de taquicardia em nenhum dos grupos estudados, no entanto, a pressão arterial foi maior nos animais treinados Nossos dados mostraram que nos animais obesos, a queda da FC após o duplo bloqueio com atropina e propranolol foi maior comparada ao controle (CTR= -39,4±8 bpm; MSG= -86,3±1 bpm) Após o bloqueio ganglionar com hexametônio (25 mg/mL) nos grupos sedentários e treinados, observamos que os animais do grupo MSG sedentário apresentaram tendência maior à queda da PAM após o bloqueio (CTR= -44±3 mmHg; MSG= -48±2 mmHg) Para o teste da sensibilidade barorreflexa, foi utilizada fenilefrina (,25-16µg/mL) e nitroprussiato de sódio (,25-16µg/mL) nos grupos estudados A bradicardia reflexa ao aumento da pressão arterial pela fenilefrina apresentou-se aumentada nos animais obesos, assim como nos animais treinados Não houve diferenças na taquicardia reflexa após nitroprussiato Na analise espectral podemos observar que os animais obesos MSG apresentam uma maior ativação do sistema nervoso simpático, representado pelo componente LF da VFC O aumento da VFC observado nos animais MSG treinados é devido a um aumento do componente HF, o que demonstra o efeito benéfico do treinamento aeróbico Esses resultados demonstram que os animais obesos MSG apresentam hipertensão, a qual foi atenuada pelo treinamento físico Nossos dados sugerem o envolvimento do sistema nervoso autônomo nas anormalidades cardiovasculares induzidas pela obesidade MSG e que o treinamento físico pode restabelecer parte desses parâmetros aos níveis de normalidade
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MSG= -86,3±1 bpm) Após o bloqueio ganglionar com hexametônio (25 mg/mL) nos grupos sedentários e treinados, observamos que os animais do grupo MSG sedentário apresentaram tendência maior à queda da PAM após o bloqueio (CTR= -44±3 mmHg; MSG= -48±2 mmHg) Para o teste da sensibilidade barorreflexa, foi utilizada fenilefrina (,25-16µg/mL) e nitroprussiato de sódio (,25-16µg/mL) nos grupos estudados A bradicardia reflexa ao aumento da pressão arterial pela fenilefrina apresentou-se aumentada nos animais obesos, assim como nos animais treinados Não houve diferenças na taquicardia reflexa após nitroprussiato Na analise espectral podemos observar que os animais obesos MSG apresentam uma maior ativação do sistema nervoso simpático, representado pelo componente LF da VFC O aumento da VFC observado nos animais MSG treinados é devido a um aumento do componente HF, o que demonstra o efeito benéfico do treinamento aeróbico Esses resultados demonstram que os animais obesos MSG apresentam hipertensão, a qual foi atenuada pelo treinamento físico Nossos dados sugerem o envolvimento do sistema nervoso autônomo nas anormalidades cardiovasculares induzidas pela obesidade MSG e que o treinamento físico pode restabelecer parte desses parâmetros aos níveis de normalidadeDissertação (Mestrado em Patologia Experimental) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalAbstract: Data from our laboratory demonstrated that rats treated with monosodium glutamate (MSG) during the neonatal period have high blood pressure in adulthood, and the cardiovascular parameters were collected directly in awake animals Currently it is known that exercise training of low intensity induces resting bradycardia and a decrease in blood pressure in hypertensive animals and humans Several studies indicate that these effects are related to cardiovascular changes induced by exercise in the autonomic nervous system, especially in the sympathetic component Thus, the purpose of this study was to characterize the parameters of baseline mean arterial pressure (MAP) and heart rate (HR) and autonomic nervous system involvement in cardiovascular function in conscious rats with obesity induced by msg and the influence of physical training by swimming in these variables Obesity was induced by intradermal administration of 4 mg / g body weight of MSG during the first 5-days-old of wistar rats The same procedure was performed with equimolar saline to MSG for the control rats (CTR) At 6 days, the animals were divided into the sedentary and trained The training consisted of 2 sessions (four weeks) of one hour of swimming daily, five days a week At 9 days old, the sedentary and trained animals (TRN) were anesthetized for placing a catheter in the femoral artery and vein After 24 hours in the waking state, MAP and HR were recorded for 3 minutes, followed by the experimental protocol by injecting drugs through the femoral vein cannula MSG sedentary had hypertension (MAP = 122 ± 4 mmhg, n = 6) compared with control animals (MAP = 19 ± 3 mmhg, n = 7) Our results showed no significant differences between the basal heart rate in each of the groups The blockade with atropine did not modify the effect of tachycardia in all groups studied, however, blood pressure was higher in the trained animals Our data showed that in obese animals, the decrease in HR after the double blockade with atropine and propranolol was higher compared with control (CTR = -394 ± 8 bpm; MSG = -863 ± 1 bpm) The ganglionic block was performed with hexamethonium (25 mg / ml) in trained and untrained groups We observed that the animals of sedentary group MSG had greater tendency to fall in MAP after blockade (CTR = -44 ± 3 mmHg; MSG= -48 ± 2 mmHg) To test the baroreflex sensitivity, we used phenylephrine (25-16µg / ml) and sodium nitroprusside (25-16µg / ml) in both groups The reflex bradycardia to increased blood pressure by phenylephrine presented increased in obese animals, as well as in trained animals There were no differences in reflex tachycardia after nitroprusside In spectral analysis we can see that the MSG obese animals have a greater activation of the sympathetic nervous system, represented by the LF component of VFC The increase in VFC observed in trained MSG animals is due to an increase in the HF component, which demonstrates the beneficial effect of aerobic training These results demonstrate that MSG obese animals have hypertension, which was attenuated by physical training Our data suggest the involvement of the autonomic nervous system in cardiovascular abnormalities induced by obesity MSG and that exercise training can restore some of these parameters to normal levelsPinge, Marli Cardoso Martins [Orientador]Grassiolli, SabrinaPolito, Marcos DoederleinAmarante, Marlusa Karlen2024-05-01T13:54:17Z2024-05-01T13:54:17Z2011.0003.03.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/12430porMestradoPatologia ExperimentalCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:59Zoai:repositorio.uel.br:123456789/12430Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:59Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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