Prevalência e fatores de risco associados à Sífilis em um Centro de Referência do Sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14622 |
Resumo: | Resumo: Introdução: A sífilis, doença sexualmente transmissível (DST), atinge expressivo número de indivíduos, mantendo-se como relevante problema de saúde pública Assim, a implantação do teste rápido para sífilis amplia o acesso as populações mais vulneráveis, favorece o diagnóstico e tratamento precoces, impactando nas conseqüências da infecção Objetivo: Analisar a prevalência e o os fatores de risco associados à sífilis em um Centro de Referência (CR) Método: Estudo de corte transversal, realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e CR para DST de Londrina-PR Foram analisados os casos que realizaram o teste rápido no período de junho de 212 a dezembro de 214 A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação do CTA As análises de prevalência, assim como o odds ratio para verificar associação de variáveis sóciodemográficas e comportamentais aos casos de sífilis foram realizadas por meio do programa OpenEpi (versão 33a) Os dados dos casos positivos de sífilis foram completados por meio dos prontuários dos pacientes acompanhados no CR, tabulados e analisados no programa SPSS, versão 2 Para estes casos, procedeu-se a análise de regressão binária logística para verificar possível diferença de chances entre os sexos e as variáveis comportamentais Foi considerado valor de alpha < ,5 como estatisticamente significativo Resultados: Foram realizados 559 testes, com prevalência de sífilis de 6,3%, sendo maior no sexo masculino (7,5%) do que no feminino (4,3%) (p<,1) Observou-se associação à sífilis: faixa etária de 25 a 34 anos (OR =1,57; IC95%:1,16-2,13), escolaridade de a 3 anos (OR = 1,84; IC95%:1,35-2,51) e não união estável (OR=1,33; IC95%:1,4-1,72) Os principais fatores comportamentais associados à sífilis foram: homens que fazem sexo com homens-HSH (OR=6,27; IC95%: 4,74-8,28), usuários de drogas (OR=4,71; IC95%: 3,16-7,2), ser portador de DST (OR=12,3; IC95%: 8,5-18,79) e ter apresentado DST nos últimos doze meses (OR=17,66; IC95%: 13,78-22,69) Observou-se associação à sífilis o uso de álcool, maconha, cocaína e crack, todos com significância estatística Analisando-se os 337 casos de sífilis em relação ao sexo, observou-se associação para os homens em relação à exposição sexual (OR=3,73; IC95%: 1,31-1,65), ter de dois a dez parceiros (OR=2,72; IC95%: 1,59-4,77) ou onze e mais parceiros (OR=6,6; IC95%: 2,3-18,13), uso de drogas (OR=3,35; IC95%: 1,91-5,87), uso de álcool (OR=2,79; IC95%: 1,58-4,92) e maconha (OR=3,2; IC95%: 1,38-6,62) As co-infecções mais presentes foram: HIV, papiloma vírus humano, herpes e hepatite C Quase metade dos casos de sífilis (48,4%) se encontrava na fase ativa da infecção, dos quais 6,7% tinham tratamento prescrito e 52,1% foram acompanhados até a alta Doença ativa foi associada a indivíduos com 13 a 44 anos e não brancos Conclusão: Os principais fatores associados à sífilis foram: sexo masculino, população sexualmente ativa, baixa escolaridade, HSH, usuários de drogas e ter apresentado ou ser portador de DST Dentre os casos de sífilis, observou-se maior vulnerabilidade para os homens, associada à exposição sexual, maior número de parceiros(as) e uso de drogas O conhecimento dos fatores de risco associados à sífilis deve ser prioridade para a saúde pública, devendo-se fortalecer as estratégias de prevenção e controle |
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Prevalência e fatores de risco associados à Sífilis em um Centro de Referência do Sul do BrasilSífilisDoenças sexualmente transmissíveisEstudos TransversaisSyphilisCross-sectional studiesResumo: Introdução: A sífilis, doença sexualmente transmissível (DST), atinge expressivo número de indivíduos, mantendo-se como relevante problema de saúde pública Assim, a implantação do teste rápido para sífilis amplia o acesso as populações mais vulneráveis, favorece o diagnóstico e tratamento precoces, impactando nas conseqüências da infecção Objetivo: Analisar a prevalência e o os fatores de risco associados à sífilis em um Centro de Referência (CR) Método: Estudo de corte transversal, realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e CR para DST de Londrina-PR Foram analisados os casos que realizaram o teste rápido no período de junho de 212 a dezembro de 214 A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação do CTA As análises de prevalência, assim como o odds ratio para verificar associação de variáveis sóciodemográficas e comportamentais aos casos de sífilis foram realizadas por meio do programa OpenEpi (versão 33a) Os dados dos casos positivos de sífilis foram completados por meio dos prontuários dos pacientes acompanhados no CR, tabulados e analisados no programa SPSS, versão 2 Para estes casos, procedeu-se a análise de regressão binária logística para verificar possível diferença de chances entre os sexos e as variáveis comportamentais Foi considerado valor de alpha < ,5 como estatisticamente significativo Resultados: Foram realizados 559 testes, com prevalência de sífilis de 6,3%, sendo maior no sexo masculino (7,5%) do que no feminino (4,3%) (p<,1) Observou-se associação à sífilis: faixa etária de 25 a 34 anos (OR =1,57; IC95%:1,16-2,13), escolaridade de a 3 anos (OR = 1,84; IC95%:1,35-2,51) e não união estável (OR=1,33; IC95%:1,4-1,72) Os principais fatores comportamentais associados à sífilis foram: homens que fazem sexo com homens-HSH (OR=6,27; IC95%: 4,74-8,28), usuários de drogas (OR=4,71; IC95%: 3,16-7,2), ser portador de DST (OR=12,3; IC95%: 8,5-18,79) e ter apresentado DST nos últimos doze meses (OR=17,66; IC95%: 13,78-22,69) Observou-se associação à sífilis o uso de álcool, maconha, cocaína e crack, todos com significância estatística Analisando-se os 337 casos de sífilis em relação ao sexo, observou-se associação para os homens em relação à exposição sexual (OR=3,73; IC95%: 1,31-1,65), ter de dois a dez parceiros (OR=2,72; IC95%: 1,59-4,77) ou onze e mais parceiros (OR=6,6; IC95%: 2,3-18,13), uso de drogas (OR=3,35; IC95%: 1,91-5,87), uso de álcool (OR=2,79; IC95%: 1,58-4,92) e maconha (OR=3,2; IC95%: 1,38-6,62) As co-infecções mais presentes foram: HIV, papiloma vírus humano, herpes e hepatite C Quase metade dos casos de sífilis (48,4%) se encontrava na fase ativa da infecção, dos quais 6,7% tinham tratamento prescrito e 52,1% foram acompanhados até a alta Doença ativa foi associada a indivíduos com 13 a 44 anos e não brancos Conclusão: Os principais fatores associados à sífilis foram: sexo masculino, população sexualmente ativa, baixa escolaridade, HSH, usuários de drogas e ter apresentado ou ser portador de DST Dentre os casos de sífilis, observou-se maior vulnerabilidade para os homens, associada à exposição sexual, maior número de parceiros(as) e uso de drogas O conhecimento dos fatores de risco associados à sífilis deve ser prioridade para a saúde pública, devendo-se fortalecer as estratégias de prevenção e controleDissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em EnfermagemAbstract: Introduction Syphilis, a sexually transmitted disease (STD), has reached a significant number of subjects so that it has become a relevant public health problem Thus, the implementation of the rapid diagnostic test for syphilis broadens the access to the most vulnerable population and it favors early diagnosis and the treatment with impact in the infection consequences Objective: To analyze the prevalence and risk factors in connection with syphilis in a Reference Center (RC) Method: It is a cross-sectional study carried out at the CTA, Center for Test and Advice, and at the RC for STD in Londrina-PR Analysis comprised the cases that underwent the rapid diagnostic test in the period from June 212 to December 214The data collection was done by means of the CTA Information System The analyses of prevalence and odds ratio to check the association of sociodemographic and behavioral variables with syphilis cases were made by means of the OpenEpi computer program (33a version) The data of positive syphilis cases were completed from information found in the records of patients attended in the RC, and then tabulated and analyzed in the 2-version SPSS program For such cases, the logistic binary regression analysis was made in order to check possible difference of possibilities between the sexes and the behavioral variables The alpha value of < 5 was considered statistically significant Results: A total of 5,59 tests were made that showed a 63% rate of syphilis prevalence, being higher in the masculine sex (7%) than in the feminine sex (41%) (p<1) The following association with syphilis was observed: age range from 25 to 34 years old (OR =157; IC95%:116-213), school level from to 3 years (OR = 184; IC95%:135-251) and non-stable union (OR=133; IC95%:14-172) The main behavioral factors associated with syphilis were: men who make sex with men-MSM (OR=627; IC95%: 474-828), drugs users (OR=471; IC95%: 316-72), to be a STD-holder (OR=123; IC95%: 85-1879) and to have had a STD in the last twelve months (OR=1766; IC95%: 1378-2269) It was also observed an association of syphilis with the use of alcohol, marijuana, cocaine and crack, all of them with statistical significance The analysis of the 337 syphilis cases in relation to the sex, it was observed an association for men as to sexual exposure (OR=373; IC95%: 131-165), to have two to ten partners (OR=272; IC95%: 159-477) or eleven and more partners (OR=66; IC95%: 23-1813), use of drugs (OR=335; IC95%: 191-587), use of alcohol (OR=279; IC95%: 158-492) and marijuana (OR=32; IC95%: 138-662)The most present co-infections were: HIV, Human Papiloma Virus, herpes, hepatitis C Almost half of the syphilis cases (484%) was in the active phase of the infection, 67% out of them had a prescribed treatment while 521% had a follow-up care till the discharge Active disease was associated with subjects in the age range from 13 to 44 years old and among not white Conclusion: The main factors associated with syphilis were: masculine sex, sexually active population, low school level, MSM, drugs user and to have presented or to be a STD-holder Among the syphilis cases, it was observed higher vulnerability among men in connection with sexual exposure, higher number of male and female partners and use of drugsThe knowledge of the factors associated with syphilis must be a priority for the public health management in order to strengthen prevention and control strategiesDessunti, Elma Mathias [Orientador]Arcêncio, Ricardo AlexandreFronteira, Inês Santos EstevinhoGomes, Natália Carolina Rodrigues Colombo2024-05-01T14:33:47Z2024-05-01T14:33:47Z2015.0015.12.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/14622porMestradoEnfermagemCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em EnfermagemLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:00Zoai:repositorio.uel.br:123456789/14622Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Resumo: Introdução: A sífilis, doença sexualmente transmissível (DST), atinge expressivo número de indivíduos, mantendo-se como relevante problema de saúde pública Assim, a implantação do teste rápido para sífilis amplia o acesso as populações mais vulneráveis, favorece o diagnóstico e tratamento precoces, impactando nas conseqüências da infecção Objetivo: Analisar a prevalência e o os fatores de risco associados à sífilis em um Centro de Referência (CR) Método: Estudo de corte transversal, realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e CR para DST de Londrina-PR Foram analisados os casos que realizaram o teste rápido no período de junho de 212 a dezembro de 214 A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação do CTA As análises de prevalência, assim como o odds ratio para verificar associação de variáveis sóciodemográficas e comportamentais aos casos de sífilis foram realizadas por meio do programa OpenEpi (versão 33a) Os dados dos casos positivos de sífilis foram completados por meio dos prontuários dos pacientes acompanhados no CR, tabulados e analisados no programa SPSS, versão 2 Para estes casos, procedeu-se a análise de regressão binária logística para verificar possível diferença de chances entre os sexos e as variáveis comportamentais Foi considerado valor de alpha < ,5 como estatisticamente significativo Resultados: Foram realizados 559 testes, com prevalência de sífilis de 6,3%, sendo maior no sexo masculino (7,5%) do que no feminino (4,3%) (p<,1) Observou-se associação à sífilis: faixa etária de 25 a 34 anos (OR =1,57; IC95%:1,16-2,13), escolaridade de a 3 anos (OR = 1,84; IC95%:1,35-2,51) e não união estável (OR=1,33; IC95%:1,4-1,72) Os principais fatores comportamentais associados à sífilis foram: homens que fazem sexo com homens-HSH (OR=6,27; IC95%: 4,74-8,28), usuários de drogas (OR=4,71; IC95%: 3,16-7,2), ser portador de DST (OR=12,3; IC95%: 8,5-18,79) e ter apresentado DST nos últimos doze meses (OR=17,66; IC95%: 13,78-22,69) Observou-se associação à sífilis o uso de álcool, maconha, cocaína e crack, todos com significância estatística Analisando-se os 337 casos de sífilis em relação ao sexo, observou-se associação para os homens em relação à exposição sexual (OR=3,73; IC95%: 1,31-1,65), ter de dois a dez parceiros (OR=2,72; IC95%: 1,59-4,77) ou onze e mais parceiros (OR=6,6; IC95%: 2,3-18,13), uso de drogas (OR=3,35; IC95%: 1,91-5,87), uso de álcool (OR=2,79; IC95%: 1,58-4,92) e maconha (OR=3,2; IC95%: 1,38-6,62) As co-infecções mais presentes foram: HIV, papiloma vírus humano, herpes e hepatite C Quase metade dos casos de sífilis (48,4%) se encontrava na fase ativa da infecção, dos quais 6,7% tinham tratamento prescrito e 52,1% foram acompanhados até a alta Doença ativa foi associada a indivíduos com 13 a 44 anos e não brancos Conclusão: Os principais fatores associados à sífilis foram: sexo masculino, população sexualmente ativa, baixa escolaridade, HSH, usuários de drogas e ter apresentado ou ser portador de DST Dentre os casos de sífilis, observou-se maior vulnerabilidade para os homens, associada à exposição sexual, maior número de parceiros(as) e uso de drogas O conhecimento dos fatores de risco associados à sífilis deve ser prioridade para a saúde pública, devendo-se fortalecer as estratégias de prevenção e controle |
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