Efeito da fumonisina na resposta imune celular e humoral na paracoccidioidomicose experimental em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alexandre Augusto Sasaki
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000121330
Resumo: O presente trabalho investigou o efeito de fumonisina (FB) parcialmente purificada de Fusarium verticillioides 103F, um fungo contaminante de milho e outros cereais, no curso da paracoccidioidomicose (PCM), a micose sistêmica mais importante da América Latina, sendo o Brasil um centro endêmico. Devido à cronicidade e à prevalência da doença, existe a possibilidade de ocorrer a infecção pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis (Pb), agente etiológico da PCM e contaminação concomitante por fumonisina ingerida, especialmente na região endêmica de PCM. Tendo como objetivo avaliar o efeito da FB na resposta imune humoral e celular em PCM experimental, camundongos BALB/c foram divididos em quatro grupos de 6 animais (“PBS”, “PBS+FB”, “Pb” e “Pb+FB”). Dois grupos de animais (Pb e Pb+FB) foram inoculados (i.v.) com 1 x 105 leveduras (Pb18) e como controle com PBS estéril (PBS e PBS+FB). Após 28 dias, os grupos PBS+FB e Pb+FB foram inoculados (s.c) com FB parcialmente purificada e os grupos PBS e Pb com PBS estéril. Após 7 dias foram coletadas as amostras de sangue para análise de resposta imune humoral e de antigenemia. O baço foi removido para avaliação da resposta imune celular. A avaliação da resposta imune humoral foi realizada por ensaio imunoenzimático (ELISA), sendo utilizado ELISA indireto com preparado antígeno livre de célula (CFA) de Pb18 e ELISA captura utilizando anticorpos policlonais e monoclonais específicos para gp43 para análise de antigenemia. A avaliação da resposta imune celular foi realizada por teste de hipersensibilidade tardia (DTH) e por meio de cultura de linfócitos estimulados com antígenos de Pb para avaliação da resposta específica e com mitógeno concanavalina A (ConA). Adicionalmente, foi avaliada a produção “in vitro” de óxido nítrico (NO) por células esplênicas estimuladas com lipopolissacarídeo (LPS). A avaliação da resposta imune humoral aos antígenos de Pb não demonstraram diferença significativa em relação ao grupo infectado e tratado com a FB, bem como os resultados de análise de antigenemia. O teste de DTH e resposta linfoproliferativa aos antígenos específicos também não demonstraram diferença significativa nos grupos tratados com FB. No entanto foi observada inibição significativa (p<0,001) na resposta linfoproliferativa a ConA no grupo tratado com a FB em relação ao grupo controle. Os resultados de dosagem de NO também demonstraram nível inferior nos camundongos tratados com FB ou infectado com Pb. Concluímos pelos resultados de avaliação de resposta imune que a FB inoculada em um único dia não afeta a resposta imune celular ou humoral específica ao fungo Pb, todavia pode suprimir a resposta linfoproliferativa a mitógeno ConA e produção de NO pelos esplenócitos.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEfeito da fumonisina na resposta imune celular e humoral na paracoccidioidomicose experimental em camundongos2007Eiko Nakagawa Itano . Elisa Yoko Hirooka Elizabete Yurie Sataque OnoAlexandre Augusto SasakiUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Patologia Experimental.URLBRO presente trabalho investigou o efeito de fumonisina (FB) parcialmente purificada de Fusarium verticillioides 103F, um fungo contaminante de milho e outros cereais, no curso da paracoccidioidomicose (PCM), a micose sistêmica mais importante da América Latina, sendo o Brasil um centro endêmico. Devido à cronicidade e à prevalência da doença, existe a possibilidade de ocorrer a infecção pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis (Pb), agente etiológico da PCM e contaminação concomitante por fumonisina ingerida, especialmente na região endêmica de PCM. Tendo como objetivo avaliar o efeito da FB na resposta imune humoral e celular em PCM experimental, camundongos BALB/c foram divididos em quatro grupos de 6 animais (“PBS”, “PBS+FB”, “Pb” e “Pb+FB”). Dois grupos de animais (Pb e Pb+FB) foram inoculados (i.v.) com 1 x 105 leveduras (Pb18) e como controle com PBS estéril (PBS e PBS+FB). Após 28 dias, os grupos PBS+FB e Pb+FB foram inoculados (s.c) com FB parcialmente purificada e os grupos PBS e Pb com PBS estéril. Após 7 dias foram coletadas as amostras de sangue para análise de resposta imune humoral e de antigenemia. O baço foi removido para avaliação da resposta imune celular. A avaliação da resposta imune humoral foi realizada por ensaio imunoenzimático (ELISA), sendo utilizado ELISA indireto com preparado antígeno livre de célula (CFA) de Pb18 e ELISA captura utilizando anticorpos policlonais e monoclonais específicos para gp43 para análise de antigenemia. A avaliação da resposta imune celular foi realizada por teste de hipersensibilidade tardia (DTH) e por meio de cultura de linfócitos estimulados com antígenos de Pb para avaliação da resposta específica e com mitógeno concanavalina A (ConA). Adicionalmente, foi avaliada a produção “in vitro” de óxido nítrico (NO) por células esplênicas estimuladas com lipopolissacarídeo (LPS). A avaliação da resposta imune humoral aos antígenos de Pb não demonstraram diferença significativa em relação ao grupo infectado e tratado com a FB, bem como os resultados de análise de antigenemia. O teste de DTH e resposta linfoproliferativa aos antígenos específicos também não demonstraram diferença significativa nos grupos tratados com FB. No entanto foi observada inibição significativa (p<0,001) na resposta linfoproliferativa a ConA no grupo tratado com a FB em relação ao grupo controle. Os resultados de dosagem de NO também demonstraram nível inferior nos camundongos tratados com FB ou infectado com Pb. Concluímos pelos resultados de avaliação de resposta imune que a FB inoculada em um único dia não afeta a resposta imune celular ou humoral específica ao fungo Pb, todavia pode suprimir a resposta linfoproliferativa a mitógeno ConA e produção de NO pelos esplenócitos.The present work investigated the effect of partially purified fumonisin (FB) from Fusarium verticillioides 103F, a contaminant fungi of maize and other cereals, in course of paracoccidioidomycosis (PCM), the most important systemic mycosis of Latin America, being Brazil a endemic region. Due to cronicity and prevalence of disease there is the possibility of infection with Paracoccidioides brasiliensis, the etiological agent of PCM, and concomitant contamination by ingested fumonisin, especially in a endemic region of PCM. The objective of this work was to evaluate the effect of FB on humoral and cellular immune response in experimental PCM. Male BALB/c mice divided into 4 groups of 6 animals (PBS, PBS+FB, Pb and Pb+FB). Two groups (Pb and Pb+FB) were inoculated i.v. with 1 x 105 yeast cells (Pb18, PBS and PBS+FB with sterile PBS as control. After 28 days PBS+FB and Pb+FB groups were inoculated s.c. with the partially purified FB and PBS and Pb groups with sterile PBS. After 7 days blood samples were collected to analyze humoral immune response and antigenemia. Spleen was removed to analyze cellular immune response. Evaluation of humoral immune response was performed by immunoenzimatic assay (ELISA), using indirect ELISA with cell-free antigen (CFA) from Pb18 and capture ELISA, using specific polyclonal and monoclonal antibodies to gp43, to evaluate antigenemia. Evaluation of cellular immune response were performed by delayed type hipersensibility test (DTH) and by lymphocyte culture stimulated with Pb antigens, for specific immune response, and with concanavalin A (ConA). In addition, in vitro oxide nitric (NO) production from spleen cells stimulated with lipopolysaccharide were analyzed. Evaluation of humoral immune response to Pb antigens did not show significant difference between infected and infected and treated with FB group, as well as results for antigenemia analyses. DTH test and lymphoproliferative response to specific antigens also did not show significative results between FB treated groups. However, significative inhibition (p<0,001) was observed in lymphoproliferative response to ConA in Fb treated group in relation with control group. Results from NO determination also demonstrated lower levels in FB treated and/or infected mice. We concluded that FB inoculated in a single day did not affect the cellular or humoral specific response to Pb, but it can suppress the lymphoproliferative response to ConA and NO production by splenocytes.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000121330porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:31:32Zoai:uel.br:vtls000121330Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2010-05-31T16:21:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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